[News]Conheça os artistas vencedores do Prêmio FOCO 2022

 



 
Conheça os artistas vencedores do Prêmio FOCO 2022

 

Apresentada pelo Instituto Cultural Vale, premiação será 

em residências em diferentes regiões do país
 


Vencedores do Prêmio FOCO 2022 com Brenda Valansi, presidente da ArtRio, e Hugo Barreto, diretor presidente do Instituto Cultura Vale  cred Bruno Ryfer

 

O Prêmio FOCO e o Instituto Cultural Vale apresentam os seis artistas selecionados na edição 2022 – Alice Silveira Yura, Andrea Hygino, Edgar Pereira da Silva, Iagor João Barbosa Peres, Lucimélia Romão, Priscila Rooxo. Todos receberão como prêmio residências artísticas no país e já estão com seus trabalhos expostos na ArtRio 2022, que acontece na Marina da Glória até 18 de setembro.

 

Com o objetivo de estimular e reconhecer a produção artística contemporânea do país, o Prêmio é destinado a artistas visuais brasileiros com até 15 anos de carreira. Pela primeira vez foram selecionados seis artistas em uma mesma edição. Os premiados receberão bolsas para se dedicarem exclusivamente a suas pesquisas durante o período de residência, que acontecerá entre janeiro e setembro de 2023.
 

As residências parceiras do Prêmio FOCO esse ano são: Despina (Rio de Janeiro, RJ), JA. CA (Belo Horizonte, MG), Chão Slz (São Luiz, MA), Terra Afefé (Ibicoara, BA – Chapada Diamantina), Irê – arte, praia e pesquisa (Salvador, BA) e Instituto Das Pretas (Vitória, ES). 
 

O Comitê Curatorial do Prêmio FOCO 2022 que selecionou os artistas premiados tem direção de Bernardo Mosqueira e participação de diretores dos museus, centro culturais e memoriais do Instituto Cultural Vale (ICV) e das residências parceiras:

  • Wagner Tameirão (Diretor do Memorial MG Vale em Belo Horizonte/MG)
  • Gabriel Gutierrez (Diretor do Centro Cultural Vale MA em São Luís/MA)
  • Ronaldo Barbosa (Diretor do Museu Vale em Vila Velha/ES)
  • Hugo Barreto (Diretor presidente do Instituto Cultural Vale)
  • Priscila Gama (CEO do Instituto Das Pretas/ES)
  • Rebeca Carapiá (Diretora da Residência Irê - arte, praia e pesquisa/BA)
  • Rose Afefé (Diretora da Residência Terra Afefé/BA)
  • Samantha Moreira (Diretora da Residência Chão Slz/MA)
  • Francisca Caporali (Diretora da Residência JA. CA/MG)
  • Consuelo Bassanesi (Diretora da Residência Despina/RJ)
  • Bernardo Mosqueira (Diretor do Prêmio FOCO)
  • Ana Clara Simões Lopes (Curadora)

 

Artistas selecionados – Prêmio FOCO 2022

 

Alice Silveira Yura
Residência Despina / RJ

(1990 – Aparecida do Taboado/MS)
 

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Alice Silveira recebendo o Prêmio FOCO  cred Bruno Ryfer

Alice vive e trabalha em trânsito entre sua cidade natal – Aparecida do Taboado -, Campo Grande (MS) e São Paulo (SP). Formada em Artes Visuais pela UFMS, em 2011, o foco da sua pesquisa é em arte e vida. Assim, seus trabalhos tem forte ligação biográfica relacionando memória, afeto, corpo, identidade, alteridade, biologia, política, sociedade e cultura.
 

Foi a idealizadora e curadora do festival de performance IPêrformático II (2019). Integrou ao programa de residência do Pivô Pesquisa em 2019 como artista residente selecionada a uma bolsa, no mesmo ano participou das exposições Aparelho com curadoria de Tales Frey no Porto (Portugal) e Ânima com curadoria de Paula Plee e Ana Roman em São Paulo (SP). Neste ano (2022) participa de duas exposições no Rio de Janeiro, Vitrine no Espaço Oásis com a obra “O FARDO” e a obra “O Louco” exposta na cidade do Rio de Janeiro e no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUCAHB) com curadoria de Jaime Lauriano, Lilia Schwarcz e Pedro Meira Monteiro.
 

Para a residência, traz “O amanhã do dia anterior”, proposta de investigação a partir dos arquivos pessoais de fotografias familiares, criando seu apagamento nessas fotos a partir de inserção de pintura com tinta preta ou apagar a si própria usando algum solvente. A ideia temporal que está ligada ao hoje, nesta proposta reflete sobre vínculos que poderiam ter sido quebrados por ser uma mulher trans. O que teria sido da minha história e como seria meu futuro se os meus laços familiares fossem desfeitos? 
 

Para a ArtRio 2022, traz foto performance “O Louco”. Na obra, estão questões ligadas ao gênero pela própria constituição da imagem com um ser masculino encenado como loucura e, também, pela ação de vestir com trajes masculinos depois de muitos anos da transição de gênero. Este trabalho trata desta ideia como uma disruptura causada em nós. 

 

Andrea Hygino
Residência Chão Slz (São Luiz/MA)

(1992 – Rio de Janeiro/RJ)
 

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Andrea Hygino recebendo o Prêmio FOCO  cred Bruno Ryfer

Artista visual, arte-educadora e professora. Atualmente é professora substituta do Instituto de Artes da UERJ. Mestre em Linguagens Visuais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e graduada em Artes Visuais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Vencedora do Prêmio SeLecT de Arte e Educação, categoria Camisa Educação, pela obra “Saída de emergência” (coautoria de Luiza Coimbra). Participou da residência Artist in Residence (AiR) em Bag Factory Artists’ Studio – Joanesburgo, África do Sul (2021/2022). Em 2022 participou das exposições 19º Salão Nacional de Arte de Jataí; Saravá, Galeria Anita Schwartz; Cadeiraço (barricade), Wits Art Museum – Joanesburgo, África do Sul. 
 

Sua proposta de residência é o projeto Escolares. Será um desdobramentos da pesquisa artística desenvolvida, desde 2013, sobre o ambiente escolar, suas memórias, violências, disciplina/adestramentos, repetição, criação e desobediência. O foco está na reflexão sobre a relação arte – educação, tendo como ponto de partida o contexto escolar que circunda o local escolhido para residência.
 

Na ArtRio 2022, a artista traz o projeto Cadeiraço. O título advém de uma ação de desobediência estudantil – e, por que não dizer, desobediência civil – praticada no contexto de escolas e universidades. Cadeiraço é o tipo de barricada construída com carteiras escolares nas entradas desses espaços de educação; um amontoado de mobília escolar, edificado pelas/os estudantes como forma de reivindicação/protesto, que suspende os fluxos e cria um estado de greve. Os trabalhos reunidos sob este título partem do entendimento básico da educação como direito civil a ser garantido a todas/os e do olhar crítico sobre o ambiente educacional dos últimos anos no Brasil.

 

Edgard Pereira da Silva - Novíssimo Edgard
Residência - Terra Afefé (Ibicoara, BA – Chapada Diamantina)

(1993 – Guarulhos/SP)

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Novíssimo Edgard recebendo o Prêmio FOCO  cred Bruno Ryfer

O artista vive e trabalha nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Poeta, artista plástico e performer, Edgar é um criador compulsivo e sua obra transborda autenticidade e liberdade, passando por diversos suportes e segmentos de pesquisas de metalinguagens e transmídia. Seu interesse pela arte começou na infância, incentivado pela sua mãe - Dona Maria - a elaborar esculturas, desenhos e pintura sobre azulejos. Trabalha com todo tipo de material ancestral e tecnológico, produz pinturas, cria instalações, performances, desenhos, compõem músicas, in venta jogos de cartas, e escreve livros, produz filmes, games e NFTs.
 

Sua proposta para residência é o projeto Vínculos Invisíveis. A intenção primeira é conhecer e criar interlocuções com as encantarias e lugares sagrados da região. A pesquisa se dará a partir das oferendas, dos personagens, dos lugares e das vivências, palácios encantados em dunas e outras tradições onde a identidade do povo dali se assenta. Os costumes das religiões africanas no Brasil sofreram modificações devidas à aculturação, a transmissão oral, a miscigenação de raças e a condição de opressão em que viviam as pessoas escravizadas vindas de diversos pontos da África.
 

Para a ArtRio 2022, o artista traz pinturas com tecido Cariri-Nagô e Ketu Guarani e a fotografia Sem Título.

 

Iagor João Barbosa Peres
Residência - Irê – arte, praia e pesquisa (Salvador, BA)
(1995 – Rio de Janeiro/RJ)
 

Iagor Peres recebe o Prêmio FOCO cred Bruno Ryfer

Iagor vive e trabalha no Recife (PE), membro do coletivo CARNI – Coletivo de Arte Negra e Indígena. Após uma trajetória de anos dedicados a experimentação do corpo através da dança, performance, vídeo e instalação, tem mergulhado mais profundamente sobre as densidades e substâncias visíveis e invisíveis que compõem as relações no espaço. Seu trabalho hoje questiona a soberania humana branco ocidental sob outras materialidades/corpos.

 

Bolsista no curso Pedra e Ar na EAV do Parque Lage 2021, participa do programa de Exposições do CCSP 2020 com a individual Estrutura para Campos Densos. Residente no II Ciclo Pivô-Pesquisa também em 2020. 

 

Seu projeto de residência foca sobre A segunda forma da ausência - desdobramentos da pesquisa Estudos para minha pele, iniciado em 2017. Nessa pesquisa, questiona as armadilhas que a visão e o mundo aparente carregam. Em um gesto de retirada do meu corpo do foco ou veiculo/meio principal da obra, criei a pelematerial que se apresenta no mundo como uma extensão do meu próprio corpo e ao mesmo tempo uma Coisa em si que possui ação e vida independente a mim. Esse material surge pelo desejo de continuar a falar do corpo, com o corpo, mesmo sem minha presença. 

Para a exposição na ArtRio, traz as monotipias produzidas a partir de pelematerial e finalizadas em cera de carnaúba.

 

Lucimélia Romão
Residência - JA. CA (Belo Horizonte, MG)
(1988 – Jacareí/SP)

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Lucimélia Romão recebe o Prêmio FOCO  cred Bruno Ryfer

Artista visual e performer. Atriz, formada em 2013 no curso técnico em Teatro pela Escola Municipal de Artes Maestro Fêgo Camargo em Taubaté/ SP. Graduada em Teatro pela Universidade Federal de São João Del Rei - MG onde pesquisou teatro e performance negra. Coordenadora da área de Artes Cênicas do 33° Inverno Cultural da UFSJ 2022 - PLANETA FOME. É co-criadora do grupo Cia Mineira de Teatro.
 

Ao longo de sua trajetória artística busca desenvolver trabalhos que repense o lugar do negro na sociedade pontuando as diversas formas de extermínio que o Estado Brasileiro Democrático de Direito vem direcionado ao povo afrodiaspórico desde o Brasil Colônia.
 

Seu projeto para a residência tem como base os altos índices de violência contra a mulher no Brasil. Refletindo sobre essa realidade, o projeto traz uma série de fotoperformances que tem a violência doméstica como mote. As imagens serão criadas a partir de ditados populares que maquiam a violência contra mulher como: a mulher casada o marido lhe basta; em briga de marido e mulher não se mete a colher; do vinho e da mulher livre-se o homem, se puder; do homem a praça, da mulher a casa; homem de palha vale mais que mulher de ouro; o que o marido proíbe a mulher o quer. 
 

Na ArtRio 2022, apresenta a performance instalação “MULHERES DO LAR - Mortes Anunciadas”, que lança um olhar para a violência doméstica. A ação tem o desejo de apresentar sem rodeios e em doses cavalares que a violência de gênero é o prólogo para o crime de feminicídio.

 

Priscila Rooxo
Residência - Instituto Das Pretas (Vitória, ES)

(2003 – Rio de Janeiro)

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Priscila Rooxo recebe o Prêmio FOCO  cred Bruno Ryfer

Artista visual, ativista e estudante de Artes Visuais da UERJ. Moradora da Baixada Fluminense, subúrbio do Rio de Janeiro, traz em seu trabalho discussões sobre território, gênero e classe social. Na ArtSapm 2022, apresentou a individual A Mãe ta on.
 

Para a residência, vai focar em escultura e objetos que dialoguem com questões que sua pesquisa artística já aborda, de maneira mais contemporânea e tridimensional. Para ela, o artista periférico não precisa apresentar apenas pinturas em telas bidimensionais ilustrando fielmente a periferia, pode também explorar novos suportes e técnicas. Seu objetivo é uma arte múltipla e acessível, que chegue em mulheres, pessoas periféricas, com ou sem estudos, e que essas pessoas se identifiquem com as ferramentas e linguagens utilizadas, acessando um público diferente do eixo-centro das artes tradicionais.
 

Priscila Rooxo traz para a ArtRio 2022 o novo trabalho ''Suporte caro'', uma série de pinturas sobre tecido linho puro pendurado por pregos na parede, com tamanho de 70 x 60 centímetros, com exposição de no mínimo 2 peças. A série tem pinturas de mulheres, convidando a pensar o que é designado a artistas periféricos.

 

 

A Artrio 2022 é apresentada pelo Instituto Cultural Vale, com patrocínio da Beck’s e apoio da Movida, Aliansce Sonae, Rio Galeão e Estácio. Apoio Institucional de Osklen, Sauer, Paco Rabanne, Bombay, Woods Wine, Woods Coffee e Ala Master. Windsor Hoteis, com o Miramar Hotel, é a rede oficial do evento e o Shopping Leblon é o shopping oficial.

 

O evento tem patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro e da Secretaria Especial da Cultura / Ministério do Turismo.

 

A realização da ArtRio é da BEX Produções, com correalização da Dream Factory.

 

ARTRIO 2022

  • Data: 15 a 18 de setembro (quinta-feira a domingo)
  • Preview – 14 de setembro (quarta-feira)
  • Venda de ingressos: no site https://www.artrio.com/
  • Ingressos: R 80 / R 40
  • Horário: 

14 de setembro – Preview das 13h às 21h 

15 a 17 de setembro – das 13h às 21h

18 de setembro – das 12h às 20h

  • Local: Marina da Glória - Av. Infante Dom Henrique, S/N – Glória
  • Estacionamento no local, sujeito a lotação 
  • Metrô: Estação Glória

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