[News] NOVO LONGA DE MARCELO GOMES, PALOMA CHEGA AOS CINEMAS EM 10 DE NOVEMBRO

 

Selecionado para a Mostra Competitiva de Longas de ficção da Première Brasil do Festival do Rio, PALOMA, de Marcelo Gomes, chega aos cinemas nacionais em 10 de novembro. O filme terá sua primeira exibição no país no evento carioca, que acontece entre 6 e 16 de outubro.


Produzido pela pernambucana Carnaval Filmes, em coprodução com a portuguesa Ukbar Filmes, o longa será lançado em cinemas pela Pandora Filmes, e já foi exibido em festivais internacionais, em cidades como Londres e Huelva, o filme fez sua première mundial no Festival de Munique em julho passado.


Roteirizado por Gomes, Armando Praça e Gustavo Campos, PALOMA parte de uma história real, que o diretor leu num jornal, e tem como protagonista  Kika Sena, arte-educadora, diretora teatral, atriz, poeta e performer, interpretando Paloma, uma mulher trans que trabalha como agricultora no sertão de Pernambuco.


Seu maior sonho é se casar na igreja católica, com seu namorado Zé (Ridson Reis). Eles já vivem juntos, e criam uma filha de 7 anos chamada Jenifer (Anita de Souza Macedo). O padre, porém, recusa o pedido, mas nem por isso Paloma desistirá de realizar seu sonho.


Porém, precisará enfrentar o preconceito e o conservadorismo para realizar esse seu desejo. O roteiro partiu de uma notícia que o diretor leu num jornal sobre uma mulher trans que sonhava em casar numa igreja católica com véu e grinalda.


“O filme é uma possibilidade de humanização das corpas trans e travestis, uma perspectiva complexa da vida de uma mulher trans, o que difere do que geralmente é produzido sobre essa temática. Acredito que ele trará muitas discussões a respeito do que consideramos como ‘família’, além de ser um espaço de ocupação dos nossos corpos reais no cinema”, explica Kika.


Em sua equipe artística, PALOMA conta Pierre de Kerchove (“Eu quero voltar sozinho, “Joaquim”), na direção de fotografia; Rita M. Pestana (“Fortaleza Hotel”) assina a montagem; e a direção de arte é de Marcos Pedroso (“Cinema, Aspirinas e Urubus, “Madame Satã”). O casting foi feito por Maria Clara Escobar. E preparação de elenco por Silvia Lourenço. A produção do filme é de João Vieira Jr. e Nara Aragão.

Sinopse

Paloma é uma mulher trans que está decidida a realizar seu maior sonho: um casamento tradicional, na igreja, com o seu namorado Zé. Ela trabalha duro como agricultora numa plantação de mamão, e está economizando para pagar a festa. A recusa do padre em aceitar seu pedido obrigará Paloma a enfrentar a sociedade rural. Ela sofre violência, traição, preconceito e injustiça, mas nada abala sua fé.


Ficha Técnica


Direção: Marcelo Gomes


Roteiro: Marcelo Gomes, Armando Praça e Gustavo Campos


Produzido por:  João Vieira Jr. e Nara Aragão


Coprodutores: Pandora da Cunha Teles, Pablo Iraola e Ernesto Soto Canny


Produtores Associados: Paula Cosenza, Caio Gullane e Fabiano Gullane


Elenco: Kika Sena, Ridson Reis, Zé Maria, Suzy Lopes, Ana Marinho, Samya de Lavor, Wescla Vasconcellos, Patrícia Dawson, Nash Laila, Márcio Flecher, Buda Lira, Anita de Souza Macedo


Direção de Fotografia: Pierre de Kerchove


Montagem: Rita M. Pestana


Direção de Arte: Marcos Pedroso


Coprodução: Carnaval Filmes, Gullane, Misti Filmes, Ukbar Filmes, REC Produtores.


Distribuição no Brasil: Pandora Filmes


Agente de Venda Internacional: Memento International


Locações: filmado na cidade do Crato (sertão do Cariri, Ceará) e na Ilha de Itamaracá (Pernambuco).


Gênero: drama


Sobre Kika Sena


Kika Sena é atriz, arte-educadora, diretora teatral, poeta e performer brasileira. Graduada em Licenciatura em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília (UnB) e mestranda em Teoria em Prática das Artes Cênicas pela Universidade Federal do Acre, Kika Sena é pesquisadora nas áreas de gênero, sexualidade, raça e classe. A partir de 2015, vem desenvolvendo pesquisas relacionadas à área de voz e palavra em performance com cunho político referente ao corpo da mulher trans e travesti na cena teatral e social brasileira. Em 2017 lançou o livro Periférica, pela Padê Editorial, antecedido por Marítima, 2016, publicação independente. Sua publicação mais recente, também de forma independente, é a zine Subterrânea, de 2019. Também em 2019 dirigiu o espetáculo teatral Transmitologia (DF). Já em 2020, em parceria com AsAguadeiras, dirigiu o espetáculo teatral “DesQuite”(AC). Seu trabalho teatral mais recente é o espetáculo Ovelha Dolly (AC), dirigido por Sarah Bicha.


Sobre Marcelo Gomes


Cineasta nascido em Recife, teve seus primeiros contatos com o cinema como participante de um cineclube. Em 2002, foi corroteirista do longa-metragem Madame Satã, de Karim Aïnouz. Em 2005, lançou seu primeiro longa-metragem, Cinema, aspirinas e urubus, selecionado para a mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes. Em 2012, dirigiu e roteirizou Era uma vez eu, Verônica, filme vencedor de sete prêmios no Festival de Brasília. O homem das multidões (2013), codirigido com Cao Guimarães, foi selecionado para a mostra Panorama do Festival de Berlim. Seu filme de ficção mais recente, Joaquim (2017), foi selecionado para a competição pelo Urso de Ouro na Berlinale. Seu documentário Estou me guardando para quando o carnaval chegar estreou nos cinemas em 2019, e ganhou diversos prêmios, entre eles Melhor Documentário no Festival Melhores do Ano do Sesc, e Melhor Documentário e Melhor Montagem, no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.


Sobre a Carnaval Filmes


A Carnaval Filmes é uma empresa produtora de audiovisual sediada no Recife, fundada e dirigida por Nara Aragão e João Vieira Jr. Atuando na produção cinematográfica, de conteúdo televisivo e dialogando com outras áreas de criação artística e da cocriação em música, teatro, fotografia e literatura, através da troca com talentos de outros estados e países. A Carnaval atualmente produz a série de animação “Bia Desenha”, o documentário “Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar” e os longas “Paloma”, “Fim de Festa” “Greta Garbo”, em finalização.


Sobre a Pandora Filmes


A Pandora é uma distribuidora de filmes independentes que há 30 anos busca ampliar os horizontes da distribuição de filmes no Brasil revelando nomes outrora desconhecidos no país, como Krzysztof Kieślowski, Theo Angelopoulos e Wong Kar-Wai, e relançando clássicos memoráveis em cópias restauradas, de diretores como Federico Fellini, Ingmar Bergman e Billy Wilder. Sempre acompanhando as novas tendências do cinema mundial, os lançamentos recentes incluem “O Apartamento”, de Asghar Farhadi, vencedor do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro; e os vencedores da Palma de Ouro de Cannes: “The Square – A Arte da Discórdia”, de Ruben Östlund e “Parasita”, de Bong Joon Ho.


Paralelamente aos filmes internacionais, a Pandora atua com o cinema brasileiro, lançando obras de diretores renomados e também de novos talentos, como Ruy Guerra, Edgard Navarro, Sérgio Bianchi, Beto Brant, Fernando Meirelles, Gustavo Galvão, Armando Praça, Helena Ignez, Tata Amaral, Anna Muylaert, Petra Costa, Pedro Serrano e Gabriela Amaral Almeida.





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