[Crítica] Nunca Mais Serei a Mesma
Sinopse: Lorena, Brandy, Ana e Cecília nunca se encontraram, mas suas histórias sim. Elas têm distintas idades, origens e cores da pele, mas todas são mulheres latino-americanas que foram afetadas pela violência. Nunca Mais Serei a Mesma é um longa documentário que conta histórias de vulnerabilidade e força, vividas no México, Honduras, Brasil e Argentina. Histórias que, com todos os seus contrastes, dialogam e rimam entre si.
O que achei? Nunca Mais Serei a Mesma, dirigido por Alice Lanari, conta as histórias de vida de quatro mulheres latino-americanas - Fatima, Brandy, Ana e Cecília – que apesar de viverem em países diferentes e terem diferentes experiências e backgrounds, elas tem em comum as violências, discriminação, opressão e traumas que infelizmente atingem mulheres em todo o mundo.
Temas como racismo, violência obstetrícia, abandono parental, misoginia e assédio sexual são presentes no documentário e nas vidas dessas mulheres. O longa foca nessas quatro mulheres, mas a experiências delas e a opressão que sofrem é algo universal, que toda mulher se identifica.
O documentário mostra as complexidades de cada mulher retratada, o contexto e experiências que afetaram suas vidas e o que elas fazem para lidar com isso e como elas procuram mudar para quebrar esse ciclo.
O que mais me chamou a atenção foi Ana, mulher negra da periferia, que confessa ter medo de perder o filho nas mãos da polícia, ensinando-o como se portar para não se tornar alvo da violência policial que mata vidas negras nas comunidades, que o ensina a ser um homem melhor para quebrar o ciclo de abandono parental que ela sofreu.
Nunca Mais Serei a Mesma é sobre a luta diária dessas mulheres que buscam dignidade, respeito, direito à vida e a liberdade sobre seus próprios corpos e vidas, sobre o que as unem apesar de viverem em países diferentes.
Nunca Mais Serei a Mesma estreou no dia 1º de dezembro no Rio de Janeiro e estreará nas próximas semanas em outras cidades.
Trailer:
Escrito por Michelle Araújo Silva
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