[News]Cia de Achadouros apresenta o espetáculo infantil "Os Lavadores de Histórias" no Teatro Sérgio Cardoso
Cia de Achadouros apresenta o espetáculo infantil "Os Lavadores de Histórias" no Teatro Sérgio Cardoso
A montagem, dirigida por Tereza Gontijo, trata de memórias esquecidas da infância e foi
inspirada na poesia de Manoel de Barros
Crédito: Giuliana Cerchiari
Mais fotos disponíveis neste link https://bit.ly/3gvx40s
O Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte, recebe o espetáculo Os Lavadores de Histórias, da Cia de Achadouros, para sessão única, presencial, no dia 20 de fevereiro, domingo, às 11 horas. A obra traz três personagens em cena - Urucum, Tom Tom e Jatobá - interpretados pelos atores palhaços Emiliano Favacho, Mariá Guedes e Felipe Michelini. A direção é de Tereza Gontijo e a dramaturgia, assinada por Silvia Camossa, foi concebida em processo colaborativo com o grupo a partir das cenas improvisadas na sala de ensaio.
Tendo como ponto de partida a potente e delicada poesia de Manoel de Barros (1916 - 2014), a concepção valoriza a intimidade com as pequenas coisas, a beleza contida em sutilezas, a graça da imaginação, as brincadeiras espontâneas e colaborativas e o contato com a natureza. A partir de uma imersão na obra do poeta, os atores foram para as ruas do bairro São Mateus em busca de histórias reais da memória afetiva de pessoas comuns (moradores antigos e crianças) que foram usadas em cenas da peça. “Um dos poemas de Manoel de Barros que mais nos inspirou foi Desobjeto, que fala sobre como a imaginação pode dar novos sentidos e funções a um objeto e transformá-lo em outras coisas na hora de brincar”, comenta Felipe Michelini. Os protagonistas contam que lembranças de suas próprias infâncias e de outras pessoas envolvidas na produção também estão no enredo.
A diretora Tereza Gontijo – mineira de Belo Horizonte, que também é palhaça, integrante dos Doutores da Alegria e da Cia. Vagalum Tum Tum - enfatiza que Os Lavadores de História foi concebido como um espetáculo para a família. “Enquanto a palhaçaria é diversão garantida para as crianças, o tom lírico e poético da peça toca os adultos ao acionar o dispositivo de suas lembranças da infância”. Ela ainda comenta que o processo junto à Cia. de Achadouros teve como estímulo o prazer do jogo de palhaços no trabalho de criar para o público infantil. Urucum, Tom Tom e Jatobá sabem que nas coisas esquecidas nos quintais das casas estão guardadas muitas histórias de meninos e meninas que cresceram e já não se lembram de seus sonhos e brincadeiras. As histórias vão surgindo à medida que os objetos e brinquedos vão sendo lavados e revelados.
Para o grupo, Os Lavadores de Histórias quer fazer o público lembrar coisas que não deveriam ser esquecidas, lembrar que brincar junto é fundamental em tempos de isolamento e quebrar as amarras dos adultos pela memória afetiva da infância para que pais e filhos revivam a magia do brincar.
Entre as cenas, estão O menino que queria voar, em que um lençol manchado revela ao garoto seu desejo de viajar pelo mundo. Às vezes, fazia xixi enquanto dormia e depois se escondia embaixo da cama, sonhando em voar e unir os quatro continentes.
Em A menina triste que descobre o que a faz feliz, um lenço colorido traz a história da menina que vivia triste até conhecer um menino mágico. Na história, inspirada nas conversas com a sambista Tia Cida, moradora da região de São Mateus, a menina conhece um amigo quando vai buscar lenha para o fogão e o acompanha até o acampamento cigano, descobrindo ali o seu amor pela música.
Outro momento é O menino que vai para a lua com o amigo imaginário, em que um sapato velho se transforma em um interfone secreto para anunciar a missão da primeira criança a pisar na lua (história do ator Felipe Michelini). Em A menina que encantava os passarinhos, uma velha escova de cabelos faz as personagens reviverem a história de uma rádio de passarinhos (lembrança da atriz Mariá Guedes). Na programação desta rádio, muitas aves participam: a andorinha dá receita de bolinho de chuva (chuva mesmo!); o tico-tico, que voa muito alto, faz a previsão do tempo; na transmissão do futebol, os jogadores são pássaros e a radionovela dramatiza a história do menino que ficou chateado porque ia ganhar uma irmãzinha - não um “irmãozinho para brincar” -, mas ele descobre a alegria dessa nova relação (história do ator Emiliano Favacho).
Sinopse
Urucum, Tom Tom e Jatobá são lavadores de histórias que, todas as noites, visitam quintais da infância para lavar o que ali fora esquecido e revelar memórias. Eles ficam tocados e se divertem com as personagens e segredos de cada história revelada. Combinando o encanto do teatro de sombras, do circo e do teatro narrativo, o espetáculo convida o público a reviver as próprias memórias e relembrar a infância, com o intuito de que não se perca o que foi vivido em cada lugar.
Ficha técnica
Atuação: Emiliano Favacho, Felipe Michelini e Mariá Guedes
Direção: Tereza Gontijo
Dramaturgia: Silvia Camossa e Cia de Achadouros
Cenografia: Alício Silva e Bira Nogueira
Figurinos: Cleuber Gonçalves
Iluminação e fotografia: Giuliana Cerchiari
Adereços: Clau Carmo e Cia. De Achadouros
Pesquisa Musical: Emiliano Favacho e Tereza Gontijo
Músicas: Kevin Macleod
Preparação Corporal: Ana Maíra Favacho, Erickson Almeida e Tereza Gontijo
Edição de som: Emiliano Favacho, Rodrigo Regis
Voz em off: Evandro Favacho
Grafite do painel: Celso Albino
Operador de Som: José Olegário Neto
Operador de Luz: Chico Renner
Representação Jurídica e Produção: José Guilherme
SERVIÇO
Os Lavadores de Histórias
Teatro Sérgio Cardoso - Sala Paschoal Carlos Magno - Rua Rui Barbosa, 153 - Bela Vista | São Paulo – SP
Temporada: Dia 20 de fevereiro de 2022, domingo, às 11h
Ingressos: Entrada gratuita
Retirada de ingresso: 50% da sala disponível no site da Sympla e 50% da sala disponíveis na bilheteria do teatro para retirada com 1 hora antes da apresentação.
Link: https://site.bileto.sympla.
Classificação: Livre
Duração: 55 minutos
Sobre a Amigos da Arte
A Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão dos teatros Sérgio Cardoso e de Araras e diversos programas em difusão cultural e economia criativa, trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e iniciativa privada desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo difundir a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos. Em seus 17 anos, a entidade desenvolveu 12 mil ações culturais, atingindo mais de 25 milhões de pessoas.
Sobre o Teatro Sérgio Cardoso
Localizado no boêmio bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso foi inaugurado em 13 de outubro de 1980, com uma homenagem ao ator. Na ocasião, foi encenado um espetáculo com roteiro dele próprio, intitulado “Sérgio Cardoso em Prosa e Verso”. No elenco, a ex-esposa Nydia Licia, Umberto Magnani, Emílio di Biasi e Rubens de Falco, sob a direção de Gianni Rato. A peça “Rasga Coração”, de Oduvaldo Viana Filho, protagonizada pelo ator Raul Cortez e dirigida por José Renato, cumpriu a primeira temporada do teatro.
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