Mesmo após 40 anos de sua morte, ocorrida em 23 de novembro de 1982, Adoniran Barbosa continua a ser lembrado como um dos principais sambistas do Brasil. Para homenageá-lo nestas quatro décadas de saudade, a Warner Music Brasil lança nas plataformas digitais em 2 de dezembro, Dia Nacional do Samba, o álbum “Raridades”, com gravações do cantor e compositor que estavam há décadas fora de catálogo. Produzida pelo jornalista Renato Vieira, a compilação resgata faixas que foram incluídas em compactos simples lançados por diversas gravadoras e em antigos discos de 78 rotações. “Raridades” recupera as primeiras gravações dos clássicos “Saudosa Maloca”, “Samba do Arnesto” e “Acende o Candieiro”, além de uma versão de “Bom Dia, Tristeza”, parceria de Adoniran e Vinicius de Moraes, gravada ao lado do cantor Wilson Miranda. Faixas que permanecem pouco conhecidas agora podem conquistar maior atenção. É o caso de “Praça da Sé”, gravada por Adoniran em um compacto lançado pela gravadora Continental, em 1978, na qual o artista relata sua percepção sobre as mudanças pelas quais a praça havia passado nos últimos anos, como a construção da Estação Sé do metrô. Já “Nego Serafim”, lado B elogiado por fãs e estudiosos de Adoniran, ganha sua primeira reedição desde que foi lançada em um compacto simples da EMI-Odeon em 1976. Vale mencionar duas faixas curiosas presentes em “Raridades”. Registrada em 1936, “Agora Pode Chorar” foi a primeira gravação oficial de Adoniran. E “Nós Viemos Aqui Pra Quê?” foi inspirada em um célebre comercial de cerveja protagonizado pelo artista que gerou o famoso bordão “nós viemos aqui pra beber ou pra conversar?”. |
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