[Crítica]Um crime em comum


 Sinopse:

Cecilia, professora de sociologia, recebe a visita do filho adolescente da governanta, Kevin, em sua porta durante uma noite de chuva forte. Receosa em deixá-lo entrar, ela acaba recebendo a notícia de que, no dia seguinte, seu corpo fora encontrado em um rio. O bairro acusa a polícia de ter perseguido o rapaz, o que desperta a revolta das pessoas de mesma situação socio-econômica. Além disso, Cecilia também está tendo que lidar com seu conceito de realidade cada vez mais abalado, sua culpa e seu sentimento de perseguição.


      O quê eu achei? 

Sabe aqueles filmes que têm uma boa premissa mas não sabem desenvolver? Esse é um daqueles casos. 

Cecília (Elisa Carricajo) é uma mulher argentina de 37 anos, professora de Sociologia, divorciada e com um filho pequeno chamado Juan. Ela tem uma empregada chamada Nebe e ambas são próximas,fazem refeições juntas e tal. 

Em um dia particularmente chuvoso, Cecília está sozinha em casa quando ouve uma batida na janela e quando abre a cortina,vê Kevin, o filho adolescente de Nebe, pedindo socorro-ele estava fugindo da polícia. Cecília se assusta e não oferece nenhuma ajuda.Um detalhe importante: a cena é filmada com bastante suspense ,de modo a convencer o espectador a apoiar a decisão da professora.

No dia seguinte, ela vê pelo noticiário que Kevin fora morto e seu corpo fora encontrado em um rio. Cecília se sente culpada e passa a viver com esse peso na consciência-e se ela tivesse aberto a porta, ele ainda estaria vivo? 

 Não há nenhuma testemunha nem prova de que ela tenha visto Kevin momentos antes de ser assassinado, ou seja, é apenas uma questão de culpabilidade mesmo. Mas curiosamente,após saber do corpo encontrado no rio ,ela não toma nenhuma inciativa de ligar para Nebe e contar o que aconteceu. Logo fica evidente que aquela noite fatídica cobrou seu valor na saúde mental de Cecília:ela se torna dispersa,avoada e algumas cenas como o carrinho andando sozinho até sugere que o espírito de Kevin poderia estar assombrando-a mas não há nada sobrenatural,é apenas a culpa mesmo. 

Poderia ter sido uma análise sobre a desigualdade sócio-econômica sobre como incidentes como esse mas parece que a maior preocupação é empurrar o ocorrido para debaixo do tapete do que fazer uma análise. Um parslelo entre a pobreza da favel, como a cena em que ela se perde após finamente confessar o que aconteceu ) e o labirinto cheio de monstros de parques de diversões-como se a pobreza e a monstruosidade fossem conectados e isso é mais uma bola fora. 

"Um crime em comum "(Un crimén comun) poderia ter feito uma análise mas falha em seu objetivo ao apresentar um final inconclusivo. 

Trailer:




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