Ao ouvir o que Allen criou, Benito di Paula pensou em uma introdução inspirada em “Concierto de Aranjuez”, composição do espanhol Joaquín Rodrigo, feita para orquestra. A introdução clássica deu lugar a um improviso feito por Benito no violão. “Quase ninguém sabe que esse foi o primeiro instrumento do meu pai. Inclusive, o piano dele é influenciado pela forma com que ele toca o violão”, explica Rodrigo. Por fim, juntaram-se ao time Rodrigo Campos e Marcelo Cabral – que também integraram as gravações de O Mestre-sala da Minha Saudade –, o baterista Igor Caracas e o saxofonista Thiago França. Em “Aurora”, influências eruditas e ciganas combinam as identidades sonoras de todos os envolvidos. “Cada um trouxe camadas pessoais e profundas para a canção que meu pai compôs para minha filha”, relata Rodrigo.
Apesar dos momentos de incerteza acentuados pela pandemia, a família está animada para conhecer Aurora: “Estamos prontos e muito felizes com a chegada da nossa menina. A casa já se modificou e já está cheia de cores, brinquedos, fraldas e alegria”, conta Rodrigo.
Enquanto aguarda a chegada da filha, Rodrigo se divide entre os planos para o decorrer do ano, como a comemoração dos 80 anos de Benito di Paula e os cuidados pré-natais. “Olhar o rostinho dela na ultrassonografia é inacreditável, escutar o coraçãozinho dela faz o meu bater mais rápido. A música retrata e embala esta fase tão especial das nossas vidas”, finaliza o cantor e, agora, pai. |
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