[Crítica] Carro-Rei
Uno se comunica com carros desde criança. Quando uma lei coloca a empresa da família do pai em perigo, Uno busca o seu melhor amigo de infância: um carro. Junto com o seu tio, transforma-o no Carro Rei - um carro que pode falar, ouvir e até se apaixonar. Um carro que tem planos para todos.
O quê eu achei?
O novo filme de Renata Pinheiro(de Açúcar, Amor, Plástico e Barulho e Praça Walt Disney)narra a história de Uno/Ninho(Luciano Pedro Jr) um jovem que, devido ao fato de ter nascido em um carro a caminho do hospital, tem a habilidade de se comunicar com esses veículos. Após uma lei que proíbe a circulação de automóveis com mais de 15 anos é aprovada na cidade de Caruaru,no estado de Pernambuco,onde ele mora, ele fica com receio de que a empresa de táxi de seu pai possa vir a falir.Ele decide ir falar com um antigo Fiat Uno que conversava quando era mais novo e com seu tio Zé Macado(Matheus Nachtergaele) em busca de ajuda.E a situação se complica quando o carro começa a falar(voz de Tavinho Teixeira), demonstrar vontade e uma personalidade próprias e é denominado Carro Rei.
A crítica do avanço tecnológico desenfreado e a disputa entre modernidade e autossustentabilidade são os temas mais abordados da obra ;quando vemos a seita formada, é evidente que a situação saiu do controle. Também há o conflito entre gerações: enquanto o pai quer que ele siga administrando a empresa da família, o filho quer estudar agroecologia.
A relação entre o ser humano e a máquina é duramente criticada também sob o ponto de vista de Mercedes(Jules Elting)uma imigrante européia que se envolve romanticamente com o carro.
Zé Macaco, o tio de Ninho, começa a ser controlado pelo carro e chega a colocar uma placa com fios na boca, como se estivesse sendo fundido com a máquina.Caberá à Uno e sua amiga Amora tentarem impedir a seita e o carro de dominar a cidade.
É uma reflexão sobre o que talvez seja o maior desafio dessa geração:nossa relação com a tecnologia.
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