[Crítica] Segundo Tempo

Sinopse: Ana e Carl são dois jovens irmãos que nunca se deram bem, mas depois de sofrerem uma grande perda familiar, partem em busca de respostas. Os dois tentam encontrar no Brasil e na Alemanha seus próprios caminhos e identidades, atravessando a história de sua família e do século XX.

O que achei? Com roteiro e direção de Rubens Rewald, família, ancestralidade e busca de identidade são os temas centrais de Segundo Tempo, quarto longa de ficção do diretor. No longa, essa busca é feita pelos irmãos Ana e Carl, interpretados por Priscila Steinman e Kauê Telloli respectivamente, após a morte de seu pai, Helmut, um imigrante alemão.

Os irmãos partem para essa missão em uma viagem para a Alemanha, para saber mais sobre a história de seu pai antes de ele partir para o Brasil, fugindo do cenário de perseguição aos judeus durante a ditadura nazista.

O filme deixa por conta do espectador tirar suas próprias conclusões sobre quem Helmut foi antes de sua vinda ao Brasil. O roteiro, ao mostrar as faltas de diálogos nas cenas de conflito, mostram o quanto Ana e Carl são diferentes e desconectados um do outro, não se unindo nem sequer diante de uma perda e na busca de suas identidades familiares.

Carl é o adulto imaturo e egocêntrico. Vemos isso logo no começo do filme quando ele faz hora para levar seu pai ao hospital porque está jogando futsal com seus amigos. Já Ana é a imagem da boa filha.

O longa trata do tema central da história de Ana e Carl de forma competente e emocionante, incluindo os laços e conflitos familiares e o precipício geracional entre pai e filhos.

Segundo Tempo, produzido em 2019 pela Miração Filmes & Confeitaria de Cinema, estreia hoje dia 16, com distribuição da Pandora Filmes. 

Trailer:



 Escrito por Michelle Araújo Silva





 

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