[News] O CASAMENTO, primeiro filme de ficção de Maíra Bühler, é o vencedor do Punto Género DAC, no Ventan Sur

 

O CASAMENTO, primeiro filme de ficção de Maíra Bühler, conhecida com diretora dos documentários Diz a Ela que Me Viu Chorar, A Vida Privada dos Hipopótamos e Elevado 3.5 é o vencedor do Punto Género DAC, no Ventan Sur, um dos principais eventos de mercado cinematográfico latino-americano. O prêmio é o primeiro espaço criado num mercado de cinema com o propósito de viabilizar e fomentar produções de mulheres e pessoas não-binárias da América Latina.


Livremente inspirado em fatos reais, o filme se passa no início dos anos 1950 e conta a história do polêmico casamento entre um homem branco e uma mulher indígena, que se tornou um dos maiores espetáculos midiáticos da década.


Em maio passado, o filme também foi contemplado pela  Hubert Bals Fund, que é um fundo curatorial, ligado ao Festival de Roterdã, dedicado a apoiar cineastas da América Latina, África, Ásia, Oriente Médio e de diversas partes da Europa em qualquer fase de produção – do desenvolvimento do roteiro à pós-produção. A fundação é uma das mais importantes apoiadoras do cinema independente no mundo, o que traz ainda mais reconhecimento o projeto.


A Abrolhos Filmes tem em seu currículo filmes como “Chico Rei Entre Nós” (Joyce Prado, 2020), vencedor do Prêmio do Público de Melhor Documentário Brasileiro e Menção Honrosa do Júri na 44a Mostra Internacional de São Paulo. E assinou como produtora associada longas como o premiado “Call Me By Your Name” (Luca Guadagnino, 2017), vencedor do Oscar de melhor roteiro adaptado; “A Ciambra” (Jonas Carpignano, 2017), que estreou na 70ª edição do Festival de Cannes; e “Patti Cake$” (Geremy Jasper, 2017), selecionado para o Festival de Sundance (2017).


O CASAMENTO é uma produção da Abrolhos Filmes, e deverá ser filmado em 2024.


Ponto de vista direção

"O Casamento” conta a história de uma personagem indígena que tem como objetivo tornar-se uma grande chefe, “pacificar os brancos” e minimizar os efeitos violentos do contato para seu povo, mas que, no meio do caminho, é capturada por um “reality show” e fica presa num padrão de consumo, família, beleza e gênero. Em seu primeiro longa metragem ficcional, Maíra Bühler faz uma reflexão sobre a intrincada relação entre ficção e realidade e acerca da manipulação e fabricação de histórias catárticas. Reflete também a respeito da expansão das fronteiras capitalistas em direção às terras indígenas e o genocídio ao qual as sociedades nativas foram submetidas em todos os continentes. Apesar de situada nos anos 50, a história é atual e é uma provocação ao mundo ao qual até hoje pertencemos.


Sobre a Abrolhos Filmes

Fundada em 2014 por André Sobral em São Paulo (Brasil), a Abrolhos Filmes é uma produtora audiovisual que realiza filmes com temáticas e universos locais que explicitam questões globais. A marca da produtora é aliar excelência artística com alcance de público. Faz longas, séries e conteúdos para TV e plataformas.


Entre seus trabalhos produziu o longa-metragem documentário Chico Rei Entre Nós (Joyce Prado, 2020), vencedor do Prêmio do Público de Melhor Documentário Brasileiro e Menção Honrosa do Júri na 44a Mostra Internacional de São Paulo. É Produtora Associada dos longas Call Me By Your Name (Luca Guadagnino, 2017), vencedor do Oscar de melhor roteiro adaptado no 90th Academy Awards; A Ciambra (Jonas Carpignano, 2017), que estreou na 70ª edição do Festival de Cannes; e Patti Cake$ (Geremy Jasper, 2017), selecionado para o Festival de Sundance (2017).


Sobre Maíra Bühler

Maíra Bühler é uma cineasta brasileira que já dirigiu quatro documentários. O mais recente deles, Diz a Ela Que Me Viu Chorar (2019), estreou no True/False Festival nos EUA, e recebeu o prêmio de Melhor Filme na mostra competitiva internacional do Olhar de Cinema; o de Melhor Filme no Festival Internacional de Cinema do Urugay; o  Prêmio Especial do Júri, no Festival de Cinema de Havana, o Library Prize no CinémaDu Réel; entre outros. Ela também dirigiu  “A vida privada dos Hipopótamos” (2014), que estreou no FiD- Marseille International Documentary Festival, e ganhou o prêmio de montagem, no Festival do Rio, e o Prêmio da Crítica, no Cine Ceará e Elevado 3.5 (2007), ganhador de melhor longa brasileiro do festival É Tudo Verdade. Como roteirista, seu trabalho mais recente é Cidade Pássaro, dirigido por Matias Mariani, que estreou na mostra Panorama, no Festival de Berlim. O CASAMENTO será seu primeiro longa de ficção.






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