[News]13º FCD - Festival Contemporâneo de São Paulo faz versão digital composta por palestras performativas, vídeos documentais e laboratórios de investigação artística

 

13º FCD - Festival Contemporâneo de São Paulo faz versão digital composta por palestras performativas, vídeos documentais e laboratórios de investigação artística

 

O FCD é realizado com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, do Consulado da França no Brasil e da Direção Geral das Artes em Portugal. Toda a programação é gratuita e estará disponível entre 3 e 15 de agosto pelo site www.fcdsp.org

 

 

Elisabete Finger. Foto - Debby Gram | Colagem - Manuela Eichner
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Participam do 13 º Festival Contemporâneo de São Paulo os artistas Cristian Duarte, Leandro Souza, Elisabete Finger, Wagner Schwartz, Laurent Goldring, Sheila Ribeiro, Raquel André, Miguel Pereira, T. Angel, Pedro Galiza, Nacera Belaza, Calixto Neto, Zahy Guajajara, Wellington Gadelha, Alice Ripoll/Cia REC, Uýra Sodoma e Ricardo Marinelli, além dos críticos de dança e artes performativas Helena Katz e Ruy Filho.

 

Festival Contemporâneo de São Paulo, dirigido por Adriana Grechi Amaury Cacciacarro, também curadores, faz a sua 13ª edição, em formato digital, entre 3 e 15 de agosto de 2021As atividades online têm como objetivo possibilitar um encontro, apesar da distância física, para partilhar questões urgentes à dança e às artes performativas. Toda a programação - que é gratuita e composta por vídeos documentais, palestras performativas e laboratórios de investigação artística - fica disponível por meio do site www.fcdsp.org. As inscrições para os laboratórios são efetuadas por ordem de chegada. Para participar, basta preencher os formulários de inscrição já disponíveis no site www.fcdsp.org. Os laboratórios ocorrem por Zoom entre os dias 3 e 15 de agosto.

Para a edição atual do Festival, foram convidados coreógrafos, críticos e investigadores para orientar laboratórios voltados a partilha de processos e práticas; artistas de contextos diversos para conceber vídeos documentais a partir de seus arquivos, refletindo sobre o ambiente onde suas obras são criadas; como também os curadores Isabel Ferreira Eduardo Bonito com o projeto Brasil Sequestrado, composto por palestras performativas.

Para atender todos os segmentos pensados para o Festival, ele foi organizado em três eixos: Lugares e ProcessosLaboratórios de Investigação e Brasil Sequestrado, além de uma Conferência e Conversa. "Na impossibilidade do convívio presencial coletivo e corporificado, nos perguntamos quais seriam os encontros que poderiam ativar os afetos e como poderíamos explorar o ambiente digital para refletir, vivenciar e compartilhar processos", contam Adriana e Amaury, curadores e diretores do FCD.

"Entendemos que nestes tempos de confinamentos é urgente ativar outras formas de encontros, assim como refletir sobre os processos e os contextos que inventam a dança e as artes do corpo, expandindo a possibilidade de imaginar outros futuros", dizem os organizadores.

 

LUGARES E PROCESSOS

Subdividido em Lugares e Processos, este eixo é composto por vídeos documentais. Em Lugares, artistas apresentam seus interesses em arte e dança por meio dos locais onde vivem. Esses vídeos possibilitam que o público se desloque virtualmente em direção a outros lugares por meio de viagens conduzidas pelo olhar de um artista do corpo para a arte presente no seu cotidiano.

Em Processos, os artistas de diferentes contextos e formações comentam sobre seus processos criativos e selecionam trechos dos trabalhos considerados significativos em suas trajetórias, compartilhando com o público referências, motivações, afetos, escolhas e práticas envolvidas na criação deles.

Os participantes desse eixo são Wagner Schwartz, coreógrafo, autor de 12 criações e ganhador de diversos prêmio em dança - entre eles o APCA 2021 de Melhor Projeto Artístico; Laurent Goldring, artista visual francês dedicado a trabalhos artísticos que cruzam os campos das artes visuais, vídeo, fotografia e cinema; Sheila Ribeiro, artista envolvida com moda, arte digital, corpo, design, comunicação e estudos culturais; Cristian Duarte, artista da dança com mais de 25 anos de atuação  que integra o quadro de professores da P.A.R.T.S. (Bruxelas) desde 2018 e que tem produção reconhecida pelos principais prêmios de dança no Brasil; T. Angel, pessoa trans não binárie que, desde 2005, cria obras que borram as linguagens da performance art e da dança, além de pesquisar, nas últimas décadas, modificação corporal, arte corporal e diferentes usos do corpo, como a suspensão; Miguel Pereira, bailarino e coreógrafo de destaque na cena portuguesa, tem apresentado e lecionado na Europa, Brasil, Uruguai e Chile;  Pedro Galiza, artista transmídia cujas criações se estendem em diversos fenômenos artísticos, como performance arte, música, cinema, dança, teatro e moda; e Nacera Belaza, coreógrafa premiada que nasceu na Argélia e mora na França desde os cinco anos.

 

LABORATÓRIOS DE INVESTIGAÇÃO

Essas atividades são compostas por atividades voltadas à partilha de processos, questões, motivações, estudos e práticas com artistas, investigadores e críticos de dança.

Com Cristian Duarte (3, 4 e 5 de agosto, das 10h às 13h), artista da dança com mais de 25 anos de atuação  que integra o quadro de professores da P.A.R.T.S. (Bruxelas) desde 2018 e que tem produção reconhecida pelos principais prêmios de dança no Brasil; Elisabete Finger (6 e 7 de agosto, das 10h às 13h), coreógrafa e performer que fez parte da Formação Essais, no Centre National de Danse Contemporaine d'Angers (França), e do Programa SODA – Solo/Dance/Authorship, mestrado em dança pela HZT/UdK (Berlim – Alemanha); Helena Katz (11 e 12 de agosto, das 14h30 às 16h30), professora na PUC-SP que vem investigando a relação corpo e telas, atentando-se para a desigualdade e o preconceito que a tecnologia naturaliza na sociedade; e Leandro Souza (13, 14 e 15 de agosto, das 15h às 18h),  artista da dança, Mestre em Artes da Cena e Bacharel em Dança pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Para se inscrever, basta preencher os formulários de inscrição já disponíveis no site www.fcdsp.org, onde encontrará também informações detalhadas sobre cada laboratório. As inscrições para os laboratórios são efetuadas por ordem de chegada.

 

BRASIL SEQUESTRADO

O eixo Brasil Sequestrado é a continuidade de um projeto de dois curadores residentes em Madri - Eduardo Bonito e Isabel Ferreira - que convidaram artistas de diferentes regiões para criarem palestras performáticas que expõem a situação atual do Brasil a partir dos seus pontos de vista e com uma abordagem voltada para questões como a crise cultural, social e política enfrentada pelo país. O programa de palestras performativas do Brasil Sequestrado foi composto especialmente para o FCD e gera contextos de debate e visibilidade em torno do que ocorre no país.

Inicialmente, o projeto foi criado pelos curadores para o Festival Grec de Barcelona em julho de 2020 e, durante agosto e setembro do mesmo ano, foi apresentado em vários outros contextos da Europa, como Festival de la Cité de Lausanne (Suíça), Festival La Batie (Genebra, Suíça), Zuercher Theater Spektakel (Zurich - Suíça), Tanz im August (Berlim) e FIT - Festival Iberoamericano de Cádiz (Espanha).

Os artistas participantes desse eixo são Calixto Neto, intérprete, dançarino, coreógrafo e artista plástico que discute suas experiências de vida e trabalho em um país marcado pelo racismo estrutural; Zahy Guajajara, "artivista "que nasceu na Reserva Indígena de Cana Brava, no Maranhão, e mudou-se para o Rio de Janeiro em 2010, trabalhando com TV, teatro e cinema;  Alice Ripoll, coreógrafa que conversa com membro da Cia REC sobre as realidades não tão diferentes que marcam suas vidas e refletem um Brasil de profundas desigualdades; Wellington Gadelha, artista multidisciplinar negro que trabalha com artes visuais, dança, vídeo-dança e processo imersivos em arte-tecnologia e arte sonora; Ricardo Marinelli, queer, artista, pesquisadora, professora e gestora de projetos de dança e arte contemporânea; e Uýra Sodoma, biólogo, drag queen e arte-educador amazonense que discute, por meio da videoperformance, questões relacionadas aos territórios indígenas e as consequências da violenta ocupação colonial da Amazônia central.

"Os vídeos do projeto Brasil Sequestrado são co-patrocinados pelo governo da Espanha e por diversos festivais da Europa com o objetivo de dar visibilidade sobre a situação atual do nosso país", conta Amaury, reforçando que essas ações já ocorrem com frequência na Europa, mas que chegam ao Brasil pela primeira vez representadas pelo FCD.
 

Sobre os Curadores de Brasil Sequestrado

Isabel Ferreira é gestora cultural e criadora de projetos e artefatos. Em 2018 criou o Labea - Laboratório de Artes Vivas e Ecologia; foi diretora artística do Festival DNA em 2017 e 2018, e de Composição Política em 2010, 2011 e 2016 no Rio de Janeiro. Seus projetos mais recentes são Brasil Sequestrado e Matéria Bosque.

Eduardo Bonito é coordenador do projeto Big Pulse Dance Alliance que reúne festivais de 12 países europeus. Com formação em Artes Cênicas, foi diretor do Festival Panorama do Rio de Janeiro; diretor executivo do BAC de Madrid; e diretor artístico do Dança em Foco (Rio de Janeiro, Brasil).
 

+ CONFERÊNCIA E CONVERSA

Conferência “Coleção de Pessoas” com a performer e criadora portuguesa Raquel André, seguida de conversa com o crítico Ruy Filho.

Os projetos da artista são focados na interação e encontro com a população local. A partir de encontros um para um, Raquel faz espetáculos, performances, conferências, livros e exposições para criar um arquivo do efémero. Raquel foi artista da APAP Performing Europe (www.apapnet.eu) entre 2017-20, o que lhe deu o entusiasmo e a capacidade de colaborar e trabalhar intensamente no contexto internacional. O seu trabalho tem sido apresentado em vários países da Europa, América do Sul e do Norte.

 

Sobre o FCD

O FCD – Festival Contemporâneo de São Paulo é um festival internacional dedicado à experimentação, ao intercâmbio artístico, e à difusão de trabalhos performativos movidos pela reflexão e a crítica.

Realizado anualmente, o FCD reúne em São Paulo artistas de diversos países interessados na constituição de contextos de convívio afetivo e artístico, aproximando o público local a diferentes proposições e práticas de criação, considerando a dança como uma produção compartilhada de conhecimento.

Criado por artistas e produtores em 2008, o FCD, até 2018 nomeado como Festival Contemporâneo de Dança, é o primeiro festival independente de dança de São Paulo, tendo conquistado ao longo dos anos o reconhecimento do público e da crítica especializada. O FCD foi contemplado duas vezes com o prêmio da APCA - Associação Paulista dos Críticos de Arte, na edição de 2018 e também em sua primeira edição em 2008. O FCD faz parte do calendário anual da cidade de São Paulo e contou com o apoio de diversas instituições nacionais como o Sesc São Paulo, Itaú Cultural, Centro Cultural Banco do Brasil, Caixa Cultural, Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo; e instituições internacionais, como o Goethe-Institut, Instituto Ramon Llull, Iberescena, Institut Français, DGARTES, Fonds Podiumkunsten - Holanda, Centro Cultural da Espanha, Nationales Performance Netz - Alemanha, La Caldera - Espanha, rede EDN, entre outros.

Ao longo das 12 edições o FCD tornou-se o festival internacional mais longevo da cidade, e é reconhecido internacionalmente como o festival brasileiro voltado à difusão de “trabalhos de ponta” voltados à experimentação e ao diálogo entre artistas de diferentes países, agregando públicos diversos de São Paulo. Ao promover o acesso aos processos de criação, às práticas, às proposições e às obras destes artistas, o FCD dinamiza as artes performativas na cidade, amplia os públicos, contribui com a qualificação da cena local e insere São Paulo em circuitos internacionais.

Em 2018, Adriana Grechi e Amaury Cacciacarro passam a viver também em Portugal, onde fundaram o Núcleo de Artes Performativas de Almada, uma estrutura de produção que reúne profissionais com larga experiência internacional em difusão, produção cultural e criação em dança.

Desde o início de suas atividades o Núcleo realizou a produção da “Mostra de Desocupação” dirigida pelo coreógrafo João Fiadeiro no Atelier RE.AL (Lisboa), em junho de 2019, com 35 apresentações de diversos artistas. Colaborou na difusão internacional dos espetáculos “Ça Va Exploser'' dos artistas João Fiadeiro e Carolina Campos, e de “Deixa Arder” e “Boca de Ferro” de Marcela Levi e Lucía Russo. Realizou a produção dos artistas Sara Vaz e Marco Balestros, e da coreógrafa Adriana Grechi.

Como idealizador e produtor da TRANSBORDA - Mostra Internacional de Artes Performativas de Almada, o Núcleo realizou a 1a edição em junho de 2021 e realizará a 2ª edição de 18 de fevereiro a 12 de março de 2022, trazendo a Almada artistas de diversos países, com especial atenção aos artistas brasileiros residentes no Brasil e na Europa, criando um circuito de colaboração entre Brasil e Portugal.

A partir de abril de 2021 o Núcleo iniciou a nova Direção Artística da CASA DA DANÇA, a convite da Câmara Municipal de Almada. A nova direção da Casa da Dança dará continuidade ao projeto implementado pelo coreógrafo Paulo Ribeiro em 2019-20, com o objetivo de estabelecer na cidade e no país um centro de dança inteiramente dedicado a esta forma artística.

Com longa experiência em programação internacional e em ações de qualificação artística, Adriana Grechi e Amaury Cacciacarro assumem a direção artística da Casa da Dança com o objetivo de estabelecer no município e no país um centro internacional de investigação em dança dedicado à criação contemporânea, à formação e à qualificação artística através da partilha de processos e obras artísticas, e à difusão de trabalhos performativos para públicos diversos.

 

FICHA TÉCNICA

Direção Artística: Adriana Grechi e Amaury Cacciacarro
Comunicação e Web Development: Pat Cividanes
Assessoria de Imprensa: Canal Aberto
Assistentes de Assessoria de Imprensa: Daniele Valério e Diogo Locci

Tradução: Renata Aspesi
Apoio Laboratórios: Maju Tóffuli
Realização: Projeto realizado com o apoio do ProAC nº 05/2019 | Governo do Estado de São Paulo | Secretaria de Cultura e Economia Criativa
Apoio Institucional: Consulat Général de France à São Paulo


SERVIÇO DETALHADO

LUGARES E PROCESSOS

3 a 15 de agosto, disponíveis em tempo integral
WAGNER SCHWARTZ - E então ele decidiu retirar o excesso de melancolia da frente do
uturo
SHEILA RIBEIRO - Nem National Nem Geographic
CRISTIAN DUARTE - : play <
T. ANGEL - Entre Frestas

9 a 15 de agosto, disponíveis em tempo integral
LAURENT GOLDRING - Diálogo com “La Bête” de Wagner Schwartz
PEDRO GALIZA - existe algo que ainda me acontece agora
NACERA BELAZA – Obras comentadas: “Sur le Fil” e “Le Cri”
MIGUEL PEREIRA – Era um peito só cheio de promessas

 

LABORATÓRIOS DE INVESTIGAÇÃO

3, 4 e 5 de agosto, das 10h às 13h, por Zoom
CRISTIAN DUARTE - laboratório

6 e 7 de agosto das 10h às 13h, por Zoom
ELISABETE FINGER - Introdução às Práticas de Encantamento e Erotismo da Matéria

11 e 12 de agosto, das 14h30 às 16h30, por Zoom
HELENA KATZ - Corpo e telas: o que fazer com o que a gente (não) sabe (?)

13, 14 e 15 de agosto das 15h às 18h, por Zoom
LEANDRO DE SOUZA - Dramaturgia Emaranhada

 

BRASIL SEQUESTRADO

4 a 15 de agosto, disponíveis em tempo integral
Sessão 1: Calixto Neto - Profuturo Quilombo, Zahy Guajajara - Pytuhem - Carta em defesa dos guardiões da floresta e conversa entre artistas e curadores.

7 a 15 de agosto, disponíveis em tempo integral
Sessão 2: Wellington Gadelha – Assombro, Alice Ripoll/Cia Rec - Sobre perguntas, vergonhas e cicatrizes e conversa entre artistas e curadores.

8 de agosto, das 17h às 19h
RAQUEL ANDRÉ E RUY FILHO – Coleção de Pessoas

10 a 15 de agosto, disponíveis em tempo integral
Sessão 3:  Uýra Sodoma – Manaus, uma cidade na aldeia e Morfose, Ricardo Marinelli - Cuidado com aquele bizarra e conversa entre artistas e curadores.

+ CONFERÊNCIA E CONVERSA

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