[News]Núcleo Bartolomeu de depoimentos apresenta Hip Hop Blues em dezembro

 Núcleo Bartolomeu de depoimentos apresenta Hip Hop Blues em dezembro

 


Temporada virtual do espetáculo-show acontece no canal de YouTube do grupo; coletivo está comemorando duas décadas de criação

 

Elenco de Hip Hop Blues | Crédito da foto: Matheus Brant


 

Uma caminhada pela cidade de São Paulo, em momento de afrouxamento das medidas de distanciamento, e sob o ponto de vista de figuras tão comuns quanto à margem da sociedade. Esse é o mote, mas não só, de um dos novos trabalhos do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos que faz parte das celebrações dos 20 anos: Hip Hop Blues, que estreia dia 16 de dezembro de 2021, quinta-feira. A curta temporada vai até 19 de dezembro, domingo, com duas sessões diárias, às 18h e às 21h, gratuitas, no youtube.com/nucleobartolomeu.
 

O espetáculo-show conta com vários números musicais que fazem um diálogo entre teatro épico e a cultura hip-hop - pesquisa realizada pelo Núcleo Bartolomeu há 20 anos. Hip-Hop Blues propõe um passeio por São Paulo: um olhar afiado sobre a cidade, uma peregrinação onde figuras e lugares se revelam, explorando assuntos que são apresentados sob a forma de canções ou poemas de ações dramáticas.

 

A dramaturgia e a direção é de Claudia Schapira e a concepção geral é do Núcleo Bartolomeu - que além da Claudia é formado por Eugênio Lima, Luaa Gabanini e Roberta Estrela D'Alva -, em parceria com artistas aliades.
 

A música exerce papel central em Hip Hop Blues, já que o formato de show predomina na encenação. “O blues é apresentado como visão de mundo, como forma de resistência e de protesto. Como ágora capaz de abrigar todas as diásporas, todos os levantes e de dar contorno ao momento desafiador pelo qual estamos passando; que lança mão do ritmo e da poesia como se fosse reza, como se fosse lamento, também reivindicação e luta, sem abrir mão do poder transformador da celebração, diz Claudia Schapira.

 

Peça show

O elenco é formado pelas atrizes e atores MC’s Cristiano Meirelles, Dani Nega, Eugênio Lima, Luaa Gabanini, Nilcéia Vicente e Roberta Estrela D’Alva - mais Daniel Oliva na guitarra.
 

As personagens são representações exacerbadas, oníricas, de figuras urbanas, por vezes marginalizadas e rejeitadas pela sociedade que apresentam a sua visão de mundo. Neste estado de quase sonho, essas figuras “extra” cotidianas, comentam estes tempos e seu encontro com a cidade. O enredo parte da ideia de um grupo que se reúne para montar um show musical. Juntos, eles deflagram a cidade de São Paulo pós isolamento social. Hip Hop Blues propõe um olhar questionador sobre o tempo em que vivemos, e esbarra em questões como a moralidade imposta, apagamentos da história, violência de gênero, racismo, miséria e vulnerabilidade.

 

Duas décadas de Bartolomeu

O Núcleo Bartolomeu de Depoimentos completa 20 anos de criação e de atuação continuada com a construção da linguagem do teatro hip-hop e ganha comemoração com diversas atividades programadas ao longo de 2021 e 2022. Hip-Hop blues é uma dessas atividades. Essas duas décadas de intenso trabalho originaram não só uma cartografia que mescla linguagem e trajetória do grupo, mas também reflexões e um importante olhar para o futuro na formação de novos imaginários.

 

Esta atividade faz parte do projeto "Cabaré Hip Hop - Irmãs do Blues - 20 Anos" contemplado pelo Edital PROAC Expresso Lei Aldir Blanc (Lei 14.017/2020), através do Ministério do Turismo, Secretaria Especial da Cultura e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

 

Sinopse:

Um grupo de atores e atrizes–MCs se encontram para fazer uma peça que vai se transformando em um show a partir de algumas músicas e coreografias que criaram juntes. Cada um trouxe um tema, um mote que traduz seu olhar sobre estes tempos. Depois de quase dois anos de trabalhos não presenciais, não são mais os mesmos. Também a relação com a cidade mudou. Perambulam em pensamento pelas ruas, enquanto cantam e dançam “ao som de um bom blues”.

 

Ficha Técnica

Dramaturgia e Direção: Claudia Schapira

Concepção Geral: Núcleo Bartolomeu e aliades

Atores/Atrizes-MC’s: Cristiano Meirelles, Dani Nega, Eugênio Lima, Luaa Gabanini, Nilcéia Vicente e Roberta Estrela D’Alva

Guitarra: Daniel Oliva

Desenho de Luz: Matheus Brant

Músicas: Núcleo Bartolomeu e Elenco

Coreografias: Luaa Gabanini

Figurino: Claudia Schapira

Criação e Operação de Vídeo: Bianca Turner

Cinematografia: Gabriela Miranda e Matheus Brant

Operação de Câmera: Matheus Brant

Assistência de Direção: Rafa Penteado

Figurinista assistente e maquiagem: Isabela Lourenço

Engenharia de Som: João de Souza Neto e Clevinho

Montagem e Operação de Luz: Clara Caramez

Corpo andante pela cidade (vídeo): Flip Couto

Fotos para divulgação: Matheus Brant

Intérprete Libras: Erika Mota e Greicy Santos

Costureira: Cleuza Amaro Barbosa da Silva

Programação Visual: Murilo Thaveira

Transmissão ao Vivo: Ursula REC Audiovisual

Coordenação de produção, Administração Geral e Financeira: Mariza Dantas

Produção Geral: Périplo Produções

Assessor de Imprensa e Coordenação de Comunicação: Canal Aberto – Márcia Marques, Carol Zeferino e Dani Valério

Agradecimentos: Lu Favoreto, Estúdio Nova Dança Oito, Pequeno Ato, Galpão do Folias e Marisa Bentivegna

 

Serviço

Hip Hop Blues [on-line] [música]

Núcleo Bartolomeu de Depoimentos 20 anos

de 16 a 19 de dezembro de 2021

quinta-feira a domingo, às 18h e às 21h

Online

Grátis

youtube.com/nucleobartolomeu

 

Informações para a imprensa:

Canal Aberto Assessoria de Imprensa

Márcia Marques - marcia@canalaberto.com.br - 11 99126 0425

Carol Zeferino - carol@canalaberto.com.br - 11 99425 1328

Daniele Valério - daniele@canalaberto.com.br - 11 98435 6614

 

Material de apoio

O Núcleo Bartolomeu de Depoimentos

O Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, formado por Claudia Schapira, Eugênio Lima, Luaa Gabanini e Roberta Estrela D'Alva, nasceu no ano de 2000 e tem como pesquisa de linguagem o diálogo entre a cultura hip-hop, com a contundência da autorrepresentação como discurso artístico, e o teatro épico e seus recursos: o caráter narrativo, apoiado por uma dramaturgia que se configura depoimento do processo histórico; como instrumento que elucida uma concepção do mundo, e coloca o ator-narrador em face de si mesmo como objeto de pesquisa; como homem mutável; em processo, fruto do raciocínio, da reflexão.
 

Em 2000, estreou Bartolomeu, O Que Será que Nele Deu, o primeiro espetáculo do Núcleo, dirigido por Georgette Fadel e inspirado no romance de Herman Melville "Bartleby, O Escriturário". Acordei Que Sonhava, uma livre adaptação de "A Vida É Sonho", de Calderón de la Barca, foi o segundo espetáculo da companhia, estreado em 2002, dirigido por Claudia Schapira.
 

Entre os anos de 2002 e 2003, o Núcleo desenvolveu o projeto Urgência nas Ruas – obras-manifesto, intervenções pelas ruas de São Paulo. Esse projeto foi o primeiro a ser contemplado pela Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.
 

Em 2006 estreia Frátria Amada Brasil – Pequeno Compêndio de Lendas Urbanas, espetáculo inspirado na Odisseia de Homero.
 

Em 2008, o projeto 5 x 4 – Particularidades Coletivas, gerou cinco espetáculos: Encontros Notáveis, 3×3 – Três DJs em busca do vinil perdido, Manifesto de Passagem – 12 Passos em Direção à Luz, Vai te Catar! e Cindi Hip-Hop – Pequena Ópera Rap.
 

Em 2009, o Núcleo iniciou o projeto Pajelança de Kuarup no Congá, que depois de quase três anos de intensa pesquisa resulta no espetáculo Orfeu Mestiço, uma Hip-Hópera Brasileira.
 

Em 2013, estreou Antígona Recortada e em 2014, BadeRna, último espetáculo realizado na sede do grupo, que foi demolida pela Ink Incorporadora e todos seus associados.
 

Em 2015, no Teatro de Arena Eugênio Kusnet, realizou a Ocupação Arena Urbana – De onde viemos, para onde voltamos, que contou com a temporada de três obras inéditas: Memórias Impressas, Olhos Serrados e 1, 2, 3 – Quando acaba começa tudo outra vez, marcando a incursão do grupo no universo do teatro infantil.

Em maio de 2016, estreou Cassandra – Na calada da voz, uma performance teatral, trazendo à luz a violência infringida através dos tempos ao discurso feminino.
 

Além dos espetáculos, o Núcleo criou vários projetos, em 2008, ZAP! Zona Autônoma da Palavra, o primeiro poetry slam (campeonato de poesia) brasileiro, que deu origem ao SLAM SP e ao SLAM BR e, em 2009, DCC – Dramaturgia Concisa e Contemporânea, um espaço dedicado à criação e debate sobre produção de textos cênicos curtos e inéditos.

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