[News]Núcleo Bartolomeu de Depoimentos traz texto para dias atuai
Núcleo Bartolomeu de Depoimentos traz texto para dias atuais
Terror e Miséria no Terceiro Milênio - Aquilombados no Oficina
tem sessões online
Terror e Miséria no Terceiro Milênio - Aquilombados no Oficina - Foto divulgação
Em nova temporada, à luz destes tempos, Terror e Miséria no Terceiro Milênio - Improvisando Utopias do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos (2019) estreia Terror e Miséria no Terceiro Milênio - Aquilombados no Oficina, versão online.
A temporada acontece de 11 a 16 de janeiro de 2022 - terça-feira a domingo, às 18h e às 21h - no youtube.com/nucleobartolomeu. As apresentações são gratuitas e acontecem em duas sessões diárias.
A direção é de Claudia Schapira (responsável também pelo roteiro) e Luaa Gabanini. No elenco estão os atores-MC’s: Dani Nega, Eugênio Lima, Fernanda D’Umbra, Georgette Fadel, Jairo Pereira, Luaa Gabanini, Lucienne Guedes, Nilcéia Vicente, Roberta Estrela D’Alva, Sergio Siviero e Vinícius Meloni.
A peça acontece “entre-tempos”. Quando estavam se preparando para estrear uma nova temporada de Terror e Miséria no Terceiro Milênio - Improvisando Utopias, (livre inspiração no texto de Bertold Brecht “Terror e Miséria no Terceiro Reich”) veio o isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus. A partir daí, surgiu a ideia de gravar o espetáculo em um teatro vazio, dialogando com os tempos atuais.
E o espaço escolhido foi o Teatro Oficina - sede da companhia de teatro homônima, liderada por José Celso Martinez Corrêa, e que é a maior e mais longeva companhia de teatro em atividade permanente do Brasil (fundada em 1958).
Assim, em Terror e Miséria no Terceiro Milênio - Aquilombados no Oficina os atores dialogam com imagens de arquivo do espetáculo encenado com o teatro lotado, contrapondo o teatro vazio onde a nova versão acontece.
O espetáculo original de 2019 refletia sobre o Brasil e o retrocesso social e político. Em Terror e Miséria no Terceiro Milênio - Improvisando Utopias, os nove atores e dois DJs estavam em cena confinados em um teatro que lhes servia como uma espécie de fortaleza. Sentados em dois bancos, esperam para entrar em cena e falar sobre o tempo em que viviam, em um jogo em cada cena deixam evidente o que os une e o que os separa.
Com a impossibilidade de reunir todo o elenco/equipe, a filmagem aconteceu em encontros em pequenos grupos e em distintos horários para refazer a narrativa à luz destes tempos.
Na versão atual, filmada, é o próprio Zé Celso (em voz e imagem) que faz as vezes de mestre de cerimônias, configurando um portal de entrada para a ação, que se pulveriza pelo espaço tateando imaginários e outras maneiras de percorrer a narrativa original.
A obra original de Bertold Brecht foi o ponto de partida e inspiração do espetáculo . Brecht foi um artista que viveu em tempos de guerra e sempre fez questão de trabalhar como um cronista do seu tempo, imprimindo em suas obras o contexto em que vivia.
A versão de 2021/22 ganha um subtítulo importante que serve bem como definição e exercício poético: “Aquilombados no Oficina” apresenta elenco e equipe dentro desse teatro, ainda que vazio, em ação de resistência, como um corpo político, contra a força hegemônica que quer destruir tudo que não se identifica com ela.
Em cena, atores e atrizes perambulam pelo espaço do Teatro Oficina, “contracenando” com as imagens-memória do espetáculo, que aconteceu nesse mesmo teatro-terreiro lotado, convidando a um encontro, ainda que mediado por uma tela, dentro deste teatro que representa tanto para a cidade e para as artes cênicas.
Duas décadas de Bartolomeu
O Núcleo Bartolomeu de Depoimentos completou 20 anos de criação e de atuação continuada com a construção da linguagem do teatro hip-hop e ganha comemoração com diversas atividades programadas ao longo de 2021 e 2022. Essas duas décadas de intenso trabalho originaram não só uma cartografia que mescla linguagem e trajetória do grupo, mas também reflexões e um importante olhar para o futuro na formação de novos imaginários.
Terror e Miséria no Terceiro Milênio - Improvisando Utopias
Com dramaturgia inspirada em Terror e Miséria no Terceiro Reich, do dramaturgo alemão Bertolt Brecht, peça discute o quadro social e político violento que vivemos hoje, traçando um paralelo com os anos que antecederam a segunda guerra mundial e a ascensão do fascismo e do nazismo.
Sentados em dois bancos, esperam para entrar em cena e falar sobre o tempo em que vivem; criam a partir de algumas cenas do Terror e Miséria no Terceiro Reich, de Bertolt Brecht, (que funciona como disparador) uma reflexão cênica sobre estes tempos. Num jogo entre atores e personagens, a cada cena, diferentes visões de mundo se confrontam, deixando evidente o que os une e o que os separa.
“Este projeto foi realizado com apoio do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo - Secretaria Municipal de Cultura”
TERROR E MISÉRIA NO TERCEIRO MILÊNIO
AQUILOMBADOS NO OFICINA
SINOPSE: A peça acontece entre-tempos:nas frestas entre um teatro vazio e a filmagem do espetáculo Terror e Miséria no Terceiro Milênio - Improvisando utopias, (livre inspiração no texto de Bertold Brecht, “Terror e Miséria no Terceiro Reich”) durante a última temporada antes da pandemia. Este espetáculo refletia sobre o Brasil e o retrocesso social e político dos últimos anos e, nesta nova temporada, diante da impossibilidade de reunir todo o elenco/equipe, nos encontramos em pequenos grupos e em distintos horários para refazer a narrativa à luz destes tempos. Em cena, atores e atrizes perambulam pelo espaço, “contracenando” com as imagens-memória do espetáculo, que aconteceu nesse mesmo teatro-terreiro lotado e que nos convidou a nos aquilombarmos em seus braços-ágora imantada. Nesta versão filmada, o teatro vazio é inaugurado pela voz e imagem-memória do grande mestre de cerimônias do Teatro Oficina, Zé Celso, configurando um portal de entrada para a ação, que se pulveriza pelo espaço tateando imaginários e outras maneiras de percorrer a narrativa original. Toca o terceiro sinal. Ação!
Serviço:
Terror e Miséria no Terceiro Milênio - Aquilombados no Oficina
De 11 a 16 de janeiro de 2022 [terça-feira a domingo, às 18h e às 21h]
Duração: 90 minutos | Classificação etária: 12 anos | Gratuito
Transmissão: youtube.com/nucleobartolomeu
Ficha técnica - Terror e Miséria no Terceiro Milênio - Aquilombados no Oficina:
Direção: Claudia Schapira e Luaa Gabanini
Roteiro: Claudia Schapira
Direção de Fotografia: Joaquim Castro
Câmeras: Dellani Lima, Joaquim Castro, Yghor Boy
Super-8: Joaquim Castro
Som: Bento, Dellani Lima
Montagem: Dellani Lima, Joaquim Castro
Cor: Dellani Lima
Mixagem: Ricardo Zollner
Assistência de Direção: Isabela Lourenço
Atores-MC’s: Dani Nega, Eugênio Lima, Fernanda D’Umbra, Georgette Fadel, Jairo Pereira, Luaa Gabanini, Lucienne Guedes, Nilcéia Vicente, Roberta Estrela D’Alva, Sergio Siviero, Vinícius Meloni
Video-Intervenção e lettering: Bianca Turner
Figurino: Claudia Schapira
Iluminação: Luana Della Crist
Assistentes de iluminação: Yago Dias, Angélica Taíse
Design gráfico: Murilo Thaveira
Intérprete Libras: Erika Mota e equipe
Transmissão: Ursula REC Audiovisual
Conteúdo Digital e Redes sociais: Luiza Romão
Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Marcia Marques, Carol Zeferino e Dani Valério
Direção de Produção: Mariza Dantas
Produção Executiva: Jessica Rodrigues e Victória Martínez (Contorno Produções).
Núcleo Bartolomeu de Depoimentos
Assistente de Produção: Leticia Gonzalez (Contorno Produções)
Participação especia: José Celso Martinez Corrêa
Agradecimento: Teatro Oficina Uzyna Uzona
Ficha técnica - Terror e Miséria no Terceiro Milênio - Improvisando Utopias (2019):
Direção: Claudia Schapira
Dramaturgia: Claudia Schapira em colaboração com Lucienne Guedes e elenco
Inserções de poemas: Jairo pereira e Roberta Estrela D'Alva
Tradução auxiliar: Camilo Shaden
Direção Musical: Dani Nega, Eugênio Lima e Roberta Estrela D'Alva
Direção de Movimento e Coreografias: Luaa Gabanini
Assistência de Direção: Maria Eugenia Portolano
Atores MC’s: Fernanda D'Umbra, Georgette Fadel, Jairo Pereira, Luaa Gabanini, Lucienne Guedes, Nilcéia Vicente, Roberta Estrela D'Alva, Sergio Siviero, Vinícius Meloni.
Atores DJ: Dani Nega e Eugênio Lima
Atores coro aliades: Arno Afonso, Bianca Tocaccelli Sisto, Giulia Fontes, Gustavo Braunstein, Gustavo Gusmão, Isa Coser, Isabela Lourenço, Letícia Rodrigues, Luiza Moreira Salles, Jackson França, Julia Pedreira, Maia De Paiva, Maitê Arouca, Maria Eugênia Portolano, Paulo Eduardo Rosa, Thaís Peixoto
Vídeo-intervenção: Bianca Turner
Cenário: Bianca Turner e Claudia Schapira
Figurino: Claudia Schapira
Figurinista assistente: Isabela Lourenço
Kempô e Treinamento de Luta: Ciro Godói
Danças Urbanas: Flip Couto
Preparação Vocal: Andrea Drigo
Técnicas de spoken word: Roberta Estrela D'Alva
Iluminação: Carol Autran
Engenharia de Som: Eugênio Lima e Viviane Barbosa
Operação de luz: Vânia Jaconis
Operação de vídeo: Vic Von Poser
Operação de som: Klevinho
Câmeras: Yghor Boy
Costureira: Cleusa Amaro da Silva Barbosa
Cenotécnico: Wanderley Wagner da Silva
Design gráfico: Murilo Thaveira
Estagiárias: Isa Coser, Junaída Mendes, Maitê Arouca
Direção de Produção: Mariza Dantas
Assistente de produção: Leticia Gonzalez (Contorno Produções)
Produção Executiva: Victória Martinez, Jessica Rodrigues e Núcleo Bartolomeu de Depoimentos
Informações para a imprensa:
Canal Aberto Assessoria de Imprensa
Márcia Marques - marcia@canalaberto.com.br - 11 99126 0425
Carol Zeferino - carol@canalaberto.com.br - 11 99425 1328
Daniele Valério - daniele@canalaberto.com.br - 11 98435 6614
O Núcleo Bartolomeu de Depoimentos
O Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, formado por Claudia Schapira, Eugênio Lima, Luaa Gabanini e Roberta Estrela D'Alva, nasceu no ano de 2000 e tem como pesquisa de linguagem o diálogo entre a cultura hip-hop, com a contundência da autorrepresentação como discurso artístico, e o teatro épico e seus recursos: o caráter narrativo, apoiado por uma dramaturgia que se configura depoimento do processo histórico; como instrumento que elucida uma concepção do mundo, e coloca o ator-narrador em face de si mesmo como objeto de pesquisa; como homem mutável; em processo, fruto do raciocínio, da reflexão.
Em 2000, estreou Bartolomeu, O Que Será que Nele Deu, o primeiro espetáculo do Núcleo, dirigido por Georgette Fadel e inspirado no romance de Herman Melville "Bartleby, O Escriturário". Acordei Que Sonhava, uma livre adaptação de "A Vida É Sonho", de Calderón de la Barca, foi o segundo espetáculo da companhia, estreado em 2002, dirigido por Claudia Schapira.
Entre os anos de 2002 e 2003, o Núcleo desenvolveu o projeto Urgência nas Ruas – obras-manifesto, intervenções pelas ruas de São Paulo. Esse projeto foi o primeiro a ser contemplado pela Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo. Em 2006 estreia Frátria Amada Brasil – Pequeno Compêndio de Lendas Urbanas, espetáculo inspirado na Odisseia de Homero.
Em 2008, o projeto 5 x 4 – Particularidades Coletivas, gerou cinco espetáculos: Encontros Notáveis, 3×3 – Três DJs em busca do vinil perdido, Manifesto de Passagem – 12 Passos em Direção à Luz, Vai te Catar! e Cindi Hip-Hop – Pequena Ópera Rap. Em 2009, o Núcleo iniciou o projeto Pajelança de Kuarup no Congá, que depois de quase três anos de intensa pesquisa resulta no espetáculo Orfeu Mestiço, uma Hip-Hópera Brasileira. Em 2013, estreou Antígona Recortada e em 2014, BadeRna, último espetáculo realizado na sede do grupo, que foi demolida pela Ink Incorporadora e todos seus associados.
Em 2015, no Teatro de Arena Eugênio Kusnet, realizou a Ocupação Arena Urbana – De onde viemos, para onde voltamos, que contou com a temporada de três obras inéditas: Memórias Impressas, Olhos Serrados e 1, 2, 3 – Quando acaba começa tudo outra vez, marcando a incursão do grupo no universo do teatro infantil. Em maio de 2016, estreou Cassandra – Na calada da voz, uma performance teatral, trazendo à luz a violência infringida através dos tempos ao discurso feminino.
Além dos espetáculos, o Núcleo criou vários projetos, em 2008, ZAP! Zona Autônoma da Palavra, o primeiro poetry slam (campeonato de poesia) brasileiro, que deu origem ao SLAM SP e ao SLAM BR e, em 2009, DCC – Dramaturgia Concisa e Contemporânea, um espaço dedicado à criação e debate sobre produção de textos cênicos curtos e inéditos.
CanalAberto/PR
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