[Crítica] Breve História do Planeta Verde

Sinopse: Levemente surpresa e relativamente despreocupada com a descoberta de que sua avó passou os últimos anos de vida como cuidadora de um alienígena roxo de olhos pretos, Tania, uma mulher trans, embarca com seus amigos numa jornada por uma pequena cidade argentina. Juntos vão enfrentar seus próprios vazios emocionais ao tentar levar a criatura de volta ao local de origem.

O que achei? Coprodução entre Argentina e Brasil, o longa dirigido e roteirizado por Santiago Loza é uma mistura de road movie e ficção científica. Tania (interpretada por Romina Escobar), Daniela (Paula Grinszpan) e Pedro (Luis Soda) fazem uma viagem para devolver um ET que a falecida avó de Tania cuidou por anos. O grupo de amigos representa diferentes comunidades da sociedade: Tania é uma mulher trans, Pedro é homossexual e Daniela é heterossexual.

A história do filme poderia beirar o fantástico, mas isso é apagado pela falta de surpresa e choque do grupo de amigos diante da descoberta de uma vida alienígena escondida na casa da avó de Tania e pela missão que recebem. Dá a impressão que os personagens são tão anestesiados pela vida que nada mais os surpreendem.

Tanto os personagens principais quanto os coadjuvantes são desprovidos de complexidade e profundidade e os misteriosos seres pintados de preto e com cabeças em formato de cone são desconexos, não se entende muito do motivo da presença deles em algumas partes da jornada.

O filme tem um ponto forte que é não mostrar os personagens de forma caricata. A conexão de Tania com o alienígena lembra do filme ET de Steven Spielberg e a conexão que o personagem Elliot tinha com o ET, retratado nas situações em que Tania fica doente ao longo da viagem.

Vencedor do Teddy de 2019, o prêmio de filmes de temática LGBT do Festival Berlim, Breve História do Planeta Verde estreia nos cinemas brasileiros no dia 01 de dezembro, com lançamento da Embaúba Filmes.

Trailer:  


 Escrito por Michelle Araújo Silva

 


 

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