[Crítica]Um samurai em São Paulo

 

Sinopse:

O japonês Taketo Okuda foi um dos grandes mestres de karatê dos nossos tempos. Marcado pela infância na Segunda Guerra e preparado para ser um guerreiro pronto para matar ou morrer, Okuda foi enviado ao Brasil para difundir a arte marcial das mãos vazias. Sua trajetória, de professor de campeões a um mestre em busca da transcendência, é narrada por uma de suas alunas, uma brasileira neta de sobreviventes do Holocausto. Esse encontro de dois personagens tão distintos investiga os significados profundos da arte marcial e da autodefesa diante de um mundo ameaçador.



                           O quê eu achei?

Como admiradora da cultura japonesa,eu não podia deixar de ver esse documentário.Como não pratico artes marciais, nunca tinha ouvido falar do sensei(mestre,professor) Taketo Okuda,um renomado karateka e professor de karatê durante seis décadas.

Narrado por Débora Mamber Czeresnia,uma judia neta de uma imigrante polonesa refugiada da Segunda Guerra e ex-aluna de Okuda,o doc faz uma retrospectiva desde a chegada de Okuda ao Brasil na década de 70 quando ainda era discípulo de Masatoshi Nakayama para ensinar e passar adiante as técnicas da Associação Japonesa de Karatê,especialmente o estilo Shotokan de karatê.Ele funda seu dojo(local de treinamento)e acaba se tornando responsável por treinar toda uma geração de karatekas campeões nacionais e internacionais.

Mas as lições vão muito além de luta;falam sobre uma filosofia de vida,sobre como se relacionar com a natureza e com os outros e como respeitar os seres vivos.O documentário também aborda a questão do antissemitismo e da xenofobia no Brasil e em outros países.Recomendo.Foi a estreia da diretora(antes somente roteirista) na direção e foi digna!

O doc fez parte da Mostra de Cinema Internacional de SP e foi o selecionado da categoria Mostra Brasil Competição Novos Diretores.

                         Trailer:






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