[News]Duda Fortuna nos abraça com a esperança em "Noite dos Abraços"
Duda Fortuna nos abraça com a esperança em "Noite dos Abraços"
Crédito: Greta Wayne
"Noite dos Abraços" é o segundo álbum do cantor e compositor natural de Porto Alegre, Duda Fortuna, lançado no dia 11 de fevereiro. Realizado de forma remota durante o período da pandemia, o disco traz cinco singles lançados em 2021, além de seis produções inéditas. Ao todo são 11 faixas de arranjadores e produtores de universos diferentes, livres para aplicar suas linguagens musicais: Vini Cordeiro, Cau Netto, Marcelo Callado e Dazluz. A unidade do trabalho aparece justamente na execução autoral das músicas por Duda, que imprime a sua personalidade ao tocar e cantar, inclusive as canções que não são de sua autoria. Ouça aqui em sua plataforma digital favorita.
Nessa paleta de parcerias e referências, a poesia faz verdadeira morada na "Noite dos Abraços”. A escritora e compositora Lilian Rocha abre o álbum com um poema autoral, ritmado, anunciando a toada da proposta musical de Duda Fortuna. Lota Moncada, poeta chilena radicada em Porto Alegre, também assina uma co-autoria e participação na faixa "Voy y Vuelvo”. “Vôo Solo” também tem inspiração literária, tendo sido composta a partir de uma publicação da escritora Lisane Zorg. Já “Laptop”, com participações de Terminal 470 e Dana Farias, carrega o universo do slam poetry e do rap para a mpb.
"A escolha do repertório aconteceu ao longo de um ano, foi um processo bem intuitivo. As faixas foram escolhidas para fazerem parte do disco de forma natural, a partir do que fazia sentido para mim", explica. A obra ocupa diversas prateleiras, indo da brasilidade ao reggae, o rap, e ainda ao hardcore. Destaque para "Pra ti Poa", uma música antiga de Duda que ganhou novo arranjo e formato e curiosamente foi a última a entrar no álbum. Nela, o cantor grita a esperança de uma girada na chave pró cultura, homenageando os 250 anos de Porto Alegre em um Lo-Fi com participação do lendário saxofonista King Jim.
O título "Noite dos Abraços" vem da projeção dos reencontros pós pandêmicos, mirando no momento em que não haverá necessidade de seguirmos os protocolos sanitários. A imagem que melhor traduziu este conceito foi a foto feita por Vhera Xunu – fotógrafo e integrante da comunidade indígena Mbya Guarani na grande Porto Alegre – uma Aspilia em tons laranja num fundo azul escuro. A união das pétalas em torno do centro da flor transmite, com muito desejo de ser, a sensação de um grande abraço.
Capa por Vhera Xunu
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