[Crítica] Gyuri
Sinopse: Uma linha geopolítica improvável entre a pequena aldeia húngara de Nagyvárad e a Terra Indígena Yanomami, na Amazônia brasileira. Judia, sobrevivente da Segunda Guerra, Claudia Andujar exilou-se no Brasil e dedicou a vida à salvaguarda dos povos Yanomami. Seu valioso acervo, sua militância incansável, seu passado de guerra e a vulnerabilidade atual dos indígenas são revistos por meio de diálogos de Andujar com o xamã Davi Kopenawa e o ativista Carlo Zacquini, com a interlocução do filósofo húngaro Peter Pál Pelbart.
O que achei? Documentário dirigido por Mariana Lacerda de um encontro filmado por ela em 2018 entre a fotógrafa Claudia Andujar, o xamã Davi Kopenawa e o ativista Carlo Zacquini.
O início de Gyuri é uma conversa entre Claudia e o filósofo Peter Pál Pelbart, onde ela relata suas experiências, principalmente durante a Segunda Guerra Mundial. Claudia é judia e sobrevivente do Holocausto. E é isso que o documentário mostra de comum entre Claudia e o povo Yanomami: a luta pela sobrevivência contra instituições que tem como objetivo extermina-los.
O documentário passar aquela sensação um pouco desconfortável de “salvador branco” ao contar a história do povo indígena pelos olhos de uma fotógrafa suíça, faz com que os próprios indígenas fiquem em segundo plano em vez de serem protagonistas de sua própria história.
Mesmo assim, Gyuri é um documentário interessante sobre a vida de Claudia, uma sobrevivente que tem uma forte conexão com o povo indígena e que mostra essa conexão no contexto da luta indígena por direitos humanos e sua sobrevivência.
Trailer:
Escrito por Michelle Araújo Silva
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