No documentário musical as gravações das canções se mesclam a depoimentos que atestam e refletem sobre a importância desses artistas e da representatividade e das vozes e composições desses poetas para a canção e a para o universo artístico brasileiro.
Abrindo as homenagens, a diva do pagode pop Marvilla canta junto com Luan Otten o clássico de 1981 “Sorriso negro”, de dona Ivone Lara. Os clássicos versos “Um Sorriso Negro/ Um abraço negro/Traz felicidade/Negro sem emprego/Fica sem sossego/E negro é a raiz da liberdade” ganham um toque R&B na voz poderosa da brasiliense e do carioca. “Não é qualquer música, é muita responsabilidade”, afirma Marvilla. Luan Otten completa, reforçando o alcance da canção e do projeto: “Quando eu via alguém da mesma cor que eu, com o mesmo sonho, penso: ‘caraca, eu sei o que você está passando. Tamo junto’. Porque é difícil”, reconhece. E celebra a força das raízes musicais brasileiras, um reflexo da importância na formação histórica e cultural da nação: “é uma força que mostra quem somos, é algo que vem lá de trás”, conclui.
A capixaba Morenna e o carioca Sodré transformam em um reggae – ritmo do qual o Espírito Santo de Morenna é um dos berços o clássico “Crença e Fé”, da Banda Mel. Assim, os versos “E diga Yes, diga Yes, Sou Negão”, da Bahia na qual a artista cresceu ganham um colorido especial e afirmativo, do jeito que a canção pede. “Minha mãe cantava muito essa música para mim. Me senti em casa. A maior quantidade de pessoas negras fora da África está no Brasil”, diz a artista. “Essa canção, essa fala de não se limitar, essa percussão ” completa.
Os cariocas e novíssimas apostas da gravadora respectivamente no R&B pop e no rap, Paulla Blecaute, apresentam uma versão inovadora de “Negro Gato”, de Getúlio Côrtes, gravada em 1980 por Luis Melodia.
Na quarta faixa, cheia de suingue, o grupo de samba e pagode RDN finaliza o tributo com “Meu Nome é Favela”, de autoria do produtor musical da banda Leandro Sapucahy. A letra que fala de becos e vielas e afirma “Meu Nome é Favela” e “mostro num sorriso nosso clima de subúrbio” é um hino empoderado, que afirma respeito, inspiração e retoma a grandiosidade das raízes musicais brasileiras. Rogério Barros, do RDN, lembra “Candeia, Dona Ivone Lara, esses nomes são os grandes responsáveis por nos apaixonarmos pelo samba e é muito importante dar sequência a esse legado”. Salve a música e os artistas negros.
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