[Crítica] O direito de viver
Sinopse:
Depois de um discurso conservador e racista sobre a legalização do aborto em uma convenção da Ku Klux Klan, um médico que ganhou notoriedade justamente por realizar abertamente o procedimento e uma líder feminista se unem à causa e decidem processar o governo dos EUA. Só que para o processo dar resultado, eles precisam de uma gestante que aceite ser a vítima do sistema. Um grupo de ativistas percorre os EUA e encontra a pessoa perfeita para a ação: uma jovem pobre que mal terminou o ensino fundamental, cheia de problemas. Eles dão à moça o nome Jane Roe e processam Henry Wade, o promotor público de um condado de Dallas. Nasce neste momento uma das maiores batalhas, tanto jurídicas quanto de opinião pública, de todos os tempos!
O quê eu achei?
Mesmo antes de assistir, eu já sabia que seria controverso por se tratar de um tema tão polêmico.
Os diretores Cathy Allen (produtora de filmes como Abdução e Detenção, em sua estreia na direção)e Nick Loeb (atuou em filmes como Covil de Ladrões e Dia dos Mortos,também em sua estreia na direção)apresentam o caso real ocorrido entre 1970-1973 nos EUA.
O futuro ativista anti-aborto e fundador da NARAL (sigla em inglês para Liga Nacional de Ação dos Direitos do Aborto)Dr.Bernard Nathanson (o co-diretor Nick Loeb)um médico que começou como um profissional oportunista fazendo abortos em uma clínica clandestina.Algumas sequências de flashbacks nos apresentam às advogadas Sarah Weddington (Greer Grammer) e Linda Coffee (Justine Wachsberger).
As advogadas são retratadas como gananciosas que usam uma mulher simplória,grávida,Norma "Jane Roe" McCorvey (Summer Joy Campbell)para atingir seus objetivos.A dupla aparentemente inocente é fisgadaa por Nathanson e sua companheira de apoio ao aborto Larry Lader (Jamie Kennedy) em uma conspiração que transforma os abortos em fonte de renda, um estratagema que também envolve a ativista e a autora de "A mística humana" Betty Friedan (Lucy Davenport), apresentada aqui como uma vilã ingênua com inteligência limitada. Enquanto isso, para ampliar a credibilidade de sua missão, Lader e Nathanson fabricam sistematicamente estatísticas favoráveis ao aborto e as alimentam para a mídia a fim de influenciar o público.
Ao meu ver,o grande problema do filme é que ele não se mantém neutro:ele tem um viés pró-vida, ou seja,anti-aborto.Resumidamente, o filme afirma que o movimento dos direitos ao aborto foi uma campanha de marca bem financiada e manipulada. E alguns juízes da Suprema Corte (interpretados por Jon Voight,pai de Angelina Jolie e Steve Guttenberg, entre outros), alegam os diretores, foram consequentemente pressionados tanto pela mídia quanto por suas famílias a decidir a favor do aborto. No tribunal, uma juíza - Sarah T. Hughes, do Texas - é aparentemente tão tendenciosa que não pode deixar de piscar para Weddington e Coffee para indicar que eles têm o veredito garantido. Enquanto isso, pessoas saudáveis e tementes a Deus no lado anti-aborto se mantêm firmes com coragem, incluindo a médica cristã educada em Harvard Mildred Jefferson (Stacy Dash) e o professor de direito Robert Byrn (Joey Lawrence), que fala em mensagens manipulativas conservadoras e ousam perguntar a seus alunos se eles abortariam Beethoven devido a sua surdez.
Sou da opinião de que o aborto é um direito da mulher,não apenas em caso de estupro mas também em casos de gravidez indesejada.Imagine como revirei os olhos quando uma mulher de um grupo anti-aborto começou a fazer um discurso na sala do cinema durante os créditos.Ela usou pseudoargumentos como a que a vida começa na concepção,atacou o feminismo,chamou máscara de mordaça,falou que há um bebê para cada mulher...podem imaginar o resto.Eu só revirei os olhos e quando deu uns 5 minutos,tomei coragem,me levantei e saí da sala.Uma colega me seguiu e tive que acalmá-la!Nessas horas temos que nos esforçar para não perder a linha!Aquela senhora precisa rever seus conceitos urgentemente.Eu só fiquei revirando os olhos.Me levantei e fui embora porque n sou obrigada a ficar ouvindo aquelas baboseiras.Às vezes penso que seria bom se nossas orelhas tivessem pálpebras assim como nossos olhos para podermos deixar de ouvir quando quiséssemos.
E para piorar ainda mais:no final,ela ainda queria nos dar um feto de plástico para cada um para nos fazer "entender" que a vida começa a partir da concepção.Tenho livros demais para ler,filmes e séries demais para assistir,músicas demais para ouvir!
Trailer:
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