[News]"Marulhada", série de animação infantil do projeto Ilhas do Rio estreia no Canal Futura em janeiro

 “MARULHADA”, SÉRIE DE ANIMAÇÃO INFANTIL DO PROJETO ILHAS DO RIO, 

ESTREIA NO CANAL FUTURA EM JANEIRO





 

Série voltada para educação ambiental entra na programação do canal como interprograma e fica disponível pelo Globo Play. 

 

Em 2023, a série animada “Marulhada” chega à TV para todo o país através do Canal Futura (Globosat) e, também, para assinantes da plataforma Globo Play. Desenvolvida pelo Projeto Ilhas do Rio como ferramenta de conscientização ambiental infantil, a animação será exibida, a partir de 1º de janeiro, durante toda a programação do canal em formato de interprograma. A série mostra as aventuras da baleia Ju e seus amigos em busca de um lugar ideal para todos. No trajeto, eles descobrem curiosidades sobre a vida no oceano e o impacto ambiental causado pelos humanos.

 

Roteirizada por Gabriella Mancinni e dirigida por Felipe Grosso, do estúdio de animação Cabong, a série, composta por quatro episódios (de aproximadamente 3m cada), contou com a colaboração de importantes pesquisadores e educadores ambientais na criação e revisão de seu conteúdo. “Foi bastante desafiador produzir uma série de animação com tanta informação sobre o ambiente marinho de uma maneira fluida e compreensível para as crianças”, afirma a Dra. Aline Aguiar, responsável técnica pelo Projeto Ilhas do Rio e idealizadora da série de animação. “Os diálogos dos personagens, os cenários, e até as piadas foram pensados de maneira a passar informações sobre o nosso oceano”, revela.

 

Para Aline, “Marulhada” é muito mais que uma animação: é um conjunto de ações para conscientizar as pessoas sobre o oceano de forma lúdica e ao mesmo tempo informativa. A série já vem sendo utilizada em algumas escolas, inclusive no exterior, já que os episódios contam com tradução em libras, audiodescrição e legendas em português e inglês. Por isso, chegar a um canal como o Futura, com tamanha abrangência, é mais uma grande vitória para o projeto. “Exibir a série na televisão traz um potencial enorme para ampliar e levar para muito mais espectadores a mensagem sobre a importância do oceano, mostrando também como nossas ações impactam diretamente esse ambiente e a própria humanidade. E enxergamos o Futura como o veículo mais que perfeito para essa empreitada na TV, uma vez que o canal também tem no seu DNA o compromisso com a educação, a cultura, a comunicação e a sociedade”, comemora Aline. 


Ricardo Cardoso, coordenador de programação do canal, corrobora. "Uma das premissas da programação infantil do Canal Futura é o protagonismo da criança em discussões de grande relevância em nossa sociedade e no mundo. "Marulhada" desperta o público para a importância da conservação do meio ambiente e os impactos que podem trazer, se algo não for feito para mudar a atual realidade", diz.

 

“Marulhada”, narra a história da baleia Ju, a protagonista adolescente que faz sua primeira viagem sem a mãe, saindo da região subantártica à procura de um lugar mais quente e de outras jubartes. Ela conta com a companhia de seus melhores amigos: a polvo ranzinza e genial Mol, que encontra defeito em todos os lugares; o medroso cavalo-marinho Marinho, que não acha nenhum local seguro, pois morre de medo de ser extinto; e o Fraga, uma fragata apaixonada pelas Ilhas Cagarras. Ao longo do trajeto, a turma passa por diversas aventuras trazendo informações sobre conservação marinha de uma forma divertida e atraente. 


A animação faz parte do material produzido para as atividades de educação ambiental e de comunicação do Projeto Ilhas do Rio, realizado pelo Instituto Mar Adentro sob curadoria técnica do WWF-Brasil, e conta com os mantenedores Associação IEP e JGP, e patrocínio master Credit Suisse. Para auxiliar os professores que a utilizam em sala de aula, o projeto também disponibiliza gratuitamente o Guia Didático Marulhada, que traz sugestões de atividades multidisciplinares sobre os temas abordados na série, como uma ferramenta de ensino.

 

Sinopse geral: 

Acompanhada da polvo cientista Mol, do medroso cavalo-marinho Marinho e do Fraga, uma fragata esperta, a animada baleia Ju faz sua primeira viagem migratória sem a mãe. A cada episódio, eles buscam o lugar ideal para todos. No trajeto, descobrem curiosidades sobre a vida no oceano e o impacto ambiental causado pelos humanos.


Sinopse dos episódios:

Ep. 1 "O lugar perfeito"

Os amigos Marinho, Mol, Fraga e Ju procuram o lugar ideal para os quatro, com as melhores condições de alimentação, temperatura, oxigênio e segurança. Depois de passarem aperto na praia, no mar aberto e nos recifes de coral, percebem que o melhor é continuar migrando... No plantão da Mol, o significado do branqueamento de corais.

 

Ep. 2 "Um mar de lixo"

Fraga quase engole uma sacola plástica, confundindo com comida. A turma resolve investigar como tanto lixo vai parar no oceano e pensa em soluções. No fim, resolve migrar em busca de um lugar mais limpo.

No plantão da Mol, aprendemos sobre a importância do oceano e como estamos todos conectados.

 

Episódio 3 - "Uma Fragata Diferentona" 

Fraga sofre bullying de outras fragatas ao ser visto carregando o ovo nas costas, sem a presença da fêmea. Os amigos aparecem prontos para defendê-lo e para celebrar as diferenças. No plantão da Mol, a polvo explica sobre cuidados parentais nas aves marinhas. A turma ao final decide migrar, pois Fraga não quer criar seu filhote em meio a tantos bichos caretas.

 

Episódio 4 - "Visitante Indesejável"

Ju e Marinho tentam adivinhar o que houve com Mol, que está mudando de cor. Descobrem que é assim que a polvo se comporta quando está dormindo. O motivo do sonho - quer dizer, pesadelo - é a proximidade do peixe-leão, um terrível predador de fora do pedaço. No plantão da Mol, os amigos aprendem sobre as espécies exóticas invasoras e as consequências de sua chegada. Por dentro do perigo que correm, resolvem migrar assim que percebem que um peixe-leão vem se aproximando.

 

SOBRE O ESTÚDIO, DIRETOR E ROTEIRISTA:

 

Cabong Studios - Empresa de animação 2D totalmente apaixonada por animação. Desde seu início, executou trabalhos publicitários, institucionais, infantis e autorais, além de prestação de serviço de animação para longas metragens e séries de TV. No portfólio, consta prestação de serviço de produção para diferentes séries animadas do Brasil e de outros países, além do desenvolvimento de séries autorais como, “Planetorama” e “#partiuBrasil”, que estrearam na TV em 2017. Atualmente, estão em produção as séries autorais “O Morto Mundo de George” e “A Lenda da Garota”. 

 

Felipe Grosso é formado em Desenho Industrial pela UFPR (2004). Desde a infância, se interessou por animação, fazendo pequenos curtas em stop motion com massinha, animações no papel e no computador, como diversão.  Trabalhou com direção de arte e design de produto em agências de publicidade e de design. Em seguida, participou da produção do curta “Pax” e do longa-metragem “Brichos”, como assistente de animação e direção. Logo depois, ingressou numa grande editora, onde trabalhou em diversas produções como animador e ilustrador.  Em 2008, fundou, junto com Fábio Vianna e Odirlei Seixas, o estúdio de animação Cabong Studios. Atualmente, atua como Diretor de criação, de Arte e de Animação, Roteirista no desenvolvimento de séries próprias. 

 

Gabriella Mancini - Gabriella Mancini é roteirista de cinema e TV, formada em Roteiro no Curso Regular da EICTV, Escuela Internacional de Cine y Televisión de Cuba (2005- 2007). Por mais de cinco anos, foi coordenadora de roteiros na Conspiração Filmes (RJ), onde desenvolveu projetos de animação e live action para adultos e crianças. Além de escrever para diversas produtoras, presta consultoria sobre o tema. Ganhou prêmios importantes como roteirista, como a Bolsa da Fundación Carolina (2008), em Madri. Foi repórter do suplemento infantil Folhinha (Folha de S. Paulo). Escreveu o livro infantil “Na Rua da Aquarela” (2011, ed. Girafinha). Como boa mineira, é apaixonada pelo mar. Para saber mais sobre seu trabalho, visite www.gabriellamancini.com.br 

 

PROJETO ILHAS DO RIO/HISTÓRICO 

Ilhas do Rio: um projeto de pesquisa científica e educação ambiental para conservação marinha! 

 

Há mais de uma década, o Projeto Ilhas do Rio iniciou suas atividades no MONA Cagarras, Unidade de Conservação (UC) situada no Rio de Janeiro, registrando mais de 650 espécies de animais e plantas, entre elas, algumas raras, endêmicas e inéditas para a ciência. Recentemente, as Ilhas Cagarras e Águas do Entorno receberam o título de Hope Spot (Ponto de Esperança). Esse importante reconhecimento é dado pela Mission Blue, uma aliança internacional liderada pela dama da conservação marinha, Dra. Sylvia Earle. Os Hope Spots são locais cientificamente considerados como estratégicos para a saúde do oceano e as importantes descobertas realizadas pelo Projeto permitiram essa conquista.

 

O pioneirismo do projeto possibilitou descobertas preciosas, como, uma espécie de perereca endêmica, que só existe ali; uma espécie de árvore, a Gymnanthes nervosa, que não era encontrada no município desde 1940. Também foram catalogadas esponjas-do-mar com propriedades medicinais, como a Petromica citrina (ou esponja-dourada), e outras ameaçadas, como a esponja-carioca Latrunculia janeirensis, uma das espécies marinhas que consta na categoria Vulnerável do Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, publicado pelo ICMBio (2018). Para completar, pesquisadores descobriram um sítio arqueológico Tupiguarani na Ilha Redonda, onde também foram contabilizadas mais de cinco mil fragatas, tornando oficialmente o MONA Cagarras um dos maiores ninhais da espécie do Atlântico do Sul.

 

Uma das principais missões do projeto é subsidiar órgãos tomadores de decisão com dados científicos, produzidos com suas pesquisas, para criação de políticas públicas de conservação ambiental para o litoral carioca.

 

Dentre as pesquisas do projeto, destacam-se o monitoramento a longo prazo de baleias, golfinhos, tartarugas e peixes. A pesquisa inédita para diagnóstico da mastofauna terrestre (mamíferos), tanto nativa quanto exótica, como roedores e morcegos. Outra pesquisa inédita para a região é o reflorestamento da Ilha Comprida, com a retirada do capim-colonião, espécie invasora, e replantio de espécies nativas. Desde 2014, já foram plantadas mais de 350 mudas de quatro espécies nativas. A aroeira (Schinus terebinthifolius) é a espécie que apresentou melhor resultado até hoje, crescendo como árvores de até 3 metros e com presença de frutos. A sombra das árvores impede o crescimento do capim dando oportunidade para as sementes das plantas nativas germinarem e crescerem naturalmente no local.

 

Além da pesquisa científica, o Projeto Ilhas do Rio atua em outras duas frentes: a educação ambiental e a mobilização social. Ambas têm como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância da preservação ambiental, e sensibilizá-la quanto à problemática da poluição no mar e seu impacto na vida marinha. Além de promover seu engajamento no apoio às medidas de conservação, turismo consciente e uso sustentável da Unidade de Conservação e seu entorno. 

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