[Crítica] Pajeú

 

Sinopse:

Maristela está sendo atormentada por um sonho constante: uma criatura emergindo das águas do Riacho Pajeú. A estranheza e insistência do pesadelo começam a atrapalhar o sono e o cotidiano de Maristela que, procurando uma solução para seu problema, inicia uma pesquisar sobre o Riacho, sua historia e seu desaparecimento. Os pesadelos não param. Sonho e realidade se misturam. Pessoas próximas a Maristela começam a desaparecer, assim como o Pajeú desapareceu. A angustia dela aumenta junto com o medo de também sumir.


  O quê eu achei?
Esse filme foi meu primeiro contato com a obra do diretor Pedro Diógenes, que dirigiu alguns filmes como Inferninho e Estrada para Ythaca.

Maristela(Fátima Muniz,que já atuou em longas como A Praia do Fim do Mundo e Se arrependimento matasse)é uma professora residente da capital cearense,Fortaleza, que divide o aluguel do apartamento com um amigo,Yuri (Yuri Yamamoto, de O Shaolin do Sertão). Ela leva uma vida normal até o dia em que começa a ter pesadelos com uma criatura misteriosa saindo do rio local, o Pajeú.Ele se assemelha à uma mulher coberta de dejetos.

Intrigada,ela começa a investigar nos arquivos públicos da cidade,entrevista guias turísticos a banhistas aleatórios,tentando descobrir o que as pessoas sabiam sobre o rio-e para sua surpresa,descobre que muitas o haviam esquecido ou nunca souberam de sua existência.

Torna-se evidente a preocupação de Maristela com a possibilidade de ser esquecida.Ela pergunta às pessoas na praia:"Você tem medo de ser esquecido?" Vários paralelos são traçados entre os habitantes e o rio,retratados como sendo objetos em constante mutação e passíveis de caírem no esquecimento.

Há toda uma ambientação onírica na narrativa e embora ao final de seus setenta e poucos minutos de duração,apresente um final ambíguo,o tema principal sobre a conservação da natureza e do patrimônio público levanta questões mais pertinentes do que nunca.


             
                            Trailer:





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