[Crítica] Nossa Senhora do Nilo
Sinopse: Ruanda, 1973. Nossa Senhora do Nilo é um conceituado colégio interno católico situado no alto de uma colina, onde garotas são preparadas para pertencer à elite ruandense. Com a proximidade da formatura, essas meninas, sejam elas hutu ou tutsi, compartilham o mesmo dormitório e dividem sonhos e preocupações. Mas em todo o país, assim como dentro da escola, antagonismos profundos ecoam, mudando a vida dessas jovens — e de toda a nação — para sempre. Imagens de um simbolismo profundo fazem alusão à violência genocida que em 1994 tomaria conta de todo o país.
O que achei? Longa adaptado do livro da escritora tutsi Scholastique Mukasonga e dirigido por Atiq Rahimi, Nossa Senhora do Nilo mostra as vidas das garotas da elite de Ruanda que vivem no colégio interno católico de mesmo nome no ano de 1973, isoladas do mundo e que não sabem dos eventos que estavam acontecendo no país até que a realidade dos conflitos entre os hutus e os tutsis – que culminou em um dos piores genocídios da história no ano de 1994 - chegam ao colégio.
O filme mostra a divisão das garotas que convivem juntas por meses nesse colégio, criando laços entre si, como um reflexo de uma situação que ocorre fora daquele isolamento, mas que acabam afetando esses laços.
É também um filme que mostra a passagem dessas meninas à vida adulta em meio à uma sociedade conservadora e opressora. As garotas do colégio possuem uma certa ingenuidade quanto ao genocídio, como se esse evento trágico fosse algo distante de seus cotidianos, apesar do conflito étnico ter se infiltrado nesse cotidiano.
Nossa Senhora do Nilo é bonito visualmente e tem cenas que mostram uma certa aura de inocência das personagens, o que faz com que estar por vir ainda mais chocante. O que é interessante que a história do filme é contada do ponto de vista dos ruandeses e não do ponto de vista eurocêntrico ou norte-americano.
Nossa Senhora do Nilo foi premiado no Festival de Berlim de 2020 com o Urso de Cristal da mostra Generation 14plus e estreia nos cinemas no dia cinco de dezembro, lançado pela Pandora Filmes.
O que achei? Longa adaptado do livro da escritora tutsi Scholastique Mukasonga e dirigido por Atiq Rahimi, Nossa Senhora do Nilo mostra as vidas das garotas da elite de Ruanda que vivem no colégio interno católico de mesmo nome no ano de 1973, isoladas do mundo e que não sabem dos eventos que estavam acontecendo no país até que a realidade dos conflitos entre os hutus e os tutsis – que culminou em um dos piores genocídios da história no ano de 1994 - chegam ao colégio.
O filme mostra a divisão das garotas que convivem juntas por meses nesse colégio, criando laços entre si, como um reflexo de uma situação que ocorre fora daquele isolamento, mas que acabam afetando esses laços.
É também um filme que mostra a passagem dessas meninas à vida adulta em meio à uma sociedade conservadora e opressora. As garotas do colégio possuem uma certa ingenuidade quanto ao genocídio, como se esse evento trágico fosse algo distante de seus cotidianos, apesar do conflito étnico ter se infiltrado nesse cotidiano.
Nossa Senhora do Nilo é bonito visualmente e tem cenas que mostram uma certa aura de inocência das personagens, o que faz com que estar por vir ainda mais chocante. O que é interessante que a história do filme é contada do ponto de vista dos ruandeses e não do ponto de vista eurocêntrico ou norte-americano.
Nossa Senhora do Nilo foi premiado no Festival de Berlim de 2020 com o Urso de Cristal da mostra Generation 14plus e estreia nos cinemas no dia cinco de dezembro, lançado pela Pandora Filmes.
Trailer:
Escrito por Michelle Araújo Silva
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