[Crítica] Tár

 

 Sinopse:

Tendo alcançado uma carreira invejável com a qual poucos poderiam sonhar, a renomada maestrina/compositora Lydia Tár (Cate Blanchett), a primeira diretora musical feminina da Filarmônica de Berlim, está no topo do mundo. Como regente, Lydia não apenas orquestra, mas também manipula. Como uma pioneira, a virtuosa apaixonada lidera o caminho na indústria da música clássica dominada por homens. Além disso, Lydia se prepara para o lançamento de suas memórias enquanto concilia trabalho e família. Ela também está disposta a enfrentar um de seus desafios mais significativos: uma gravação ao vivo da Sinfonia nº 5 de Gustav Mahler. No entanto, forças que nem mesmo ela pode controlar lentamente destroem a elaborada fachada de Lydia, revelando segredos sujos e a natureza corrosiva do poder. E se a vida derrubar Lydia de seu pedestal?


                            O quê eu achei?

O diretor Todd Field(de Entre Quatro Paredes e Pecados Íntimos)apresenta a história da maestrina Lydia Tár(que não foi baseada em uma pessoa real), a primeira mulher a se tornar regente da Orquestra Filarmônica de Berlim, com uma carreira invejável.Ela é uma mulher lésbica, casada com Sharon(Nina Hoss)e elas moram na capital alemã com uma filha adotiva,Petra(Mila Bogojevic). 

Enquanto se prepara para lançar um livro de memórias e a gravação de uma sinfonia de Mahler, ela acaba sendo acusada de contribuir para o suicídio da artista Krista Taylor(Sylvia Flote)devido à uma série de e-mails. E é a partir daí que vamos conhecendo o lado sombrio de Lydia: narcisista,controlador e abusivo.

Em uma sociedade que tanto se discute a cultura do cancelamento,o filme aborda a questão:é possível separar obra do artista?Podemos continuar consumindo a arte de alguém que foi provado ser nocivo?

A construção da sensação de angústia é muito bem-feita e embora tenha alguns momentos um tanto monótonos,Tár é uma obra com uma personagem fascinante: enigmática, que de alguma forma sempre encontra um jeito de manipular a situação a seu favor.É insinuado que ela tem um relacionamento com a assistente Francesca(Noémie Merlant, de Retrato de uma mulher em chamas. Não é à toa que Cate Blanchett foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz pelo papel.Vale a pena esperar as duas horas e meias de duração para ver seu talento.


                           Trailer:







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