[Crítica] Sol
Sinopse: Um pai recém-separado, que não consegue se reconectar com a filha de dez anos, é obrigado a viajar com ela para o interior do país em busca do próprio pai que o abandonou quando criança e agora quer morrer. O convívio forçado com o pai que ele odeia e a imediata conexão de sua filha com o avô testa todos os seus limites, mas lhe dá a chance de se reaproximar da filha.
O que achei? Dirigido e roteirizado por Lô Politi, Sol é um road movie que gira em torno da trama familiar entre Theo (interpretado por Rômulo Braga), sua filha Duda (interpretada por Malu Landim) e o pai de Theo, Theodoro (interpretado por Everaldo Pontes), cuja saúde física e mental estão fragilizadas, principalmente após a morte de Solange, sua esposa.
O longa peca pela falta de tramas mais complexas e conflitos mais profundos que poderia contribuir mais as dificuldades de relacionamento e interação entre pai, filha e avô. Os conflitos emocionais dos personagens são superficiais assim como eles reagem a esses conflitos.
O filme perdeu uma oportunidade de trabalhar os personagens por pertencer a gerações diferentes, as personalidades opostas de Theo e Duda e aprofundar mais no distanciamento de Theo e seu pai, em direção à um sentido de conclusão em relação aos anos de abandono.
O único destaque do filme vai para as atuações de Braga e Pontes que carregam toda a narrativa do longa.
Sol, que estreou na Mostra de Cinema em São Paulo em 2021 e que também foi exibido no Festival do Rio, de onde saiu com o prêmio de atuação para Rômulo Braga, é produzido por Muiraquitã Filmes e Dramática Filmes, e a distribuído pela Paris Filmes, estreia nos cinemas brasileiros no dia 8 de dezembro.
Trailer:
Escrito por Michelle Araújo Silva
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