[News] Toda Quinta retoma 1ª edição no Teatro Vivo, com ases da música fazendo menção aos 80 anos de Dominguinhos
Interrompido pela pandemia após a estreia, quando realizou apenas o primeiro show, de Hermeto Pascoal, em março de 2020, o Toda Quinta será retomado. Mais nova iniciativa do Projeto Memória Brasileira, criado para desenvolver ações de valorização da música brasileira, o novo projeto musical das quintas-feiras volta com a proposta de oferecer ao público uma programação de qualidade em um espaço ideal para os amantes da boa música. O Toda Quinta marca a estreia da programação musical do Teatro Vivo, voltada à diversidade cultural. Nesta primeira edição estão agendadas apresentações dias 11, 18 e 25 de novembro, quintas-feiras, sempre às 20 horas. O Teatro Vivo voltou à cena cultural paulistana após passar por grande modernização, trazendo também uma programação variada e independente que o consolida como espaço multicultural de São Paulo.
Idealizado por Myriam Taubkin e Gabriel Fontes Paiva, que assinam, respectivamente, a direção musical e a direção de arte, o Toda Quinta reúne elenco de notáveis. Para brindar esta iniciativa, as atrações fazem uma saudação a Dominguinhos, executando uma ou duas composições do repertório do artista que faria 80 anos em 2021. Myriam Taubkin, diretora musical e curadora, ressalta a ideia de conquistar o público para a música e oferecer uma programação permanente. “Pensamos em receber o público com o respeito que ele merece por disponibilizar seu tempo para um espetáculo ao vivo. Ela ressalta também a volta ao presencial. “É muito importante neste momento oferecer uma programação especial, de qualidade, para quem está saindo de casa, buscando um retorno às salas de teatro.” Na idealização e direção de arte, Gabriel Fontes Paiva comenta que “o projeto foi pensado para levar música ao cotidiano das pessoas. A direção de arte vai mergulhar no universo de cada artista convidado e, ao mesmo tempo, buscará criar um ambiente acolhedor para receber o público que quer dar uma pausa na rotina e viver uma experiência íntima com alguns dos maiores músicos brasileiros”. Paiva também destaca “a importância de receber o público que está voltando a frequentar as salas de espetáculo”.
PROGRAMAÇÃO
SOBRE | PIANO E VIOLA... BENJAMIM TAUBKIN E IVAN VILELA
Instrumentista com longa vivência nos palcos brasileiros e internacionais, o pianista, compositor, arranjador e produtor Benjamim Taubkin e o compositor, arranjador, pesquisador, professor e violeiro mineiro Ivan Vilela, diretor e arranjador da Orquestra de Viola Caipira, abrem o projeto no dia 11 de novembro. O encontro propõe o diálogo entre dois músicos com influências distintas para construírem um repertório inédito. Multifacetados, Taubkin e Vilela caminham juntos na relação dedicada que possuem com seus instrumentos. O espetáculo apresenta composições de ambos, além de canções dos anos 60 e 70, da obra de Milton Nascimento.
O trabalho teve início com o convite do projeto Encontros Instrumentais do Sesc Pompéia e seguiu realizando apresentação no Sesc Consolação, no Festival Piano Piano, realizado na Argentina, no novo Centro Cultural Kirchner e no interior de São Paulo. Ivan Vilela fez uma residência de 3 anos na Universidade de Aveiros, em Portugal. Animados com o resultado, decidiram registrar estas apresentações em CD. As gravações aconteceram em sessões ao vivo no Estúdio Arsis, de Adonias Jr. O lançamento aconteceu em maio de 2019, em CD físico pelo Núcleo Contemporâneo e em todas as plataformas digitais com distribuição da Tratore.
Benjamim Taubkin - Participa como músico e/ou produtor em mais de 150 projetos. É responsável pelo projeto Núcleo Contemporâneo – gravadora, produtora e um centro cultural na cidade de São Paulo. Desde 1997 iniciou diferentes projetos musicais como a Orquestra Popular de Câmara; o conjunto de choro, Moderna Tradição; o trabalho com o grupo de musica tradicional Abaçaí; o quarteto de jazz Trio + 1; o Coletivo América Contemporânea, que reúne músicos e repertório de países da América do Sul. Vem colaborando com músicos de diversos países como Marrocos, Africa do Sul, Índia , Israel, Espanha e Colômbia. Tem se apresentado regularmente do piano solo à orquestra sinfônica em festivais e centros culturais no Brasil, América Latina, Canadá, Estados Unidos, e Europa, Oriente Médio. Realizou. Também, concertos e residências artísticas no Marrocos e na Coréia.
Ivan Vilela - Doutor em Psicologia Social pela USP, Graduado e Mestre em Composição Musical pela UNICAMP. É professor da Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo onde leciona História da Música Popular Brasileira, Percepção Musical, Rítmica, Música de Câmara e Viola Brasileira. Com seus CDs foi indicado a vários prêmios voltados à Cultura e à Música Brasileira como Prêmio IBAC (Instituto Brasileiro de Arte e Cultura), Interações Estéticas – FUNARTE, Prêmio Rival BR de Música Popular Brasileira, Prêmio Sharp, Medalha Carlos Gomes da Secretaria do Estado da Cultura de São Paulo, Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte), entre outros. Possui intensa atividade como instrumentista, compositor e arranjador atuando como solista e junto a grupos. Suas pesquisas estão voltadas ao universo da Cultura Popular e da Música Popular Brasileira.
“Sempre fui tocado pela maneira como o Ivan lida com a viola. Pensando agora, parece a natureza muito bem acabada. O contorno da montanha muito bem desenhado. O piano e a viola têm muitos assuntos. E uma plateia de harmônicos - que somados dão uma multidão. E que também permite a transparência e o silêncio.” “Benjamim Taubkin é um músico e pesquisador que tem mesclado seu talento a diversas vertentes da música, gravando com grupos voltados às culturas populares brasileiras e às sonoridades chamadas étnicas de várias localidades do mundo. Estou contente por partilharmos o mesmo palco... o da fusão de elementos musicais distintos. Quando tocamos pensamos não só em harmonias e melodias, mas também em texturas, ambiências e sensações dizíveis apenas por linguagens sem palavras.”
Repertório do show
Sertão (Ivan Vilela),
A Lua Girou (Milton Nascimento),
Encontro (Benjamim Taubkin),
Cravo e Canela (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos),
Mantendo a Fé (Benjamim Taubkin),
A Força do Boi (Ivan Vilela),
Caipira (Benjamim Taubkin),
Castelo dos Mouros (Ivan Vilela) e
Milagres dos Peixes (Milton Nascimento e Fernando Brant).
Lamento Sertanejo (Dominguinhos e Gilberto Gil )
www.nucleocontemporaneo.com.br/benjamim-taubkin-e-ivan-vilela
Ivan Vilela sobre Dominguinhos: "Dominguinhos é a síntese mais perfeita da fusão de tradição com modernidade quando tratamos de Música Popular Brasileira."
Benjamim Taubkin sobre Dominguinhos - Dominguinhos é um dos grandes músicos brasileiros , em nossa época. Possui ao mesmo tempo a simplicidade mais refinada e a erudição que fala a todos. Ha anos venho pensando que apenas tocando as composições dele , um estudante pode se formar em música. Sua obra atravessa os vários graus exigidos para que um candidato apreenda de forma ampla o exercício da música.
Foi uma pessoa iluminada e querido por todos com quem conviveu. Um mestre o é , quando todos o reconhecem como tal. Na convivência simples e diária. Deixa uma lição de vida e criação para todos nós. Um farol ,nestes tempo mais escuros.
SOBRE | DUO SIQUEIRA LIMA
Na quinta-feira seguinte, dia 18 de novembro, é a vez do Duo Siqueira Lima, Prêmio Profissionais da Música 2015, no Brasil, e do Brazilian International Press Awards 2014, nos Estados Unidos, duo de violões que ultrapassa várias barreiras de períodos e estilos musicais. Em 18 anos de trabalho, tem se apresentado pela América do Sul e do Norte, Europa, África e Ásia. A uruguaia Cecília Siqueira e o mineiro Fernando de Lima são solicitados pelos mais representativos festivais dedicados ao violão em todo o mundo.
Cecília Siqueira e Fernando de Lima se conheceram no II Concurso Internacional de Violão Pro-Música/SESC, em 2001, em Caxias do Sul (RG), onde, surpreendentemente, dividiram o primeiro prêmio na competição. Este acontecimento foi decisivo para a formação do duo e o início de uma promissora carreira internacional. Em 18 anos de trabalho o duo tem se apresentado pela América do Sul e do Norte, Europa, África e Ásia. São solicitados pelos mais representativos festivais dedicados ao violão em todo o mundo, atuando em palcos como do Lincoln Center (Nova Yorque), New World Center (Miami), Het Concertgebouw (Amsterdam) e Sala São Paulo (São Paulo). A discografia reúne cinco álbuns, sendo os mais recentes lançados pelos selos GHA Records (Bélgica) e GuitarCoop (Brasil). O CD The Art of Duo Siqueira Lima (GC – 2016), onde estrearam a versão feita pelo próprio duo de Bachianas Brasileiras N.4, de Villa-Lobos - considerado pela revista francesa Guitare Classique como um dos melhores álbuns de violão do ano ( “Finamente detalhado como um Ovo Fabergé” - The New York Times - 22 de janeiro de 2014.)
Repertório do show reúne
Villa-Lobos,
Debussy,
Ernesto Halffter,
Paulo Bellinati,
Sérgio Assad,
Hermeto Pascoal,
Hugo Fattoruso
Lamento Sertanejo (Dominguinhos)
Nilopolitano (Dominguinhos)
SOBRE | TRIO CORRENTE - Grammy Award e Latin Grammy – Best Latin Jazz Album - 2014
Importante nome do jazz brasileiro, com dois prêmios Grammy, o Trio Corrente - formado em 2001 pelo baterista Edu Ribeiro, o pianista Fabio Torres e o contrabaixista Paulo Paulelli - encerra a primeira edição do projeto no dia 25 de novembro com show para comemorar os 21 anos de carreira. No repertório, temas de seu novo álbum, Sincronia, gravado após o período mais duro da pandemia, com músicas autorais e novos arranjos para autores como Milton Nascimento, Nelson Cavaquinho e Sivuca. Segue a linha estética do trio, mesclando música brasileira, choro, jazz, erudito, com releituras pessoais e recheadas de improvisação de temas conhecidos como o clássico choro Flor Amorosa, de Joaquim Callado com letra de Capulo da Paixão; o forró Feira de Magaio, de Sivuca; Juízo Final, de Nelson Cavaquinho, além de músicas autorais. “O show marca nossa saída criativa da pandemia e tem um sabor especial para nós”, comenta Fábio, adiantando que para 2022 o trio planeja voltar para os gows na Europa
Em 2011, o Trio Corrente gravou o seu segundo álbum, Volume 2, e em 2014, o álbum Song For Maura, uma parceria com Paquito D’Rivera, conquistou o Grammy Award como melhor álbum de jazz latino. Pelo mesmo trabalho, ainda venceriam, na mesma categoria, o Latin Grammy, dividindo o prêmio com o lendário pianista americano Chick Corea. Em 2016 lançam seu novo álbum, Volume 3. Em 2018, a parceria com a Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo resultou na gravação de um álbum ao vivo, lançado em 2018. Realizaram dezenas de turnês pela Europa, Japão, Estados Unidos e América Latina, numa das quais, em 2018, gravam o CD Tem que ser Azul, lançado no Brasil e Europa em 2019. O trabalho mereceu o elogio de figuras como o grande baixista do Jazz, Ron Carter.
Repertório
1. Travessia (Fernando Brant e Milton Nascimento)
2. Caminho Verde (Vinícius Dorin)
3. Venezuelana 3 (Fabio Torres)
4. Sambassi (Paulo Paulelli)
5. Clube da Esquina (Lô Borges e Milton Nascimento)
6. eira de mangaio (Sivuca e Glorinha Gadelha)
7. Flor amorosa (Joaquim Callado)
8. Juízo final (Nelson Cavaquinho)
9. Homenagem a Chiquinho do Acordeom (Dominguinhos)
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