[News] MERCÚRIO, coreografia de Henrique Rodovalho, estreia com o bailarino Luiz Oliveira e a bailarina Irupé Sarmiento

 MERCÚRIO, coreografia de Henrique Rodovalho, estreia com o bailarino Luiz Oliveira e a bailarina Irupé Sarmiento



O trabalho tem como fio condutor o poema Fevereiro, da poeta portuguesa Matilde Campilho, e a estreia acontece dia 20 de outubro, no Teatro Viradalata, e depois segue em curta temporada no Teatro João Caetano







Luiz Oliveira e Irupé Sarmineto: encontros e desencontros em formas possíveis de amor. Foto: João Pacca

 

 

Sim, o mundo está absurdamente esquisito. Já ninguém confia nas imposições dos prefeitos, a esta hora na terra é um tanto carnaval, um tanto conspiração, um tanto medo. Metade fé, metade folia, metade desespero.”


Fevereiro é o poema de Matilde Campilho, poeta portuguesa, ponto de partida para esta criação idealizada pelo bailarino Luiz Oliveira. Partiu dele também o convite para Henrique Rodovalho coreografar MÉRCURIO, trabalho apresentado agora e que trata de encontros, de desencontros, de amor e de coragem. A estreia acontece dia 20 de outubro, às 20h, no Teatro VIradalata, em Perdizes. Em seguida, faz uma curta temporada no Teatro João Caetano, de 4 a 6 de novembro, de sexta a domingo.

“Eu fiquei muito feliz com o convite e me senti completamente envolvido com o projeto. Uma coisa que pensei de imediato foi trazer o poema falado para a obra. Como ele me atingiu, de alguma forma, imaginei que poderia atingir o público também”, diz o coreógrafo.

A voz da autora declamando Fevereiro percorre a coreografia em diferentes momentos. “Ela declamando foi muito revelador para mim, me fez ficar muito próximo das imagens e dos sentimentos que evoca”, completa Rodovalho.  A coreografia trata das diversas fases de uma relação, do amor, em um duo interpretado pelo próprio Luiz Oliveira e Irupé Sarmiento. 

A ideia do projeto, financiado pelo Governo do Estado de São Paulo, através da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, Programa de Ação Cultural/PROAC, surgiu a partir de um questionamento de Luiz Oliveira ainda durante a pandemia: “Como encontrar o ritmo quando tudo aparente, certo e fixo, sai do eixo?”. Em meio ao isolamento, o poema ecoou como um convite para a invenção de um novo lugar onde seu corpo desejasse estar e se mover. 


“Naquele momento, o poema se revelou um respiro em meio ao caos. Não há rimas, mas tudo se encaixa. Tive vontade de criar e de poder enxergar a possibilidade de um lugar não comum, onde amores são possíveis, onde o vento sopra no rosto, onde a beleza abraça e nos dá a possibilidade da esperança”, revela o bailarino e idealizador do projeto. “Hoje, nesse momento do País, parece que o poema nunca foi tão necessário. O projeto é um convite poético na busca de contatos ou olhares mais afetuosos”, completa.


Concepção, luz e cenário

Em uma de suas passagens, o poema apresenta a imagem dos antigos termômetros de vidro que, quando se quebram, o elemento químico mercúrio se multiplica e se espalha em várias formas e vários tamanhos. Para a autora, essa deve ser uma das cinco mil explicações para o amor.


MERCÚRIO não define uma única forma de amor entre duas pessoas, mas coloca a busca necessária de existência deste e as suas cinco mil explicações. Nesse sentido, Henrique Rodovalho procurou um lugar de intermediar o gesto e o movimento, a dança e as suas inúmeras formas de se multiplicarem, como o amor.

“A obra em cena, uma dança de corpos e de intenções múltiplas sobre uma relação de amor com suas leituras e possibilidades de existências, se revela pelos próprios intérpretes e também pelos olhos externos de quem observa e por vezes, se envolve”, afirma o coreógrafo.

A iluminação usa essa ideia de várias partes do mercúrio espalhadas em diferentes tamanhos e formas, que acompanham o deslocamento dos bailarinos pelo palco. 


As cores do figurino também remetem ao mercúrio: são opacas, que ora lembram prata, ora transitam na luz que reflete.  



Luiz Oliveira 

É bailarino e coreógrafo. Em 2014 entrou para o elenco do Balé da Cidade de São Paulo, sob direção de Iracity Cardoso, onde se encontra até hoje dançando obras de grandes coreógrafos nacionais e internacionais. Fez parte do elenco do Deanima Jovem no Rio de Janeiro, sob a direção de Richard Gragun. De 2011 a 2013, dançou no Projeto Mov_ola, de Alex Soares. Iniciou seus estudos em dança em Ribeirão Preto, sua cidade natal.


Irupé Sarmiento

Bailarina, professora e assistente de direção, já passou por companhias como São Paulo Companhia de Dança, Balé da Cidade de São Paulo e Staatstheater Augsburg, na Alemanha. Na Argentina, dançou no Ballet Taller Juvenil da Província de Salta, e foi solista no Ballet Contemporâno do Teatro General San Martín, em Buenos Aires. Como freelancer, dançou com Alex Soares, Luis Arrieta e Samuel Kavalerski.


Henrique Rodovalho

Coreógrafo e diretor artístico da Quasar Cia de Dança, é ganhador de prêmios nacionais e internacionais como o Prêmio Mambembe e o XXI Prêmio de Composição Coreográfica, no México. Como coreógrafo trabalhou para grandes companhias e profissionais de dança do Brasil e do mundo como o Balé da Cidade de São Paulo, São Paulo Companhia de Dança, Balé do Teatro Guaíra, Cia Sociedade Masculina, Discípulos do Ritmo, Cia de Dança Roda Viva, Rui Moreira, Flávia Tápias, Cia de Dança de Minas Gerais, o extinto Ballet da Fundação Gulbenkian, de Portugal, e Ballet Teatro del Spacio, do México, além do  um dos principais representantes da dança contemporânea mundial, o Nederlands Dans Theater, no ano de 2006.


FICHA TÉCNICA

Concepção: Luiz Oliveira
Coreógrafo: Henrique Rodovalho
Intérpretes Criadores: Luiz Oliveira e Irupé Sarmiento
Luz e Trilha sonora: Henrique Rodovalho
Operação de luz: Rossana Boccia
Figurinista: Bruna Fernandes
Artista visual: João Pacca

Assessoria de imprensa: Flavia Fontes
Produção executiva: Caroline Zitto
Produção administrativa: Leandro Flores
Produção geral: IVANGRA


SERVIÇO

 

Teatro Viradalata – 280 lugares

Rua Apinajés, 1387 – Sumaré.

Dia 20/10, quinta-feira, 20h.

Valor: R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (meia).

 

Teatro João Caetano

R. Borges Lagoa, 650 - Vila Clementino

Dias 4, 5 e 6 de novembro 

Sexta e sábado, 21h; domingo, 19h.

Gratuito.

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