[News] Programa sobre literatura, Arena da Palavra transita pelo universo de escritores e livrarias
A apresentadora Dani Nega e o diretor do programa Marcelo Sollero |
O mundo da literatura, revelado por escritores, editores, livreiros ou outros agentes, - está no foco das lentes do Arena da Palavra, série de 12 programas de entrevista na web, com duração de 30 minutos cada. Com apresentação de Dani Nega, atriz, MC, compositora e ativista do movimento negro e LGBTQI+, a primeira temporada será exibida de 17 de Agosto a 03 de Novembro, sempre as quartas-feiras, às 20 horas, pelo canal de Youtube do Polo Cultural - @polocultural.
Alice Sant’Anna, escritora; Irene de Hollanda, diretora da Megafauna; Cecilia Arbolave, da Lote 42 e da Banca Tatuí; Ricardo Luís Silva, professor de crítica e leituras urbanas no curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário SENAC; Tereza Grimaldi, da livraria Miúda; o autor Jonas Ribeiro e Eliane Robert Moraes, crítica literária especializada em literatura erótica, são alguns dos entrevistados.
A atração traz entrevistas também com a escritora Mariana Salomão Carrara; o escritor e editor Alexandre Staut, o poeta-palhaço Daniel Minchoni, o escritor Plínio Camillo, a poeta e ilustradora Júlia de Souza, o autor e curador Rudá Andrade, Maria Fernanda Elias Maglio (Prêmio Jabuti), a doutora em Teoria da Literatura Julie Dorrico, do povo Macuxi.
Além das entrevistas, realizadas no estúdio da produtora, entre maio e julho, os episódios trazem reportagens gravadas em externas. Revelar o universo de quem faz literatura ou vive dela é a proposta da produtora Polo Cultural ao criar o Arena da Palavra. Entre os espaços destacados nos programas, estão as livrarias Mandarina, Gato sem Rabo, Ponta de Lança, Patuscada e Africanidades, além do Museu das Culturas, da Biblioteca Mário de Andrade e da Casa das Rosas.
Idealização e direção geral de Marcelo Sollero, roteiro e co-direção de João Bley, pesquisa de M. Fernanda Teixeira, pauta de João Bley, M. Fernanda Teixeira e Raissa Tomazin, direção de arte de Nathalia, montagem de Anita Fabri, produção de Raíssa Tomazin e Luiza Pitta, assessoria de imprensa de Arteplural, produção de Luiza Pitta, áudio e podcast de Rachel Rocha, produção executiva de Alcione Alves. Produtoras associadas – Imagem Essencial e Pas de Deux.
Sobre Dani Nega
É atriz, MC, compositora e ativista do movimento negro e LGBTQI+. Mestre de cerimônia com voz suave, precisa e irônica. Uma metralhadora poética que honra a sigla R.A.P. em suas duas versões: ‘rhythm and poetry’ no inglês ou ‘revolução através da palavra’ em sua apropriação brasileira. Atua como parceira dos grupos de teatro O Crespos, Coletivo Negro e Núcleo Bartolomeu de Depoimentos. Com este último ganhou o Prêmio Shell de melhor trilha sonora com o espetáculo “Terror e Miséria no Terceiro Milênio”, assinando direção musical. Dani Nega tem um trabalho musical em parceria com o produtor/músico/performer Felipe Julian (Craca). A dupla foi premiada no 28˚ Prêmio da Música Brasileira como Melhor Albúm Eletrônico. Depois de longa e frutífera parceria com o DJ Craca, lança seu primeiro álbum solo autoral. Dani vem abordando em suas letras temas como racismo, violência urbana e apropriação cultural. O novo trabalho traz elementos autobiográficos e um retrato de seu dia a dia na cidade, trabalhando, criando e vivendo afetos como mulher negra, artista e lésbica.
PROGRAMAÇÃO
Episódio 1. Dia 17 de agosto, às 20h.
Entrevistas - Alice Sant’Anna e Irene de Hollanda.
Livraria - Megafauna - Av. Ipiranga, 200 - loja 53 - @livrariamegafauna
Alice Sant’Anna
Poeta carioca, 34 anos, formada em Jornalismo, pós-graduada em Letras e Mestrado em Literatura, colaboradora da Revista Serrote e do jornal O Globo, trabalha como editora na Companhia das Letras. Livros de poemas reunidos: “Dobradura” (2008), “Rabo de Baleia” (2013) e “Pé do ouvido” (2016). No bate papo, ela conta os escritores mais importantes para sua formação - Ferreira Gullar e Ana Cristina César.
Irene de Hollanda
Pela entrevista com diretora da Livraria Megafauna o espectador fica sabendo dos escritores que já passaram por lá: Emicida, Jeferson Tenório, Marcelino Freire, Bianca Santana, Sueli Carneiro. Entre autores que são referências dos livreiros da Megafauna estão Eduardo Suplicy e Sonia Guadalajara.
Megafauna
Aberta em novembro de 2020, a Livraria Megafauna é coordenada por profissionais ligados ao meio editorial e literário e tem a proposta de expandir a ideia de livraria. Estabelecendo-se como espaço de reflexão, curadoria e criação de conteúdo, valoriza o livro, os livreiros, o leitor e sua relação com a cidade.
Aberta em novembro de 2020 e coordenada por profissionais ligados ao meio editorial, localiza-se no térreo do Copan, um dos edifícios mais icônicos do Centro de São Paulo. O projeto da arquiteta Anna Ferrari reativou a passagem da livraria para a galeria do prédio e sublinhou a relação do local com a cidade, ao optar por amplas portas, com fácil circulação entre a rua e o interior do prédio.
Episódio 2. Dia 24 de agosto, às 20h.
Entrevistas – Cecília Arbolave e Irene de Hollanda.
Livraria – Banca Tatuí – rua Barão de Tatuí, 275 - Vila Buarque @bancatatui
Cecilia Arbolave
Jornalista argentina, é uma das fundadoras da Lote 42 e também da Banca Tatuí. Formada na Universidad Austral (Buenos Aires) e pós-graduada pela Academia Brasileira de Jornalismo Literário (São Paulo), organiza a feira Miolo(s), na Biblioteca Mário de Andrade. Em 2017 foi júri do Prêmio Jabuti na categoria Histórias em Quadrinhos.
Ricardo Luís Silva
Arquiteto formado pela FAU-UFSC, doutor em Crítica e Estética da Metrópole pela FAUMACK, atua desde 2010 como explorador gráfico, expondo projetos em serigrafia com a temática das coleções, coletas e perambulações urbanas. Desde 2005 investiga o cotidiano da Cidade a partir de caminhadas urbanas (curtas e longas, matinais e noturnas, solitárias e coletivas) e produz materiais diversos de registro e apropriação, experimentando desde desenhos, mapas psicogeográficos, coleções de objetos encontrados até séries fotográficas.
Banca Tatuí
É um espaço de publicações independentes no centro de São Paulo, criado pela editora Lote 42 em outubro de 2014. Com o formato de uma banca de jornal, é voltada para publicações independentes e de diferentes temas, gêneros e editoras de várias regiões do Brasil. São livros que exploram formatos, acabamentos e temáticas que dificilmente se encontram em pontos de venda convencionais.
Na estrutura interna, módulos de OSB (material derivado da madeira) expõem e armazenam a produção impressa, mas também organizam o espaço, configurando uma área de encontro e permanência para os frequentadores do lugar. Nos dias de evento, o teto da Banca Tatuí se transforma em um inusitado palco para pocket shows de bandas autorais. Com isso, as festas animadas na calçada tem virado o charme do espaço.
Episódio 3. Dia 31 de agosto, às 20h.
Entrevista – Jonas Ribeiro e Tereza Grimaldi
Livraria – Miúda - Rua Coronel Melo de Oliveira, 766 – Pompeia - @livrariamiuda
Miúda
Concebida pelas amigas e educadoras Júlia Souto e Tereza Grimaldi, a Miúda tem a bibliodiversidade como mote. Do colorido da vitrine à decoração repleta de brinquedos, tudo na Miúda foi pensado para despertar a criatividade e a independência das crianças. Inaugurada em outubro de 2021, a loja passa a integrar o circuito de livrarias voltadas ao público infantil na região da Pompeia.
No acervo, são mais de 2 mil títulos, entre livros-imagem, quadrinhos, romances, biografias simplificadas e coletâneas de poemas, das mais variadas temáticas. Há uma estação de embrulho, onde as crianças podem embrulhar para presente. Um dos pedidos colocados na parede é que não se carimbe os livros da livraria – as crianças obedeceram, mas começaram a carimbar a parede ao redor deste anúncio (tema: a tomada do espaço pelas crianças). O espaço conta ainda com um mini café e um quintal planejado para receber eventos de lançamento, encontros de leitura, oficinas criativas e contações de histórias.
Jonas Ribeiro
Formado em Língua e Literatura Portuguesa pela PUC-SP, sente-se formado pelos tantos livros que leu por prazer em bibliotecas públicas ou que garimpou em livrarias. Vive inventando um jeito de aproximar as pessoas dos livros. Visitou um bocado de escolas e escreveu uma pilha de livros. Atualmente, está empenhado em preservar os amigos cúmplices. Prefere as redes de balanço às redes sociais. O Jonas estuda piano, ternura e bobeira espontânea. Da vocação precocemente revelada, veio o resultado: o autor chegou aos 41 anos com nada mais, nada menos do que 100 livros publicados e 600 mil exemplares vendidos.
Episódio 4. Dia 07 de Setembro, às 20h.
Entrevista – Eliane Robert Moraes
Biblioteca Mário de Andrade- R. da Consolação, 94 – República
@bibliotecamariodeandrade www.bma.sp.gov.br
Eliane Robert Moraes
Crítica literária brasileira conhecida por seus trabalhos sobre literatura erótica, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Foi a pessoa que introduziu a literatura do Marquês de Sade no Brasil. A primeira autora que Moraes estudou na erótica brasileira foi Hilda Hilst, a partir do livro “O caderno rosa de Lori Lamby”. No campo dos estudos da erótica brasileira, publicou livros como “Antologia da Poesia Erótica Brasileira” e “O corpo impossível”, que reúne poemas e contos eróticos na nossa literatura.
Episódio 5. Dia 14 de Setembro, às 20h.
Entrevista – Mariana Salomão Carrara
Livraria – Mandarina - Rua. Ferreira de Araújo, 373 – Pinheiros.
@livraria_mandarina www.livrariamandarina.com.br
Mariana Salomão Carrara
É defensora pública, tem 36 anos e publicou o livro de contos, “Delicada uma de nós” (Off-Flip, 2015) e o romance “Fadas e copos no canto da casa” (2017). Por seus contos e poemas, recebeu prêmios nacionais como o Off-Flip (2012), o sesc-df, o Felippe D’Oliveira (2015 e 2016), o Sinecol, e o Josué Guimarães. Recebeu, ainda, o 2º lugar no Prêmio Guiões de Roteiros em língua portuguesa (Portugal, 2019) pelo roteiro de longa-metragem “É lá que eu quero morar”. Seu romance “Se Deus me chamar, não vou” é narrado por uma protagonista de 11 anos que reflete sobre temas como bullying, sexualidade dos pais e solidão.
Livraria Mandarina
Episódio 6. Dia 21 de setembro, às 20h.
Entrevista – Alexandre Staut
Casa das Rosas – av. Paulista, 37, Bela Vista.
@casadasrosas www.casadasrosas.org.br
Jornalista, cronista e escritor, criou a Editora Folhas de Relva, com a qual já publicou 33 livros. Seu primeiro livro, “Paris-Brest”, fala sobre sua experiência de trabalhar como cozinheiro em Paris. Idealizador da revista “São Paulo Review”, Staut já deu aula no curso de formação de escritores da Casa das Rosas.
Episódio 7. Dia 28 de setembro, às 20h.
Entrevista – Júlia de Souza
Livraria – Gato sem Rabo. R. Amaral Gurgel, 352 - Vila Buarque
@gato.sem.rabo
Julia de Souza
Paulista, 36 anos, na adolescência, se aproximou da poesia através da música popular, e sempre soube que queria trabalhar com literatura. Estudou Letras na FFLCH da USP, onde atualmente faz mestrado sobre a obra de Hilda Hilst, no departamento de Literatura Brasileira. Foi vencedora do Prêmio Nascente 2012 com uma série de poemas. Publicou seu primeiro livro, Covil (2013), que reúne poemas e ilustrações também de sua autoria. Com “As durações da casa” foi finalista do prêmio Oceanos em 2020.
Episódio 8. Dia 05 de outubro, às 20h.
Entrevista – Rudá K. Andrade
Livraria – Ponta de Lança. R. Aureliano Coutinho, 26 - Vila Buarque.
@livrariapontadelanca www.livrariapontadelanca.com.br
Rudá K. de Andrade
Autor do livro “A arte de devorar o Mundo: aventuras gastronômicas de Oswald de Andrade”. Atualmente desenvolve projetos na área audiovisual, curatorial e pesquisa histórica e cultural, produção de textos e atividades de assessoria e formação. Em 2002 em Santos, foi curador do projeto Somos Todos Antropófagos, em homenagem aos 80 anos da Semana de Arte Moderna. Codirigiu Somos Todos Sacys, documentário que aborda a importância da tradição oral popular brasileira por meio da figura do sacy.
Dirigiu uma série de documentários sobre saberes tradicionais em Minas Gerais, como Rapadura e Toques de Sinos, 2013, e em São Paulo em 2017 com a série Saberes do Vale. Em 2018, fez a curadoria da exposição #OcupaSacy no Sesc Interlagos que seguiu em itinerância por outras cidades como Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Taubaté. Faz parte do conselho da Sempre-viva Editorial de Milho Verde-MG.
Episódio 9. Dia 12 de outubro, às 20h.
Entrevista – Maria Fernanda Elias Maglio
Livraria – Patuscada. Luís Murat, 40 – Pinheiros. @livrariapatuscada
Nascida em Cajuru, interior de São Paulo, trabalha como defensora pública. Começou na literatura aos 33. O primeiro livro, “Enfim Imperatriz”, de 2017, venceu o prêmio Jabuti na categoria contos. O livro de poesia “179 Resistência” foi vencedor do prêmio Biblioteca Nacional. Seu segundo livro de contos é “Quem tá vivo, levanta a mão”.
Episódio 10. Dia 19 de outubro, às 20h.
Entrevista – Julie Dorrico
Museu das Culturas. Rua Dona Germaine Burchard, 451 - Água Branca.
https://museudasculturasindigenas.org.br/
Julie Dorrico
Pertence ao povo Macuxi. Doutora em Teoria da Literatura na PUCRS. Mestre em Estudos Literários e licenciada em Letras Português pela UNIR. É poeta, escritora, palestrante, pesquisadora de literatura indígena. Venceu em 1º lugar o concurso Tamoios/FNLIJ/UKA de Novos Escritores Indígenas, em 2019. Administradora do perfil @leiamulheresindigenas no Instagram e do canal no YouTube Literatura Indígena Contemporânea.
Curadora da I Mostra de Literatura Indígena no Museu do Índio (UFU). Autora da obra “Eu sou macuxi e outras histórias” (Caos e Letras, 2019). Escreveu um conto voltado para jovens dentro da antologia “De repente adolescente” (2021), da editora Seguinte
Episódio 11. Dia 26 de outubro, às 20h.
Entrevista – Daniel Minchoni.
Daniel Minchoni
É poeta-palhaço, experimentador da palavra e formador da cultura no Brasil. Artista de vanguarda, criou e toca eventos de poesia em São Paulo como: "O menor Slam do Mundo", "O sarau do burro", "Rachão poético", "Cabaré revoltaire" e " A peça Literatura Ostentação". Nasceu em São Paulo, mas começou a fazer poesia no Rio Grande do Norte, onde começou com a poesia declamada. Participou do movimento Sociedade dos Poetas Vivos. Em 2001, começou a organizar o sarau “Poesia Esporte Clube”, junto com Rui Rocha. Em 2004, fundaram um selo chamado “Jovens Escribas”, que logo se tornou uma editora.
Episódio 12. Dia 02 de novembro, às 20h.
Entrevista – Plínio Camillo.
Livraria – Africanidades. Paulo Ravelli, 153 - Vila Pita. @livrariafricanidades
Plínio Camillo
Nascido em Ribeirão Preto, formou-se em Linguística pela USP. Seu primeiro livro foi premiado no Concurso de Apoio a Projeto de Primeira Publicação de Livro no Estado de São Paulo. Suas influências são Marcelino Freire, Dalton Trevisan, Lima Barreto e Dashiel Hammett. Tem experiência teatral. Participou do Curso de Extensão Cultural na área de teatro da Unicamp e atuou como autor, diretor, ator, iluminador e assistente de produção nesta área
Ficha Técnica
ARENA DA PALAVRA
Direção geral e idealização: Marcelo Sollero. Roteiro e Co-direção: João Bley. Direção de arte: Nathália Campos. Produção executiva: Alcione Alves. Produção: Raissa Tomasin. Apresentadora: Danúbia Lauro. Imagem: Bruno Di Giorgi.
Pauta: João Bley, Maria Fernanda Teixeira e Raissa Tomazin. Figurinos: Amanda Pilla e Samantha Macedo. Montagem: Anita Fabri. Edição de Áudio e Podcast: Rachel Rocha. Assessoria de Imprensa: Arte Plural.
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