[Crítica] Morte a Pinochet

 
Sinopse: Chile. Em setembro de 1986, um grupo de jovens tinha nas mãos a oportunidade de mudar o destino de um país: acabar com a ditadura de Pinochet matando-o. Enquanto o Chile vivia uma das ditaduras mais cruéis de Augusto Pinochet, poucos ousados consideravam o impossível: matar o tirano. O professor de educação física Ramiro, a psicóloga Tamara, e Sasha, nascida na favela, marcam o ataque armado para uma tarde de domingo em 1986. Ramiro, ex-professor de educação física que se dedicou à luta armada, esquecendo-se das relações pessoais; Sacha, um jovem humilde das favelas de Santiago, um entusiasta do futebol, sem formação política, e Tamara, uma psicóloga atraente que deixou uma família de classe alta para viver na clandestinidade e se tornou a única mulher com posto de comandante na Frente Patriótica: todos eles têm um objetivo comum - matar Pinochet. Baseado na história real de um ataque fracassado lançado por um braço armado do Partido Comunista Chileno.

O que achei? Dirigido por Juan Ignacio Sabatini e baseado em eventos reais de um ataque fracassado por um braço do Partido Comunista Chileno, um grupo de homens e mulheres partem para matar Pinochet quinze anos após a ditadura do mesmo. Essa história se passa dois anos antes dos acontecimentos narrados no filme “No”, filme de Pablo Larraín lançado em 2012.

Morte a Pinochet é um suspense político que conta o último recurso de livrar o Chile de uma ditadura brutal e mostra as consequências que esse grupo sofreu por tentar realizar um plano tão desesperado.

As atuações dos protagonistas são boas e humanizam os personagens mostrando que eles não são apenas soldados em uma luta armada para liberar o Chile de uma ditadura.

O longa poderia se aprofundar mais nesse aspecto mais humano dos personagens que se opunham ao regime, suas motivações e mostrar com mais detalhes o planejamento de matar Pinochet e como foi o durante e o depois da ditadura do mesmo para dar mais contexto histórico ao filme, mas isso não tira o mérito do filme em relação à construção dos personagens.

As cenas de torturas, tanto parte dos militares quanto dos militantes, são bastante chocantes e fica aqui o aviso de gatilho, pois são bem difíceis de assistir.

Morte a Pinochet cumpre com seu objetivo de contar uma história que ainda é bastante atual pois vários países da América Latina ainda sofrem com as consequências de ditaduras militares, cujas sombras ainda não foram embora.

Morte a Pinochet estreia hoje, dia 16, distribuído pela A2 Filmes.

Trailer: 


 Escrito por Michelle Araújo Silva




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