[News]“Textos cruéis demais”, adaptação para o teatro de livro que vendeu 500 mil exemplares, chega ao Teatro Sérgio Cardoso

 “Textos cruéis demais”, adaptação para o teatro de livro que vendeu 500 mil exemplares, chega ao Teatro Sérgio Cardoso

 

Após atravessarmos um período de retrocessos para a população LGBTQIAP+ no país, peça dirigida pelo diretor e roteirista Carlos Jardim joga luz sobre a importância de se contar nos palcos histórias de amor homossexual 

 

De 3 a 26 de março





Fotógrafo: Carlos Costa


Textos cruéis demais – Quando o amor te vira pelo avesso, adaptação para os palcos do livro fenômeno de vendas Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente, estreia no Teatro Sérgio Cardoso, equipamento da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerido pela Amigos da Arte, em São Paulo, no dia 3 de março. Escrita e dirigida por Carlos Jardim, a peça conta a história de Pedro (Edmundo Vitor) que tenta se reerguer após o término de seu tórrido relacionamento com Fábio (Felipe Barreto). A peça, que fica em cartaz entre 3 e 26 de março, de sexta a domingo, também traz composições inéditas, criadas especialmente para o espetáculo por Carlos Jardim e Liliane Secco

 

A escrita de Igor Pires, autor do livro, está intimamente ligada ao mundo hiper conectado nas redes sociais. Seu livro de estreia, ‘Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente’, vendeu meio milhão de exemplares e motivou o projeto TCD nas redes sociais, que tem quatro milhões de seguidores. Igor está lançando o quinto volume da série ao mesmo tempo em que sua primeira história chega aos palcos com Textos cruéis demais – Quando o amor te vira pelo avesso

 

‘Li uma reportagem sobre o livro e achei muito interessante que um jovem de vinte e poucos anos tivesse escrito histórias de amor tão intensas e ainda em forma de poesia. Logo percebi a força daqueles sentimentos, e como isso poderia ficar forte no palco’, relembra Carlos Jardim, que estreia na direção teatral após assinar roteiro e direção do bem-sucedido documentário Maria – Ninguém sabe quem sou eu, sobre a cantora Maria Bethânia, cuja bilheteria acumula mais de 20 mil espectadores, se tornando o documentário nacional mais assistido dos últimos quatro anos.

 

Ainda que a história contada na peça seja um retrato dos relacionamentos atuais da juventude, os sentimentos que movem Pedro (Edmundo Vitor) são absolutamente atemporais. Devastado com o término de um tórrido e turbulento relacionamento, ele relembra seus momentos com Fábio (Felipe Barreto) e compartilha uma série de confissões, dores, reflexões e lembranças com a plateia. Em alguns momentos, empunha o violão e também apresenta canções inéditas, compostas especialmente para o espetáculo.

 

Quando Jardim leu o livro, percebeu que o texto era muito sonoro, e logo veio a ideia de ter música na peça. As composições são uma parceria dele com Liliane Secco, conhecida musicista e também muito presente no universo teatral, que elaborou os arranjos e a direção musical da peça. Igor Pires entra como parceiro em duas músicas. Como frisa o diretor, a atual montagem não é um musical, mas uma peça com música, em que os números ajudam a contar mais sobre os personagens e suas emoções.

 

‘Igor foi incrível, me deu total liberdade para adaptar a história’, lembra Jardim. Uma das grandes diferenças será a presença do ex-namorado do personagem em cena. ‘O livro me pareceu um grande desabafo do Igor depois de ser deixado pelo namorado. Mas só o Igor tem voz na narrativa. Fiquei imaginando quem seria a pessoa que motivou tanta dor e tantos poemas lindos! Criei então o outro personagem, que não existe no livro’, conta o diretor, que ressalta a importância de se contar uma história de amor homossexual depois de todo o período de avanço do conservadorismo no país. 

 

Igor Pires faz coro a Jardim: ‘Existe uma necessidade de que histórias de amor como esta sejam contadas, especialmente porque o público pode se relacionar em um lugar comum, e acredito que o livro e o espetáculo proporcionarão tamanha identificação’.

 

Edmundo Vitor, que interpreta o protagonista Pedro, vai além: ‘Amar é um ato de coragem e entrega! Essa é uma história que mostra a vulnerabilidade de quem se entrega ao amor por completo. Ainda é, sim, importante falar de amor, principalmente nesses tempos tão obscuros e turbulentos com tanta homofobia, ódio e racismo, e essa é uma forma poética de trazer luz e reflexões sobre o turbilhão de emoções que o amor provoca’. A celebração da diversidade estará presente também na sessão de estreia do espetáculo, no dia 03/03, quando o bloco Explode Coração fará uma apresentação especial no teatro.

  

Sobre Carlos Jardim:

Diretor e roteirista do filme “Maria – Ninguém sabe quem sou eu”, sobre a cantora Maria Bethânia, lançado em setembro de 2022, uma parceria da Noticiarte Produções com Globo Filmes, GloboNews, Canal Brasil e Turbilhão de Ideias. Campeão de bilheteria, foi o documentário nacional mais visto entre os 150 títulos do gênero lançados de 2019 pra cá, fazendo 20 mil espectadores em todo o país. É autor do livro “Ninguém sabe quem sou eu (A Bethânia agora sabe!)”, com bastidores do filme, lançado pela editora Máquina de Livros em agosto de 2022.

 

Há mais de 20 anos na TV Globo, Carlos Jardim fez parte da equipe de criação do programa “Encontro com Fátima Bernardes” e do time de roteiristas das temporadas 2019 e 2020 da “Escolinha do Professor Raimundo”, exibidas na Globo e no Canal Viva. No jornalismo da Globo é atualmente Chefe de Redação da GloboNews. Também fez parte da equipe de “Jornal Nacional” e “Fantástico”. Conquistou vários prêmios de destaque, como o Emmy Internacional de 2011 pela cobertura no JN da ocupação do Conjunto de Favelas do Alemão, no Rio de Janeiro.

 

É o idealizador e um dos autores de um musical de teatro sobre Thiago Soares, o brasileiro que chegou a ser o primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres. “Thiago Soares – Um sonho real”, escrito em parceria com Flávio Marinho e Ângela Chaves, tem direção de João Fonseca e estreia prevista para o segundo semestre de 2023.

 

Carlos Jardim é co-diretor e co-roteirista, ao lado de Felipe Sholl, do filme “Textos cruéis demais – E as respostas que não ouvi”, que assim como a peça é inspirado no livro “Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente”, de Igor Pires. Parceria da Noticiarte Produções com TV Zero e Raccord, a produção está em negociação com o streaming e tem previsão de lançamento em 2024.


FICHA TÉCNICA

TEXTOS CRUÉIS DEMAIS – Quando o amor te vira pelo avesso

Livremente inspirado no Livro “Textos cruéis para serem lidos rapidamente” de Igor Pires

Texto e Direção: Carlos Jardim

Elenco: Edmundo Vitor e Felipe Barreto

Assistente de Direção e Direção de Movimento: Flávia Rinaldi

Direção Musical, trilha original e arranjos: Liliane Secco

Direção de Produção: Gaby de Saboya

Cenografia e Figurino: Marieta Spada

Iluminação: Paulo Denizot

Produção: Leila Alvarenga

Operador de Som: Consuelo Barros

Assessoria de Imprensa: Approach Comunicação 

Social Media: Clara Corrêa

Assessoria Jurídica: Berenice Sofiete

Controller Financeiro: Fernanda Lira

Fotógrafo: Carlos Costa

 

Serviço:

Textos Cruéis Demais – Quando o amor te vira pelo avesso

Local: Teatro Sérgio Cardoso 

Data: De 3 a 26 de março

Dias: 3, 4 e 5 / 10, 11 e 12 / 17, 18 e 19 / 24, 25 e 26

Horário: 19h 

Ingressos: R$50 (inteira) | R$25 (meia-entrada). Ingressos através do sistema Sympla.

Duração: 60 minutos

Capacidade: 143 lugares + 6 espaços de cadeirantes

Classificação: 16 anos


Sobre a Amigos da Arte

A Amigos da Arte, Organização Social de Cultura responsável pela gestão do Teatro Sérgio Cardoso, Teatro Sérgio Cardoso Digital e Teatro de Araras, além da plataforma de streaming e vídeo por demanda #CulturaEmCasa,  trabalha em parceria com o Governo do Estado de São Paulo e a iniciativa privada desde 2004. Música, literatura, dança, teatro, circo e atividades de artes integradas fazem parte da atuação da Amigos da Arte, que tem como objetivo fomentar a produção cultural por meio de festivais, programas continuados e da gestão de equipamentos culturais públicos. Em seus mais de 17 anos de atuação, a Organização desenvolveu cerca de 60 mil ações que impactaram mais de 30 milhões de pessoas.


Sobre o Teatro Sérgio Cardoso

Localizado no boêmio bairro paulistano do Bixiga, o Teatro Sérgio Cardoso mantém a tradição e a relevância conquistada em mais de 40 anos de atuação na capital paulista. Palco de espetáculos musicais, dança, peças de teatro, o equipamento é um dos últimos grandes teatros de rua da capital, e foi fundamental  nos dois anos de pandemia, quando abriu as portas, a partir de rígidos protocolos de saúde, para a gravação de especiais difundidos pela plataforma #CulturaEmCasa. 


Composto por duas salas de espetáculo, quatro dedicadas a ensaios, além de uma sala de captação e transmissão, o Teatro tem capacidade para abrigar com acessibilidade oito pessoas na sala Nydia Licia, 827 na sala Paschoal Magno 149 pessoas são comportadas no hall de entrada, onde também acontecem apresentações e aulas de dança. 


Em junho deste ano, mais uma vez o Teatro inova e lança o Teatro Sérgio Cardoso Digital. Com um investimento em alta tecnologia e adaptação para as necessidades virtuais, o TSC Digital, na vanguarda dos teatros públicos brasileiros, vai ao encontro de forma inédita da democratização do acesso à cultura com objetivo de garantir uma experiência online o mais próxima possível da presencial.


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