50 anos atrás foi lançado o álbum “Amazing Grace”, de Aretha Franklin. Muito mais que um disco de música gospel, este foi o LP mais vendido por Aretha até hoje e criou um verdadeiro marco em sua história, consolidando sua posição de prestígio nos mundos secular e gospel. O disco apresenta Aretha Franklin no auge de sua performance vocal, impressionando do início ao fim, ao lado de James Cleveland e o coral comunitário do sul da Califórnia. Gravado ao vivo em duas noites de janeiro em 1972, no Templo da Igreja Batista de Los Angeles, este álbum duplo é um importante registro documental e uma aula de história da música negra, cujas origens sempre estiveram ligadas à música gospel, para inúmeros artistas além de Aretha. A capacidade de Aretha moldar a música e evocar sentimentos e emoções através do poder de sua voz, fé e alma era sem precedentes. A artista já era conhecida tanto pela sua música pop quanto por suas gravações religiosas, mas este álbum a colocou em um novo patamar. Além de ganhar um Grammy em 1973 como melhor performance de Soul Gospel, o disco alcançou platina dupla, vendendo mais de 2 milhões de cópias. Hoje, meio século depois de seu lançamento original, “Amazing Grace” está sendo relançado em uma versão comemorativa especial. Não importa a religião, “Amazing Grace” continua a transcender a definição de Deus e abrange todas as representações de fé, com Aretha Franklin servindo como veículo para uma experiência que todos nós podemos aproveitar, como já acontece ao longo dos últimos 50 anos. O álbum, que está em #154 na lista dos 500 melhores álbuns de todos os tempos feita pela Rolling Stone, é uma das melhores escolhas possíveis para ouvirmos esta semana, que também marca o início do Mês da Música Negra (Black Music Month), comemorado em junho nos Estados Unidos. |
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