[News]Conviver consigo mesmo está sendo uma tarefa difícil?

Conviver consigo mesmo está sendo uma tarefa difícil?
Número de pacientes em consultórios de psicologia aumentam durante pandemia de Covid devido o isolamento social




Após um ano e alguns meses de pandemia da Covid-19, diversos países continuam utilizando a prática do isolamento social para evitar a propagação do vírus que já matou mais de 3.000.000 de pessoas ao redor do mundo. No Brasil, a situação não é diferente e os consultórios de psicologia sentiram aumento nos números de pacientes durante este período.

“Houve mudanças no meu consultório, a grande maioria dos pacientes permaneceram em sessão, poucos saíram e novos entraram”Léa Michaan, psicóloga e autora, relata que muitos entraram em sessões devido os sofrimentos de crises de ansiedade e angústias mediante o isolamento social.

A profissional da saúde mental, psíquica e emocional, explica como o isolamento social pode ser um grande vilão para as pessoas: "O ser humano se constitui na relação interpessoal, e quando há isolamento a pessoa precisa ficar com ela mesma. Muitas precisam das outras para se constituir, não se conhecem, não conseguem ficar consigo mesmas, precisam ter plateia para fazer qualquer coisa e não toleram a solidão. Isso pode gerar muita depressão, tristeza e uma desesperança”.

Léa Michaan ressalta que o trabalho do psicólogo é eliminar ou diminuir ao máximo o sofrimento humano, por isso, informa que as sessões terapêuticas são importantes para o momento em que estamos vivendo, principalmente para evitar que as angústias levem a pessoa cometer suícidio.

Nos doze primeiros meses pandêmicos, estudos indicaram aumentos nos números de pessoas com ansiedade, depressão e dos casos de suicídios, mas a psicóloga indica algumas atividades que possam suprir as necessidades de quem se sente solitário com  isolamento social.

“A nossa vida precisa ser equilibrada, precisamos cuidar bem da nossa saúde, corpo, realizar atividades de criatividade e ter contato com entretenimentos”, diz Léa Michaan ressaltando a necessidade de consumir e manter contato com outras realidades, trazendo a importância das ferramentas online que permitem chamadas de vídeo, acesso a conteúdos audiovisuais e entre outros exercícios que contribuem para o ser humano não se sentir sozinho.

Além dessas recomendações, a profissional alerta que o número de vendas de livros aumentaram durante a pandemia da Covid-19, sendo um fator positivo não só para a formação de leitores, mas também para a saúde mental dos brasileiros. “Ler é um exercício antropofágico, ou seja, quando a pessoa lê profundamente o livro se transforma no sangue e nos músculos. Então, os livros são importantes, através deles temos contatos com  mentes notáveis, enriquecimentos e diálogos com pessoas que escrevem com contribuições intelectuais, emocionais, compreensíveis e sabeis. Os que não lêem, podem se enriquecer desse mesmo saber com filmes, séries, documentários e vídeo aulas.", conclui.

Além de psicóloga, a profissional é autora de “Maly”, um livro lançado há meses que narra a história de uma menina que perdeu todas as pessoas que amava, e aprendeu a contar consigo mesma, buscando desenvolvendo e criando recursos dentro de si, para ressignificar a vida, crescer, amadurecer e ser feliz. 



PR/Hype

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