[News]Licantropia Sintético, da Cia do Caminho Velho, traz a memória de um menino e um suposto lobisomem de sua infância
Licantropia Sintético, da Cia do Caminho Velho, traz a memória de um menino e um suposto lobisomem de sua infância
Licantropia Sintético é uma adaptação online da peça Licantropia, que estava
para estrear quando foi interrompida pela pandemia do novo coronavírus
Imagem de Licantropia sintético, peça gravado em casa, pelos próprios atores
No dia 21 de abril, quarta-feira, às 16h, estreia Licantropia sintético, espetáculo em formato digital da Cia do Caminho Velho. Com texto de Tadeu Renato e direção de Alex Araújo, essa é a segunda experiência online criada pelo coletivo no período da pandemia. O espetáculo é financiado pelo edital Proac Expresso Lab, do Governo do Estado.
Na peça, um homem recorda sua infância em uma pequena cidade de interior. A saudade dos pais, o louco que zanzava pelas ruas, a febre recorrente e os rastros de um hipotético assassino-lobisomem são cenas embaçadas de um passado recriado, imaginado e temido. A peça, que estava em sala de ensaio há mais de 1 ano quando chegou a pandemia, foi reformulada para estrear no formato online.
“Nosso desejo é realizar uma obra que leve em consideração que os atores estão em suas casas e contracenam às vezes com a câmera do celular e, em outras, com a parede ou com um elemento de cena: nada mais artificializado para uma pesquisa que sempre buscou o olho no olho. Queremos condensar a experiência da peça num formato que lide também com essa artificialidade e, ainda assim, permita um tipo de encontro”, conta Alex Araújo, diretor de Licantropia Sintético.
O espetáculo também parte da ideia de que o corpo do ator, hoje, se tornou um misto de coisas artificiais em decorrência do uso do celular, telas, softwares e aplicativos. “Licantropia Sintético busca uma caipirice cibernética e põe em diálogo a constante invenção de um novo mundo sintético: mais prático, mais em busca da imortalidade, mais supostamente feliz, porque mais produtivo em oposição à necessidade do bicho humano em se manter orgânico, em não querer se adaptar, em aceitar-se finito, em aceitar seu lado que lida com o rústico da terra, da natureza. Enfim: que é caipira”, conta o diretor Alex Araújo.
“Não se trata de atraso, tampouco de avanço, mas de considerar a experiência em que estamos inseridos. Se a experiência humana muda, o teatro tem que mudar. E assim, enquanto a peste não se esvai, buscamos um hibrido que não é cinema, nem é teatro. Buscamos uma janela que sirva, mesmo que de forma temporária, para encontrar o outro, o nosso vizinho desconhecido”, complementa o diretor.
Companhia do Caminho Velho
A Cia do Caminho Velho foi criada em 2007 dentro do campus de humanas da UNIFESP na cidade de Guarulhos e investiga em cena novas dramaturgias e a sensibilidade do ator. Seu percurso conta com a montagem das peças Bonita (2015), Piche (2017) e Nomen (2018). Além de manter o G.E.P.A. – Grupo de Estudos e Práticas Artísticas da Cia do Caminho Velho, como um local de pesquisa e criação continuada voltado ao oferecimento de cursos de teatro de forma gratuita.
Dramaturgia – Tadeu RenatoGraduado em Filosofia pela Universidade Metodista de São Paulo. Formou- se, em 2011, na primeira turma do curso de Dramaturgia da SP Escola de Teatro. Entres seus trabalhos, destacam-se: “Ismo” (2002), “Quizumba!” (2011) “lenz, um outro” (2013/2014), “Travessias” (2014), “Oju Orum” e “A Macieira” (2015), Um Canto para Carolina (2016). Publicou os livros “letras para melodias corporais” (poesia), pela Edições de Risco; e o infantil “Genésio – a cobra acrobática”, pela editora Lamparina Luminosa, ambos em 2016. É artista-orientador do Programa Vocacional de Literatura, da Secretaria Municipal de São Paulo. Em 2014 também teve o texto “Licantropia”, objeto deste projeto, editado na íntegra na primeira edição da revista A[l]berto Revista da SP Escola de Teatro.
Direção - Alex Araújo
Integra desde 2007 o grupo teatral Cia do Caminho Velho. É formado em Filosofia pela UNIFESP. Formou-se em Dramaturgia pela SP Escola de Teatro. Em 2013 cursou o Núcleo de Artes Cênicas (NAC) coordenado por Lee Taylor. Participou como diretor no projeto Antessala Mostra: Textos Curtos e inéditos - contemplado pelo edital PROAC - Primeiras Obras. Integrou o Núcleo de Direção Teatral da ELT, coordenado por Luiz Fernando Marques (Diretor na Cia. XIX de Teatro). Dirigiu a peça “Bonita”, que estreia no SESC Ipiranga, “Piche” que estreou na SP Escola de Teatro e “Nomen”, que estreou no SESC Ipiranga. Dirige a peça em processo "Não Urine no Chão", com texto de Marcus Groza e é autor do livro "Sou fogo", dentro de projeto contemplado pelo edital Funcultura Aldir Blancda cidade de Guarulhos.
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia: Tadeu Renato
Direção: Alex Araújo
Com: Carolina Erschfeld, William Simplício e Valéria Rocha
Cenografia e Figurino: Telumi Hellen
Sonoplastia: Carlos Ronchi
Assistência de Direção: Daiane Sousa
SERVIÇO
LICANTROPIA SINTÉTICO
21 a 23 de abril, quarta, quinta e sexta-feira, às 16h e 20h
24 a 25 de abril, sábado e domingo, às 20h
Transmissão pelo canal do Youtube da Cia do Caminho Velho: https://www.youtube.com/
Duração: 20 minutos | Classificação: Livre
Redes Sociais
Facebook: @ciadocaminhovelho / Instagram @ciadocaminhovelhoMais informações: ciadocaminhovelho@gmail.com
PR/Canal
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