[Crítica] Eike - Tudo ou Nada

Sinopse: O filme percorre um breve, mas intenso período da vida do ex-bilionário Eike Batista, que já foi um dos homens mais admirados do Brasil e o sétimo mais rico do mundo. A história começa em 2006, quando a economia brasileira deslanchava por causa do pré-sal. Eike Batista decide criar a petroleira OGX e contrata os melhores homens da Petrobras para participar do leilão do pré-sal. Mas os planos megalômanos e uma série de decisões e alianças equivocadas fazem seu império ruir de forma tão espetacular quanto havia crescido. E o Brasil assiste, perplexo, à queda de Eike, que perde toda sua fortuna, poder e prestígio. Inspirado no livro da jornalista Malu Gaspar.

O que achei? O filme dirigido por Andradina Azevedo e Dida Andrade – adaptado do livro de mesmo nome da jornalista Malu Gaspar - retrata a ascensão e queda do ex-bilionário Eike Batista (interpretado por Nelson Freitas) e produzido pela Paris Filmes estreou nos cinemas no dia 22.

Eike – Tudo ou Nada cobre o período da vida de Eike que começa em 2006 quando o país passava por um crescimento econômico com o pré-sal quando ele cria a petroleira OGX e vai até a sua prisão em 2017, onde ele foi alvo da investigação Operação Eficiência no Rio de Janeiro, onde Eike foi acusado de participais de um esquema de corrupção do ex-governador Sergio Cabral.

O que posso dizer desse filme é que a narrativa não ficou muito clara. O filme tinha vários caminhos e recortes para focar como o cenário político do Brasil na época, a Operação Lava Jato, as práticas imorais capitalistas, etc., mas não atingiu o seu objetivo de forma clara e objetiva, que é contar a história de Eike Batista. O filme falhou em escolher uma linha da narrativa e seguir com ela até o final.

Embora a atuação de Nelson Freitas foi bem-sucedida em captar a ambição e megalomania de Eike, a narrativa do filme a contradiz. Ora essa narrativa mostra Eike como um empresário ambicioso que não mede esforços para conseguir o que quer - mesmo que isso signifique se envolver em um esquema de corrupção – ora mostra Eike como uma pessoa ingênua e vítima das circunstâncias que levaram à sua condenação e prisão.

O destaque vai para o elenco do filme que conseguiram fazer um bom trabalho, mesmo com roteiro e narrativa confusos. Além de Nelson Freitas, Juliana Alves também capta a autoridade de sua personagem como única mulher em posição de liderança na empresa de Eike.

Trailer: 


 Escrito por Michelle Araújo Silva



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