[Crítica] Jair Rodrigues-Deixa que Digam
Sinopse:
Jair Rodrigues, o retrato de um artista e de um Brasil tão próximo e tão distante.
O quê eu achei?
O diretor Rubens Rewald (favor não confundir com o falecido crítico de cinema Rubens Ewald Filho)tinha o sonho de fazer um documentário sobre o músico Jair Rodrigues, que já tinha feito uma participação especial em seu filme Super Nada (2013).Jair concordou mas para o nosso azar, acabou falecendo poucos dias depois de tomar a decisão. O filme virou uma produção póstumas mas nem por isso perde um pouco de seu charme.
Eu sabia que já tinha ouvido o nome antes mas não me recordava de nenhuma canção-com certeza já devia ter ouvido antes mas não saberia dizer nenhuma de cor, muito menos sabia das origens do artista.
Desde a infância humilde na roça em Igarapava, interior paulistano, trabalhou como engraxate e alfaiate antes de começar a se apresentar em bares e boates. Era amigo íntimo de Elis Regina e quando ambos estouraram no programa O Fino da Bossa, subiram ao estrelato.
Jair é retratado como uma figura boa-praça, querido por todos mas nunca perdeu o carisma e nem a humildade. Pessoas próximas como seus filhos Jair e Luciana prestam vários depoimentos, além do filho reencenar várias atitudes do pai.
Jair Rodrigues era uma figura tão lendária que de acordo com essa produção, foi o único músico brasileiro negro que não teria sofrido racismo. Era como se Deus sempre afastasse esse problema dele ou que ele fosse tão iluminado que não precisava se preocupar com isso.
Há imagens de arquivos e vídeos e fragmentos de shows que demonstram a riqueza de sua música; ele é considerado o primeiro rapper nacional e passou por vários gêneros musicais, de MPB a bossa-nova e hip-hop.
Um retrato digno da grandeza de tal artista.
Trailer:
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