[Crítica] Até os ossos
Sinopse:
Baseado no romance homônimo de Camille DeAngelis, acompanhamos Maren Yearly (Taylor Russell), uma jovem que quer as mesmas coisas que todos nós. Ela quer ser alguém que as pessoas admiram e respeitam. Quando sua mãe a abandona no dia seguinte ao seu aniversário de dezesseis anos, Maren vai à procura do pai que nunca conheceu e encontra muito mais do que esperava ao longo do caminho. O amor floresce entre uma jovem à margem da sociedade e um vagabundo marginalizado (Timothée Chalamet) enquanto eles embarcam em uma odisseia de 3.000 milhas pelas estradas secundárias da América. No entanto, apesar de seus melhores esforços, todos os caminhos levam de volta a seus passados aterrorizantes e a uma posição final que determinará se o amor deles pode sobreviver às diferenças.
O quê eu achei?
Dirigido pelo mesmo diretor de Me chame pelo seu nome e do remake de Suspiria,Luca Guadagnino,essa produção totalmente fora do circuito comercial começa apresentando Maren (Taylor Russell,das séries Strange Empire e Falling Skies,além do remake de Perdidos no Espaço)uma adolescente que morava apenas com o pai(sua mãe a havia abandonado alguns anos antes e a garota nem sabia se a mãe ainda estava viva). Tudo ocorre normalmente até o dia em que ela morde,arranca e devora o dedo de uma colega de classe enquanto dormia na casa dela.Seu pai revela que ela faz parte de uma linhagem de humanos canibais conhecidos como Devoradores-assim como a mãe dela era-e que ela não pode confiar em ninguém.
Porém,Maren acaba conhecendo Sully(Mark Rylance) um Devorador que guarda uma trança com mechas de cabelos de suas vítimas e é demasiado carente.Ela faz amizade com ele e com um outro Devorador de sua idade, Lee(Timotheé Chalamet) e eles embarcam em uma aventura para descobrir o que aconteceu com a mãe dela-se é que ela ainda está viva.No caminho, eles terão que enfrentar terrores de seus passados.
Apesar do tema pesado de canibalismo,Até os ossos também é uma história sobre dois jovens marginalizados e rejeitados pela sociedade que se encontram um no outro e estão tentando encontrar seu lugar no mundo.O roteiro de David Kajgasnich (que havia trabalhado com o diretor em A bigger splash e Suspiria) é o mais volúvel.
E não se engane:o canibalismo nunca é romantizado-pelo contrário,ele serve de metáfora para vícios como álcool e drogas-e como ele pode afetar pessoas dos mais diferentes backgrounds.Também alerta para o perigo que é ignorarmos e abandonarmos esses indivíduos, que não resolverá o problema,apenas o piorará.É um filme mediano mas curioso, que merece ser conferido por sua originalidade.
Ele foi o filme de encerramento da 46 Mostra de Cinema de São Paulo e o diretor foi vencedor do Leão de Prata de Veneza com ele.Estreia nos cinemas brasileiros dia 1 de dezembro.
Trailer:
Nenhum comentário