[News] Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo apresenta o projeto Viagens Extraordinárias Trilogia sobre a obra de Júlio Verne, da Cia Solas de Vento
Inspirados pelas viagens extraordinárias do escritor francês Júliio Verne (1828-1905), um dos pioneiros do gênero ficção científica, a Cia Solas de Vento, formada por Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues, apresenta o projeto Viagens Extraordinárias, reunindo três espetáculos, entre 28 de novembro de 2020 e 11 de abril de 2021 no Teatro do Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo. A mostra abre em 28 de novembro, sábado, alternando duas criações do repertório do grupo - A Volta ao Mundo em 80 Dias (2011) e Viagem ao Centro da Terra (2015), com cinco sessões cada aos sábados e domingos, até 20 de dezembro. A estreia que fecha a trilogia, 20.000 Mil Léguas Submarinas, está marcada para o dia 16 de janeiro. Em seguida, os três espetáculos entram em cartaz simultaneamente de 20 de fevereiro a 11 de abril de 2021, aos sábado, às 11h e às 15h, e domingos às 15 horas, em um total de 25 sessões. Veja as datas no serviço, ao final do texto.
Júlio Verne, conhecido como o homem que previa o futuro, foi um dos maiores escritores franceses de todos os tempos e um dos mais influentes da literatura mundial. Além de escritor de romances de aventuras, é considerado um dos pais da ficção científica. Seus escritos anteciparam equipamentos que só surgiram muitos anos depois, como televisão, submarino, nave espacial, fax etc. A Volta ao Mundo em 80 Dias foi escrita em 1872 e narra uma exótica aposta de um estranho personagem e seu criado ao redor do mundo, contra o tempo.
A Volta ao Mundo em 80 Dias
Primeiro peça da trilogia, é uma criação de 2011. Tornou-se sucesso de público e crítica - foi premiada pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) nas categorias Melhor Ator (Bruno Rudolf) e Melhor Diretor (Carla Candiotto). Trata-se de livre adaptação da clássica obra de Júlio Verne. A extraordinária aventura de Mr. Fog - um francês criativo, apaixonado por geografia e passe-partout – começa quando Mr. Fog decide dar a volta ao mundo em 80 dias. Mas eles não contam com a aparição do misterioso Mr. Fix, que durante toda a trama surge de forma inusitada para atrapalhar a viagem dos dois aventureiros. É dada a partida para uma grande viagem repleta de peripécias, na qual a dupla corre contra o tempo e contra as armadilhas provocadas por Mr. Fix. A historia é contada por dois atores que, para dar vida a todos os personagens, utilizam técnicas acrobáticas, dança e comedia.
O enredo alterna cenas cômicas e momentos imagéticos. A concepção da montagem foi idealizada por Carla Candiotto a partir de um jogo de Tangram, que é um quebra-cabeça chinês. Os dois atores manipulam peças de sucata de ferro para construir os diversos lugares e transportes usados na viagem. A encenação usa recurso de três câmeras de vídeo e projeção ao vivo, o que cria imagens inusitadas e traz uma dimensão fantástica aos episódios da historia. As imagens são transferidas do chão diretamente para a parede de fundo do teatro, dando a sensação de os atores estarem em um trem ou barco. Para contar essa história, os atores, que são circenses e dançarinos, partem de um lugar não definido e, ao longo do tempo, como têm necessidade de chegar em 80 dias, inventam e transformam seus transportes de um país ao outro para poderem realizar essa aventura.
Segundo a UNESCO, Julio Verne é um dos autores mais conhecidos e traduzidos no mundo. A Volta do Mundo em 80 Dias, romance escrito em 1872, integra o conjunto de relatos de viagens “extraordinárias” do autor e pertence ao conjunto de obras clássicas infanto-juvenis, assim como ao imaginário coletivo.
Adaptação livre do romance homônimo de Julio Verne. Criação: Carla Candiotto e Solas de Vento. Direção: Carla Candiotto. Texto: Carla Candiotto e Pedro Guilherme. Elenco: Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues. Coreografia: Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues. Direção de Arte e Cenografia: Lu Bueno. Assistente de Cenografia: Victor Hugo. Figurinos: Olintho Malaquias. Assistente de Figurino: Camila Fogaça. Trilha sonora original: Exentrimusic. Iluminação: Wagner Freire. Assistente de iluminação: Alessandra Marques. Operação de Vídeo: Bruno Bachy. Fotografia: Mariana Chama. Produção: Sandra Miyazawa. Assistente de Produção: Natalia Maciel. Realização: Solas de Vento.
Viagem ao Centro da Terra
O segundo espetáculo da trilogia é de 2015 e propõe às crianças embarcarem em uma grande aventura no interior do planeta Terra. Teatro físico, câmeras com projeções ao vivo e movimentos acrobáticos inspirados no circo dão nova vida a texto clássico de Júlio Verne. O professor de geologia Otto Lindenbrock e seu sobrinho Axel têm uma importante missão a ser cumprida: descer em um vulcão na Islândia para alcançar o centro da Terra. Auxiliados por autômatos e recursos visuais de ponta, como projeções ao vivo captadas por câmeras de vídeo, os artistas André Schulle, Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues, da Cia Solas de Vento, se inspiraram no livro homônimo de ficção científica do escritor francês Júlio Verne para criar Viagem ao Centro da Terra, que. tem direção de Eric Nowinski e dramaturgia de Bobby Baq, com colaboração do diretor e elenco.
Conta a história de uma viagem extraordinária realizada pelo professor Lindenbrock e seu sobrinho Axel, dois aventureiros que contam com a ajuda do estranho guia islandês Hans para chegar ao centro da Terra pela cratera de um vulcão. A aventura é repleta de descobertas fantásticas e inusitadas. Teatro físico, manipulação de objetos, bonecos e autômatos também compõem o cenário e convidam o público a desbravar um mundo intra-terrestre repleto de perigos, emoções e aventuras. “Respeitamos o encadeamento do roteiro do Júlio Verne e elegemos os aspectos mais visuais e físicos para criar o espetáculo”, conta Eric Nowinski, diretor convidado. Sobre a relação da companhia com a obra literária do francês, o integrante Bruno Rudolf explica que a linguagem inventiva e a criatividade de Júlio Verne chamaram a atenção da Cia Solas de Vento e ofereceram as possibilidades de criar peças infantis que pudessem dispor de alguns elementos do circo, como as acrobacias.
Viagem ao Centro da Terra é também uma história de superação e coragem, uma viagem quase existencial, já que o mundo subterrâneo sempre foi pleno de mistérios para os homens. Outra escolha do grupo e da direção foi utilizar o recurso de video-projeção ao vivo para situar o público no interior do vulcão. “Conforme andamos com as câmeras, o público assiste ao vivo o que está acontecendo dentro do vulcão. Isso aumenta a sensação de profundidade e dá novos pontos de vista pra peça”, complementa Bruno. Eric Nowinski, da Fabulosa Companhia foi chamado para a direção justamente por trabalhar com recursos audiovisuais nos seus espetáculos infantis.
Sobre os personagens
André Schulle é Hans, um misterioso e competente guia Islandês na incursão ao centro da terra. Bruno Rudolf é o Professor Otto Lindenbrock, notório cientista que tem a ambição de chegar ao Centro da Terra. Ricardo Rodrigues é Axel, o jovem sobrinho e aprendiz do professor que colocará à prova sua coragem e determinação.
Idealização: Cia Solas De Vento. Criação: André Schulle, Bobby Baq, Bruno Rudolf, Eric Nowinski e Ricardo Rodrigues. Dramaturgia: Bobby Baq em colaboração com a direção e o elenco. Direção: Eric Nowinski. Elenco: André Schulle, Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues. Direção de Arte: Isabela Teles. Desenho De Luz: Roseli Marttinely e Eric Nowinski. Trilha Sonora Original: Andre Vac. Cenografia: Cia Solas De Vento e Luana Alves. Criação de Figurinos: Isabela Teles. Produção de Figurinos: Edson Braga. Assistência de Figurinos: Francine Marson. Adereços de Figurinos: Mirian Cassemiro. Costureiras: Nilza Felix e Neide Maria Ribeiro. Objetos de cena e Traquitanas: Nonon Creaturas. Eletrônica e Iluminação de Adereços: Marcel Alani Gilber. Fotos: Mariana Chama. Preparação Vocal e Corporal: Beatriz Mentone. Produção: Sandra Miyazawa Gestão Cultural: Doble Cultura + Social. Apoio Cultural: Cacau Show. Realização: Cia. Solas De Vento E Teatro Alfa
20.000 Mil Léguas Submarinas
Um misterioso submarino. Uma tripulação cheia de segredos. Um monstro assombrando os oceanos. Três tripulantes que acabaram de chegar. E você, já entrou em um submarino? Com livre adaptação para o teatro de uma das obras literárias mais famosas de Júlio Verne, o novo espetáculo das Cia Solas de Vento reúne os atores Ricardo Rodrigues e Bruno Rudolf , com direção de Álvaro Assad. A partir da análise do romance 20.000 Mil Léguas Submarinas, escrito em 1869, o diretor e os atores desenvolveram um repertório de ações, jogos e esboços de cenas, usando os recursos oferecidos pelo vocabulário físico da pantomima e pelo vídeo com elementos que darão forma aos cenários da aventura. No livro, Verne concebe o submarino Náutilus, completamente autónomo do meio terrestre, movido somente pela eletricidade. O engenheiro e dono de tal feito é o Capitão Nemo, que, com sua tripulação, cortou qualquer relação com as nações e com a humanidade. Vivem somente do que o mar lhes dá - a comida e a matéria-prima que necessitam para a produção de eletricidade, tudo vem do mar.
Mas a humanidade não conhece a existência da obra-prima de engenharia que o capitão Nemo criou em segredo, e, quando este, com ou sem intenção, começou a provocar desastres em navios e embarcações, o mundo começou a temê-lo, julgando-o um monstro marinho. “Para ressaltar as ideias do autor, tomaremos a liberdade de não seguir ao pé da letra a sua narrativa, mas de concentrar na essência da historia, ou seja, nas transformações que ocorrem nos personagens, traduzidas e atualizadas para o público de hoje”, informam os atores. “Um aspecto importante do romance é o constante jogo entre espaços fechados e abertos. Os protagonistas se deparam, ora protegidos por estreitas salas e corredores do submarino Nautilus, ora se aventurando na imensidão do mundo oceânico, frente a uma fauna desconhecida e ameaçadora. O conjunto dos recursos que serão desenvolvidos durante o processo de criação visam recriar cenicamente esses efeitos”, explica Ricardo.
Adaptação livre do romance de Julio Verne. Idealização: Cia Solas de Vento. Direção: Alvaro Assad. Elenco: André Schulle, Bruno Rudolf e Ricardo Rodrigues. Dramaturgia: Bobby Baq e Alvaro Assad em colaboração com elenco. Diretor de Arte:Renato Bolelli. Cenografia: Cia. Solas de Vento e Alvaro Assad. Figurino: Renato Bolleli. Visagismo: Cleber de Oliveira. Música Original: André Vac. Desenho de Luz: Marcel Gilber. Design de vídeo: Rodrigo Gontijo.
Trajetória Cia Solas de Vento
Em 2011 o grupo estreou seu primeiro infantil, A Volta ao Mundo em 80 Dias, com direção de Carla Candiotto. Sucesso de público e crítica, a peça ganhou os prêmios APCA de Melhor Diretor e Ator e FEMSA de Melhor Ator. “O trabalho levou a cia a pesquisar novos recursos cênicos, como a projeção de vídeos captados ao vivo, além de ter sido a oportunidade de redescobrir o autor. Da riqueza dessas experiências, nasceu o desejo de homenagear Júlio Verne com a composição de uma trilogia teatral com algumas das suas viagens extraordinárias”, conta Ricardo Rodrigues. Em setembro de 2015 veio o segundo trabalho, Viagem ao Centro da Terra, dirigida pelo premiado Eric Nowinski (Cia Meninas do Conto e Fabulosa Companhia), com indicações pelo ao Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem nas categorias de Melhor Espetáculo, Melhor Ator e Melhor Trilha Sonora Original
A Cia Solas de Vento nasceu em 2007, em São Paulo, da parceria entre o francês Bruno Rudolf e o brasileiro Ricardo Rodrigues. Desde então, utiliza em sua dramaturgia a mescla de elementos do teatro gestual, das técnicas circenses e da dança contemporânea agregados à pesquisa de projeção de vídeo ao vivo. A simbiose desses elementos é suporte para uma linguagem que transita entre gêneros criando corpos, espaços e situações inusitadas. Cada espetáculo é um convite para o público libertar a imaginação, partilhando momentos delicados e divertidos de personagens em seus encontros, desencontros e aventuras!
Sobre Bruno Rudolf
Ator, bailarino e diretor francês, formado pelo Conservatório de Dança de Mulhouse, reside no Brasil desde 2001. Vencedor dos Prêmios FEMSA 2011 e APCA 2011 na categoria de Melhor Ator por A Volta ao Mundo em 80 Dias. Ainda na França, estudou teatro físico, manipulação de boneco e técnicas circenses. Em solo brasileiro, se especializou em técnicas aéreas e estudou palhaço. Trabalhou com os diretores Carla Candiotto, Cristiane Paoli Quito, Miriam Druwe, Kris Niklison, Rodrigo Matheus e Mark Bromilow.
Sobre Ricardo Rodrigues
Ator circense e diretor. Graduado em Artes Cênicas pela Universidade São Judas, em 1996 e especialista em técnicas aéreas circenses desde 1999. Realizou parcerias com Circo Mínimo, Linhas Aéreas, Circo Zanni, Núcleo Artérias, Circo Fractais, Circo Vox, Acrobático Fratelli, Circo Nosotros, Central do Circo. Trabalhou com os diretores Carla Candiotto, Cristiane Paoli Quito, Debora Dubois, Adriana Grechi, Kris Niklison, Antonio Abujamra, Francisco Medeiros, Hugo Possolo, Janô, Jairo Matos, Rodrigo Matheus, Sandro Borelli, Mark Bromilow e Naum Alves de Souza.
Para roteiro
1.Projeto Viagens Extraordinárias - De 28 novembro a 20 de dezembro 2020 - sábado e domingo. Cinco sessões de cada peça. Ingressos a R$ 30 e R$ 15.
A Volta ao Mundo em 80 Dias
28 e 29 novembro - 15h
5 dezembro - 11h e 15h
6 dezembro - 15h
Viagem ao Centro da Terra
12 dezembro – 15h
13 dezembro – 11h
19 dezembro – 11h e 15h
20 dezembro – 11h
2.Viagens Extraordinárias - 20 Mil Léguas Submarinas – De 16 de janeiro a 14 de fevereiro de 2021 - sábado e domingo, 15 horas - 10 sessões. Ingressos a R$ 30 e R$ 15.
3.Viagens Extraordinárias - a Trilogia: Vinte Mil Léguas Submarinas, Viagem ao Centro da Terra e A Volta ao Mundo em 80 Dias - De 20 de fevereiro a 11 de abril de 2021 - sábado, 11h e 15h, e dom 15h - 25 Sessões. Ingressos a R$ 30 e R$ 15.
A Volta ao Mundo em 80 Dias
20 e 27 de fevereiro I 6 e 13 de março – sábados 11h
Vinte Mil Léguas Submarinas
20, 21, 27 e 28 de fevereiro I 6, 7, 13, 14, 20, 21, 27, 28 de março I 3, 4, 10, 11 de abril – sábados e domingos 15h
Viagem ao Centro da Terra
20, 27 de março I 3, 10 de abril – sábados 11h
Sessão Extra no domingo (11/04) – 11h – a ser definida a peça
Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro Histórico, Triângulo SP, São Paulo–SP
Aberto todos os dias, das 9h às 18h, exceto às terças
Acesso ao calçadão pela estação São Bento do Metrô
Informações: (11) 4298-1270
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Estacionamento conveniado: Rua da Consolação, 228.
Traslado gratuito até o CCBB. No trajeto de volta, a van tem parada na estação República do Metrô.
Valor: R$ 14 pelo período de até 6 horas. É necessário validar o ticket na bilheteria do CCBB.
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