[News] Cinemateca Brasileira celebra o centenário de Ozualdo Candeias e mostra filmes escolhidos por Luis Fernando Veríssimo
100 ANOS DE OZUADO CANDEIAS
Marginal entre marginais, Ozualdo Candeias é dono de uma das mais ousadas e subestimadas obras do cinema brasileiro. Sempre na contracorrente (mesmo da contracorrente), tem como seu longa-metragem de estreia um filme poético e transgressor em um momento de forte repressão política: A margem (1967). É desse título que deriva o nome do movimento ao qual o cineasta seria associado, o Cinema Marginal produzido na Boca do Lixo do centro de São Paulo.
Suas histórias seguem personagens escanteados pela sociedade. Mulheres que se prostituem para chegar à cidade grande (Aopção ou as rosas da estrada, 1981), um jovem explorado em sua busca de dinheiro e fama (Zézero, 1974), uma pessoa com deficiência mental à procura de Jesus Cristo (O Candinho, 1976). Sua linguagem é a da precariedade, recusando-se a usar rebatedores de luz e, sem dinheiro para a pós-produção, dublando atores com sons de animais.
Ferrenho defensor do cinema nacional e contra as fórmulas comerciais – sobretudo americanas –, trouxe o faroeste para o lado de baixo do equador (Meu nome é Tonho, 1969), além de adaptar Hamlet para o Brasil rural (A herança, 1970). Revela, assim, brasis múltiplos, desiguais, violentos.
Celebrando os 100 anos de seu nascimento, a Cinemateca Brasileira exibe os principais títulos do cineasta que imprimiu imagens marginais em uma obra provocadora e de grande fôlego.
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CARTA BRANCA À LUIS FERNANDO VERISSIMO
A Cinemateca Brasileira deu carta branca ao escritor Luis Fernando Verissimo, para a escolha de filmes de sua preferência a serem exibidos na instituição. O autor de O Clube do Picadinho, um de seus livros mais lidos, recentemente adaptado para o cinema e em cartaz em várias salas de São Paulo, selecionou clássicos como O Sol por Testemunha (1960), longa de René Clément; Apocalipse Now (1979), dirigido por Francis Ford Coppola; Gunga Din (1939) de George Stevens e Janela Indiscreta, de Alfred Hitchcock, além dos brasileiros Eu Tu Eles, de Andrucha Waddington e um filme surpresa.
Os títulos escolhidos por Luis Fernando Veríssimo terão exibição digital, na Sala Oscarito.
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De 08 a 11 de dezembro, domingo, às 20h
Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 207 – Vila Mariana
Horário de funcionamento
Espaços públicos: de segunda a segunda, das 08 às 18h
Salas de cinema: conforme a grade de programação.
Biblioteca: de segunda a sexta, das 10h às 17h, exceto feriados
Sala Grande Otelo (210 lugares + 04 assentos para cadeirantes)
Sala Oscarito (104 lugares)
Retirada de ingresso 1h antes do início da sessão
CINEMATECA BRASILEIRA
A Cinemateca Brasileira, maior acervo de filmes da América do Sul e membro pioneiro da Federação Internacional de Arquivo de Filmes – FIAF, foi inaugurada em 1949 como Filmoteca do Museu de Arte Moderna de São Paulo, tornando-se Cinemateca Brasileira em 1956, sob o comando do seu idealizador, conservador-chefe e diretor Paulo Emílio Sales Gomes. Compõem o cerne da sua missão a preservação das obras audiovisuais brasileiras e a difusão da cultura cinematográfica. Desde 2022, a instituição é gerida pela Sociedade Amigos da Cinemateca, entidade criada em 1962, e que recentemente foi qualificada como Organização Social.
O acervo da Cinemateca Brasileira compreende mais de 40 mil títulos e um vasto acervo documental (textuais, fotográficos e iconográficos) sobre a produção, difusão, exibição, crítica e preservação cinematográfica, além de um patrimônio informacional online dos 120 anos da produção nacional. Alguns recortes de suas coleções, como a Vera Cruz, a Atlântida, obras do período silencioso, além do acervo jornalístico e de telenovelas da TV Tupi de São Paulo, estão disponíveis no Banco de Conteúdos Culturais para acesso público.
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