[News] No documentário “Primeiro Ano”, que estreia dia 28 de março, o ator e diretor Pedro Monteiro acompanha o crescimento de sua filha, Pilar Estevão, durante os primeiros meses da pandemia da Covid-19

No começo da pandemia da Covid-19, o ator e diretor Pedro Monteiro viu todos os seus projetos profissionais serem cancelados ou paralisados de uma hora para outra. Na ocasião, ele, pai recente de uma bebê de apenas seis meses, recebeu uma mensagem da sogra com a seguinte pergunta: “Você já parou para pensar como vai explicar para Pilar o que aconteceu no primeiro ano de vida dela?”, indagava a jornalista e professora Andrea Estevão. Foi assim que surgiu a ideia do documentário “Primeiro Ano”, com direção de Pedro e roteiro de Gabriela Estevão, que estreia, dia 28 de março, com sessão gratuita, às 19h, no Estação Net Botafogo. A partir deste momento, já decidido a fazer um filme, ele começou a reunir muitas imagens da pequena Pilar, hoje com três anos, e a coletar depoimentos de profissionais de áreas diversas que pudessem falar para a criança sobre o seu primeiro ano de vida. Após uma única sessão no cinema, a obra vai ficar disponível no Youtube durante dois meses (https://youtu.be/-qUq0atj-ug). “Primeiro Ano” é patrocinado pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura e Controllab por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura - Lei do ISS.

“Queria que fosse um filme sensível que contasse o primeiro ano da Pilar, meu primeiro ano como pai e o nosso primeiro ano vivendo em uma pandemia. O recorte íntimo dos primeiros meses da vida de uma criança é o ponto de partida para que 15 pessoas de atividades variadas que admiro contem como foi esse período tão difícil e também marcante para a vida de todos nós”, descreve Pedro Monteiro.

A “carta para o futuro” endereçada a Pilar neste filme teve depoimentos das atrizes Kelzy Ecard, Maria Eduarda de Carvalho, Ana Carolina Sauwen e Miriam Freeland, do jornalista Paulo Mario Martins, dos atores e diretores Álamo Facó, Rodrigo França e Mateus Solano, das cineastas Susanna Lira e Tetê Mattos, da escritora Thalita Rebouças, dos jornalistas e roteiristas Mariana Filgueiras e Leonardo Bruno, do músico Pedro Luís, e da médica pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz Katia Silveira. Além de contarem o que se passou naquele 2020, os participantes deram conselhos para a Pilar do futuro.

“Estou aqui para tentar te contar o que aconteceu neste ano de 2020. Que tarefa difícil, Pilar”, começa a atriz Maria Eduarda. “Acho que tão importante quanto contar o que aconteceu talvez seja pensar o que fazer nesses momentos em que a vida parece não fazer sentido. E a vida é cheia desses momentos. Eu, particularmente, faço o exercício de fechar os olhos e tentar olhar para dentro de mim. E pensar o que continua fazendo sentido, dentro de mim, mesmo diante da total falta de sentido”, analisa a artista.

A escritora Thalita Rebouças lembrou o nosso medo de sair às ruas e o conturbado período político que trouxe tantas consequências negativas para a ciência e a saúde: “Não é normal olhar para as pessoas com medo, desviar das pessoas com medo, e o medo de entrar no elevador, medo de tudo. Toda vez em que eu via as notícias, ficava mais triste. Quanto mais gente morria, nosso presidente da época fazia mais besteira, muita besteira. E ele sempre foi contra a arte. E a arte mostrou nesta pandemia que salva!”.

Ficha Técnica

Direção: Pedro Monteiro

Roteiro: Gabriela Estevão

Edição: J.C Oliveira, edt.

Trilha Sonora: Pedro Luís

Edição de som e mixagem: Bernardo Gebara

Colorista e finalização: Tomás Magariños

Design e Identidade visual: Isabel Lippi

Motion Design: Ygor Betine

Fotografia/Câmera (extra): Márcio Melges

Som direto (extra): Gregory Baltz

Marketing Cultural: Marcela Bronstein