[News] DIRIGIDO POR CLARISSA CAMPOLINA E LUIZ PRETTI, ENQUANTO ESTAMOS AQUI ESTREIA NESSA QUINTA-FEIRA

 

                                                                            

                                                                     Trailer:


Um olhar sobre o mundo globalizado onde os afetos se esmaecem a cada dia está ao centro de ENQUANTO ESTAMOS AQUI, de Clarissa Campolina e Luiz Pretti, que com uma linguagem poética observa o presente por meio da história de Lamis e Wilson, uma libanesa e um brasileiro vivendo como imigrantes em Nova York e na Europa.Com produção da Anavilhana e distribuição da Pique-Bandeira, o longa estreia nessa quinta (06/10), nas cidades: Belo Horizonte, Brasília, São Paulo, Manaus e Vitória.

 

ENQUANTO ESTAMOS AQUI apresenta uma linguagem audiovisual única, em que o texto é construído por meio de diálogos em off e citações de diversos autores, como o filósofo Jonathan Crary (“24/7: Capitalismo tardio e os fins do sono”) e a poeta Ana Martins Marques, cuja narração também faz parte do filme, ao lado de Grace Passô, entre outros. Linguagem esta que representa a dinâmica dos afetos num mundo cada vez mais fragmentando.

 

“O processo de escrita do roteiro, além da pesquisa dos textos, em ENQUANTO ESTAMOS AQUI aconteceu ao mesmo tempo em que filmávamos, montávamos e selecionávamos as imagens de nossos arquivos pessoais. Os diferentes estágios da produção foram se misturando ao longo do tempo”, explicam os diretores.

 

Dessa maneira peculiar de se construir o filme, resulta algo híbrido, transitando entre o documentário e a ficção, o realismo e a poesia. “A narrativa do filme foi construída de maneira que a ficção poderia emergir e ganhar independência das nossas experiências pessoais, dessa forma expandindo o horizonte e chamando atenção para o aspecto sociopolítico”, afirmam Clarissa e Luiz.

O filme também é uma resposta à saída do Brasil como um dos signatários do Pacto Global de Migração. A história de dois imigrantes, de diferentes partes do mundo, que se encontram, se apaixonam e enfrentam desafios culturais e econômicos para continuarem juntos em um outro país poderia ser a história de muitos brasileiros que imigram legal ou ilegalmente a cada ano. O longa fez sua estreia mundial no Festival Internacional de Cinema de Roterdã. No Brasil, o filme foi exibido na Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e no Olhar de Cinema, em Curitiba.

 

Lamis é interpretada por Mary Gatthas, uma jovem refugiada sírio-libanesa que vive em Belo Horizonte, cujas experiências foram adicionadas ao filme, somando novas camadas à personagem. “Discutimos com ela todo o roteiro, a maneira como as cartas eram escritas, e como a história da personagem se relaciona com a dela própria”, contam os diretores. O mesmo aconteceu com Marcelo Souza e Silva, ator mineiro que interpreta Wilson. Todo o texto foi discutido com ele, que trouxe experiências próprias, aproximando o corpo do ator do personagem do filme.

 

Além Grace Passô, como narradora, e Ana Martins Marques, o filme também conta com as vozes Fernando Alves Pinto, Gláucia Vandeveld, Philippe Urvoy, Rodrigo Fischer e Theo Campolina Pretti.  

 

ENQUANTO ESTAMOS AQUI é uma produção Anavilhana, e será lançado no Brasil pela Pique-Bandeira Filmes.

 

Sinopse

Lamis e Wilson são imigrantes em Nova Iorque. Ela, uma libanesa que acaba de chegar e ele, um brasileiro que mora ilegalmente na cidade há 10 anos. Uma narrativa híbrida construída com uma abordagem poética; um diário de viagem que se torna uma crônica e nos leva para a essência da micropolítica humana em tempos de globalização: um reino incerto de desejos, esperança e medo.

 

Ficha técnica

Direção e Roteiro: Clarissa Campolina e Luiz Pretti

Elenco Principal: Mary Ghattas, Marcelo Souza e Silva e Grace Passô

Elenco Secundário: Ana Martins Marques, Fernando Alves Pinto, Gláucia Vandeveld, Philippe Urvoy, Rodrigo Fischer e Theo Campolina Pretti

Produção: Luana Melgaço

Coordenação de Produção: Laura Godoy

Direção de Fotografia: Clarissa Campolina, Luiz Pretti e Rodrigo Fischer

Design de Som: Luiz Pretti e Pedro Durães

 

Montagem: Clarissa Campolina e Luiz Pretti

Edição e Mixagem de Som: Pedro Durães

Colorização e Finalização: Lucas Campolina – Olada

Distribuição: Pique Bandeira Filmes

Vendas internacionais: Kino Rebelde

Equipe Anavilhana: Carolina Mariano, Analu Bambirra e Daniela Cambrai

 

Sobre os diretores

Clarissa Campolina é residente em Belo Horizonte, Brasil. Formou-se em Comunicação Social (UFMG) e graduou-se em Artes Plásticas (UEMG). Sócia da produtora Anavilhana desde 2005, foi membro da Teia onde, em parceria com outros membros do grupo, realizou documentários, instalações, curtas e longas metragens.  

 

Os filmes que dirigiu circularam nas principais janelas do mercado de cinema autoral e também foram exibidos no circuito comercial no Brasil, Argentina, Alemanha, França e Portugal. Girimunho (co-dirigido por Helvécio Marins Jr), seu longa de estreia, teve sua première internacional no Festival de Cinema de Veneza em 2011 e recebeu premiações em Veneza, Mar Del Plata, Nantes, Havana, entre outros. Seu segundo longa, Enquanto Estamos Aqui (co-direção Luiz Pretti), estreiou na Holanda, no Festival de Roterdão, em 2019. Seus curtas metragens – Os que se vão (2018); Solon (2016); O Porto (2014); Odete (2012); Adormecidos (2011); Notas Flanantes (2009); Trecho (2006) - foram exibidos e premiados em festivais em Brasília, Havana, Locarno, Oberhausen, Buenos Aires, entre outros. 

 

Além de diretora, Clarissa trabalha como roteirista, montadora, professora e curadora. Participa também de projetos de audiovisual ligados ao teatro e às artes plásticas. Atualmente está em fase de finalização do seu terceiro longa-metragem Canção ao Longe e em fase de pesquisa do seu quarto longa A Fera na Selva, este último em co-direção com Sergio Borges.

 

Luiz Pretti (1982) nasceu no Rio de Janeiro e é diretor e editor. É um dos fundadores da produtora Alumbramento. Atualmente vive em Belo Horizonte, onde abriu sua produtora Errante. “Enquanto Estamos Aqui”, que dirigiu com Clarissa Campolina é seu quinto longa-metragem. Seus filmes foram exibidos em festivais como Veneza, Locarno, IFFR Roterdão, Roma, Viena, Oberhausen, entre outros.

 

Sobre a Anavilhana

A Anavilhana surgiu do encontro entre Clarissa Campolina, Luana Melgaço e Marília Rocha. Fundada em 2005, a produtora reúne mais de 20?anos de experiência de suas sócias, com o desejo de articular pesquisa, formação, produção e criação audiovisual. 

 

Desenvolvemos projetos das nossas integrantes e parcerias com diretoras e diretores independentes, produções associadas e co-produções dentro e fora do Brasil. Nosso trabalho é norteado pela criação de desenhos de produção mais adequados a cada novo projeto, pelas trocas com outras produtoras e realizadores, e pelo investimento na pesquisa de linguagem. Tudo isso desde sua origem, quando as três sócias integraram o grupo Teia (www.teia.art.br).  

 

Até o momento, a Anavilhana lançou mais de 30?obras audiovisuais, com ampla participação no mercado de cinema autoral: curtas e longas-metragens, instalações, séries de TV e teatro. Teve trabalhos oficialmente selecionados e premiados festivais nacionais como: É Tudo Verdade, Festival de Brasília, Festival do Rio, Mostra de Tiradentes; em festivais internacionais: Berlinale,?Veneza, Toronto, San Sebastian,?Locarno, Roterdã,?Visions?du?Réel,?DocLisboa; e em museus de arte do mundo: Centre Georges Pompidou, MoMA, Inhotim. Suas produções também estiveram destacadamente presentes no circuito comercial de cinema e em plataformas de streaming no Brasil e no exterior. 

 

E para quem se pergunta o que significa Anavilhana, explicamos: o arquipélago de Anavilhanas, um dos maiores do mundo, situa-se no Rio Negro, na região amazônica. Este conjunto de ilhas fluviais inspirou a escolha do nome da produtora, ao entendermos que um arquipélago só se faz na autonomia de suas ilhas e na união de todas elas.

 

Sobre a Pique Bandeira  

A Pique-Bandeira Filmes é uma produtora e distribuidora de conteúdo audiovisual fundada em 2011 em Vitória, Espírito Santo. Seu foco é a produção e distribuição de projetos autorais para os segmentos de cinema, TV, streaming e outros. Seus filmes foram exibidos e premiados em festivais como International Film Festival Mannheim-Heidelberg (Alemanha), Locarno Film Festival (Suíça), Festival do Rio, BFI Flare (Inglaterra), IFFI Goa (Índia), Mostra de Cinema de Tiradentes, Olhar de Cinema – Festival Internacional de Cinema de Curitiba, Festival Cinematográfico do Uruguai, Festival de Vitória, Mostra Internacional de Curtas de São Paulo – Kinoforum, DOCSMX, Curta Cinema – Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro, entre outros. Também foram licenciados para canais de TV e plataformas como Canal Brasil, CineBrasil TV, Prime Box Brazil, Amazon Prime, NOW e Vivo Play. Produziu a série documental “Habitação Social - Projetos de um Brasil” (2019), os longas-metragens “Os Primeiros Soldados” (IFFMH e Festival do Rio, 2021), “Diante dos meus Olhos” (Festival do Uruguai e Olhar de Cinema, 2019) e “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” (Mostra de Tiradentes, 2015). Também é produtora associada de filmes como “Arábia” (IFF Rotterdam e Festival de Brasília, 2017), “Luz nos Trópicos” (Berlinale e Olhar de Cinema, 2020) e o curta “Chão de Rua” (Locarno e Olhar de Cinema, 2019). Como distribuidora, lançou nos cinemas brasileiros os filmes “Com os Punhos Cerrados”, “Teobaldo Morto, Romeu Exilado” e “Diante dos Meus Olhos”.

 



Nenhum comentário