[Crítica]Fico Te Devendo Uma Carta SObre o Brasil - Festival É Tudo Verdade
Fico te Devendo uma Carta sobre o Brasil
Direção: Carol Benjamin. Brasil, 88’
Idiomas: português/ inglês – Classificação indicativa: 14 anos
Sinopse: Três gerações de uma família atravessada pela Ditadura Militar brasileira (1964-1985). Ao mergulhar em uma história pessoal e entrelaçá-la com a história do país, entre passado e presente, o filme investiga a persistência do silêncio como uma ferramenta de apagamento da memória.
Crítica
Entre 1964 e 1985, o Brasil se modernizou, mas a desigualdade social aumentou, assim como a repressão política, a dívida externa e a inflação, que voltou a ser galopante nos anos 80. A economia do país também cresceu. Grandes obras viárias e de energia interligaram regiões antes isoladas, principalmente no Norte e no Centro-Oeste. Nas grandes cidades, a televisão virou a principal fonte de entretenimento das famílias, e a classe média ganhou acesso inédito a casas, bens de consumo e educação – o número de matrículas em faculdades aumentou 13 vezes entre 1964 e 1981 e, entre 1970 e 1972, a população com.com automóvel passou de 9% para 12%. Mas essa fase de euforia teve um preço alto: alguns setores militares e da polícia se especializaram em torturar, matar e esconder cadáveres. A censura barrava o acesso à informação e forçava artistas a viver no exílio. E demorou para o povo retomar o hábito de ir às ruas para se manifestar e cobrar por seus direitos.
O filme tem como personagem a ditadura militar que toma as pessoas como seus coadjuvantes. Um lado positivo e um lado sombrio que ficou para sempre como um holocausto nacional, na memória de quem viveu a fase, mas que vem em nossa herança genética. Impossível não saber sobre esse período tão marcante, em todos os sentidos, do Brasil. è um trabalho que merece ser visto por todas as idades, para que possamos lembrar, aprender e ter opções de escolha em nossas vidas. O silêncio não apaga as memórias, ele apenas cala.
Paula Ramagem
Direção: Carol Benjamin. Brasil, 88’
Idiomas: português/ inglês – Classificação indicativa: 14 anos
Sinopse: Três gerações de uma família atravessada pela Ditadura Militar brasileira (1964-1985). Ao mergulhar em uma história pessoal e entrelaçá-la com a história do país, entre passado e presente, o filme investiga a persistência do silêncio como uma ferramenta de apagamento da memória.
Crítica
Entre 1964 e 1985, o Brasil se modernizou, mas a desigualdade social aumentou, assim como a repressão política, a dívida externa e a inflação, que voltou a ser galopante nos anos 80. A economia do país também cresceu. Grandes obras viárias e de energia interligaram regiões antes isoladas, principalmente no Norte e no Centro-Oeste. Nas grandes cidades, a televisão virou a principal fonte de entretenimento das famílias, e a classe média ganhou acesso inédito a casas, bens de consumo e educação – o número de matrículas em faculdades aumentou 13 vezes entre 1964 e 1981 e, entre 1970 e 1972, a população com.com automóvel passou de 9% para 12%. Mas essa fase de euforia teve um preço alto: alguns setores militares e da polícia se especializaram em torturar, matar e esconder cadáveres. A censura barrava o acesso à informação e forçava artistas a viver no exílio. E demorou para o povo retomar o hábito de ir às ruas para se manifestar e cobrar por seus direitos.
O filme tem como personagem a ditadura militar que toma as pessoas como seus coadjuvantes. Um lado positivo e um lado sombrio que ficou para sempre como um holocausto nacional, na memória de quem viveu a fase, mas que vem em nossa herança genética. Impossível não saber sobre esse período tão marcante, em todos os sentidos, do Brasil. è um trabalho que merece ser visto por todas as idades, para que possamos lembrar, aprender e ter opções de escolha em nossas vidas. O silêncio não apaga as memórias, ele apenas cala.
Paula Ramagem
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