[News]Ocupação Mirada 2021 termina com milhares de acessos nas redes e ingressos esgotados nas apresentações presenciais
Ocupação Mirada 2021 termina com milhares de acessos nas redes e ingressos esgotados nas apresentações presenciais
Cena de Sueño, dirigido por Newton Moreno, um dos espetáculos presenciais apresentados durante a Ocupação Mirada 2021 | Crédito da foto: Dani Sandrini
A Ocupação Mirada, realizada pelo Sesc SP em novembro último, encerra 2021 já com vistas para 2022. Foram cinco dias de atividades intensas, com lotação esgotada nas sessões presenciais no teatro em Santos e dezenas de atrações on-line, com milhares de acessos. Esta edição do evento, híbrida, proporcionou que pessoas de diversas partes do mundo fizessem conexões com artistas e pensadores, assistissem peças, participassem de mesas de conversas, ações formativas, processos de criação e mostras do acervo digital do Sesc SP.
O festival teve como objetivo pontuar as artes cênicas no contexto da América Latina e Península Ibérica neste momento em que o mundo se encontra no segundo ano de pandemia, com restrições sanitárias variáveis, quando muitas produções e eventos foram desmobilizados (ou tiveram os formatos reduzidos ou alterados). A programação especial foi pensada para contemplar intercâmbios, reflexões e produções recentes e outras que já apontam como possíveis montagens da cena teatral de 2022.
Na abertura do evento deste ano, Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo, anunciou a próxima edição do Mirada - Festival Ibero-americano de Artes Cênicas. Realizado pelo Sesc, o festival completou 10 anos desde sua primeira realização em 2010. Acontecendo bienalmente, sempre traz representantes internacionais, espetáculos e encontros de formação para os mais diversos públicos. Esta mesa de abertura reuniu representantes de festivais internacionais importantes para as Artes Cênicas, sob o tema "Desafios e Perspectivas da Ação Cultural", além de Danilo Miranda reuniu Carmen Romero (da Fundação Teatro a Mil, do Chile), Octávio Arbelaez (do Festival Internacional de Teatro de Manizales, da Colômbia) e Gonçalo Amorim (do FITEI, de Portugal).
Este ano, durante o evento, foi lançada a TePi - plataforma que reúne a produção teatral baseada no Festival Teatro e os Povos Indígenas, Encontros de Resistência, liderada pela diretora artística Andreia Duarte, em parceria e co-curadoria com o ambientalista e filósofo Ailton Krenak. Além do lançamento oficial da plataforma, aconteceu a mesa de discussão, “Teatralidades e Povos Indígenas”, com Ailton Krenak, Paula González Seguel (Chile) e Andreia Duarte. E duas peças da programação: Ino Moxo, do Grupo Íntegro, do Peru - que trata de uma aventura pela Amazônia em busca de um lendário xamã da ayahuasca - e Trewa, do KIMVN Teatro, teatro documental das raízes do povo Mapuche do Chile.
Números
Foram onze espetáculos, entre estreias e obras inéditas no Brasil - caso do novo espetáculo d'Aquela Cia (Chega de Saudade!); Trauma, de Alexandre Dal Farra e Patrícia Portella, e o Sem Palavras, da cia brasileira de teatro. Além disso, O Monstro da Porta da Frente, d'A Digna Coletivo Teatral, para o público infantil, estiveram entre os espetáculos nacionais.
Dos estrangeiros, foram apresentados Aurora Negra, de Portugal, criado por Cleo Tavares (Cabo Verde), Isabel Zuaa (Portugal, de origem de Angola e Guiné-Bissau) e Nádia Yracema (Angola); Preludio - Ficciones del Silencio, concebido pela atriz e diretora peruana Diana Daf Collazos; La segunda vida de un Dragón, do chileno Guillermo Calderón, e La Casa de tu Alma, do México, com direção de Conchi León para a Saas'Tun Teatro. E mais Ino Moxo, do Grupo Íntegro, do Peru, e Trewa, do KIMVN Teatro.
Uma seleção de dez espetáculos do acervo do #EmCasaComSesc, reunindo produções exibidas durante a pandemia nas redes e plataformas do Sesc, integram a Ocupação Mirada 2021. As peças são: Felipe Rocha, em Ele precisa começar; Matheus Nachtergaele, em Desconscerto; Hilton Cobra, em Traga-me a cabeça de Lima Barreto!; Grace Passô, em Frequência 20.20; Mariana Lima, em Cérebro Coração; Bete Coelho, em Mãe Coragem; Sara Antunes, em Dora; Cláudia Missura e Tata Fernandes, em O Menino Teresa; Cristina Moura, em MASCARADO - Ägô Pra Falar, Ägô Pra Dançar, Ägô Pra Existir; Fragmento Urbano, em Espaço Seguro para Ficar em Risco.
A Ocupação Mirada 2021 também reservou boa parte da programação para a reflexão sobre a produção cênica atual e apresentou alguns apontamentos para onde elas seguirão, com a participação (virtual) de artistas, profissionais da área, produtores e pensadores.
Um dos temas mais recorrentes entre os participantes foi o desafio de seguir produzindo em tempos pandêmicos e algumas pistas de como isso será aproveitado e utilizado nas produções daqui pra frente. Além das ferramentas tecnológicas - que proporcionaram não só a transmissão como o encontro entre pessoas territorialmente distantes - os artistas estão criando novas linguagens e maneiras de se conectar com o público.
A Ocupação também organizou o Miradas Digitais como uma maneira de refletir sobre as obras criadas para o ambiente on-line. Artistas convidados construíram narrativas para diferentes coleções de obras do Sesc Digital, das lives #EmCasaComSesc, entre outros materiais. Em cada percurso, o público pode navegar por histórias diferentes, contadas de formas inusitadas.
Parte da programação segue on-line, no sescsp.org.br/mirada, por tempo limitado.
Ocupação Mirada 2021
De 24 a 28 de novembro de 2021
Informações em www.sescsp.org.br/mirada
Nas redes do Sesc SP e Sesc Santos
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