[News] Uma CINDERELA de ritmo frenético
Crédito: João Caldas |
Para revisitar Cinderela sem cair na mesmice e ao mesmo tempo manter a história desse clássico conto de fadas, o diretor Isser Korik optou por preservar o conteúdo e trabalhar com o formato e a linguagem. O espetáculo estreia a partir do dia 1º de abril, sábado,na Oficina Cultural Oswald de Andrade, e promete surpreender por sua teatralidade. Em cena, dois atores interpretam onze personagens. Ian Soffredini e Michelle Zampieri, em ritmo dinâmico, entram e saem do palco, como uma bela e delicada moça, como um rei bonachão, como frágeis ratinhos, como megeras, como príncipe, como fada, e assim por diante. A agilidade da dupla provoca surpresa e encanta o público.
Para compor seus personagens, os atores se valem de mudanças de voz e uma refinada linguagem corporal, resultado de um profundo estudo e preparo técnico. “A ênfase na composição dos atores para cada personagem e sua preparação técnica é a chave do espetáculo. Ter apenas dois atores em cena é dinâmico. Isso desperta a curiosidade das crianças”, acredita Is ser. As mudanças rápidas de papéis e a habilidade dos atores na composição dos personagens surpreendem o público jovem e adulto pela . As crianças acompanham as transformações dos atores e são justamente fisgadas e encantadas por elas. A partir da segunda cena, no entanto, ninguém mais lembra que o elenco é formado por apenas duas pessoas, ao assistirem Michele e Ian se multiplicando no palco. O ágil vaivém de muitos personagens exige dos atores um vasto repertório de vozes, linguagens corporais, jeitos e trejeitos que dão a graça e o diferencial de cada figura em cena. A precisão na troca dos figurinos é fundamental para imprimir com qualidade a velocidade exigida pelo encenador na montagem.
Michele Zampieri explica que é preciso “habilidade e cuidado na hora de encarnar e desencarnar papéis para não confundir o espectador”. Ian acrescenta que essa mudança significa “uma troca energética, e não apenas uma mudança no figurino”. Para compor os vários tipos interpretados, Ian Soffredini buscou referências pessoais, se apropriando de características de amigos e familiares. “Sotaques locais também inspiraram na criação dos variados papeis, como a modo de falar típico do paulistano morador de Higienópolis e Bom Retiro. O desafio de interpretar vários personagens é que cada um tem seu ritmo, sua forma pr& ;oac ute;pria de pensar e reagir. Trazer essas nuances de cada é o nosso desafio”, diz Ian. Michele conta que brincou com referências colhidas em sua atuação como dubladora, para compor suas personagens. “O desafio maior foi ampliar tudo isso e vestir no personagem com a agilidade para rápidas mudanças de voz e físico de cada tipo, assim como mantê-los únicos e fiéis até a próxima troca”.
Vale destacar o toque moderno na encenação. Um exemplo é a mimada Anastácia, irmã postiça de Cinderela, que tem um jeito enjoado de se expressar, usando termos típicos de adolescentes, de forma caricatural. Tais aspectos fazem desse Cinderela um espetáculo único: sutil, dinâmico e muito bem-humorado.
SOBRE O DIRETOR
Isser Korik – Diretor, ator, produtor, tradutor e dramaturgo, coleciona trabalhos marcantes como comediante em 37 anos de carreira. Entre eles, “Vacalhau & Binho”, de Zé Fidélis, que permaneceu oito anos em cartaz; “O Dia que Raptaram o Papa”, de João Bethencourt;, “E o Vento não Levou”, de Ron Hutchinson, “Toda Donzela Tem um Pai que é uma Fera”, de Gláucio Gill e “Divórcio!”, de Franz Kepler e Otávio Martins. Como diretor se dest aca na comédia e no humor. Concebeu “Nunca se Sábado...”, apresentado por quatro temporadas sob sua direção-geral, que marcou a cena paulistana. Dirigiu o sucesso “A Minha Primeira Vez”, de Ken Davenport; a trilogia cômica de Alan Ayckbourn “Enquanto Isso...”; “O Mala”, de Larry Shue; o projeto “Te Amo, São Paulo”, que reuniu grandes nomes da dramaturgia paulista, “O Empréstimo” de Jordi Galceran, “Que Tal Nós Dois?” de Otávio Martins e Juliana Araripe, “Jogo Aberto” de Jeff Gould ; além dos infantis “A Pequena Sereia”, de Fábio Brandi Torres; “Grandes Pequeninos”, de Jair Oliveira; “O Grande Inimigo” e “Ele é Fogo!”, de sua autoria, tendo recebido por esse último o Prêmio APCA. É diretor artístico da Conteúdo Teatral. < /span>
SOBRE OS ATORES
Ian Soffredini - Ator, diretor, dramaturgo e produtor teatral, Ian Soffredini atua na área teatral desde 2006, participando em mais de quarenta produções teatrais apresentadas em diversos estados do país. Entre elas: Revistando 2006 (de Mário Viana e Fábio Torres), Minha Nossa! (de Carlos Alberto Soffredini), Nunca se Sábado (de Mário Viana, Fábio Torres, Luiz Henrique Romagnolli, Laert Sarrumor e Isser Korik), A Minha Primeira Vez (de Ken Davenport), Cyrano de Bergerac (de Edmond Rostand), e Bela Adormecida (de Fábio Brandi Torres). Atuou na Inglaterra nos espetáculos "Further then the Furtherest Thing” e “Gut Girls”. aprofundando seus conhecimentos na área em diversos cursos como Academy of Creative Training, de Brighton, Academy of Live and Recorded Arts e Arts Educational School London, em Londres; por meio da qual foi credenciado ator pela City University London. Especializou-se também no Teatro de Improvisação. Em 2012, dirigiu e idealizou uma pesquisa de long-form que deu origem à peça “Espontânea” (um dos primeiros espetáculos de Impro no formato longo a ser montado no país), em cartaz de 2012 a 2015; dirigiu junto com o improvisador Allan Benatti o espetáculo “Batalha de Improviso” que circulou por diversas cidades do Estado de São Paulo; criou o espetáculo “Humor a 1000” com um grupo formado a partir de uma oficina ministrada por ele na cidade de Campinas com circulaç& atil de;o em São Paulo e Minas Gerais; participou como ator convidado de relevantes projetos do gênero como “Carteado de Improvisação Teatral” do grupo mineiro “Imprópria Cia. De Teatro”, “Super Impro” do grupo brasiliense “E Agora?” e “Resta 1” do grupo Curitibano “Antropofocus" em parceria com Daniel Nascimento do grupo paulistano “Barbixa´s”, dentre outros. É curador do “Improvisorama”, festival de improvisação que reúne os principais grupos do gênero no Brasil e do exterior desde 2014. Em 2017 produziu o espetáculo “Rompante!” onde atuou sob a direção de Rhena de Faria. Também dirigiu e compôs o elenco do espetáculo de improviso “Não tem Xícara”. Em 2018 realizou o projeto Mostra Espontânea onde dirigiu os espetáculos &quo t;Har oldo" (formato americano criado por Del Close), Script (formato baseado na pesquisa Latino-americana de Improviso Dramatúrgico) e #sigodevolta (formato a partir de pesquisa autoral utilizando as redes sociais como gatilho para as improvisações). No Ano de 2019 dirigiu seu primeiro infantil "O Pequeno Principe", tendo grande sucesso de público e crítica. Durante a pandemia de Covid 19 dirigiu o espetáculo online “Novo e Normal”, que foi apresentada no formato ‘on line’, encenada por por Sérgio Mamberti, Suely Franco, Samara Felippo, Elídio Sanna, Tânia Khalill, Jair Oliveira, Paloma Bernardi e Juliana Alves. Em 2022 escreveu e dirigiu o infantil “Histórias de Tia Nastácia”. É diretor permanente dos grupos “Teatros dos Sonhos” e “Jogo da Cena”.
Michelle Zampieri – Atriz, cantora e dubladora com sólida trajetória de 14 anos nos estúdios de dublagem e quase 20 anos nos palcos de teatro. Formada pela Escola de Atores Wolf Maya, em São Paulo, trabalhou nas peças "Nos Embalos da Jovem Guarda Show", de Marllos Silva; "Carlos Gomes - Sangue Selvagem", de José Renato; "Curto Circuito", de Pablo Diego e "A Bela Adormecida”. Participou do musical "Cocoricó", da Chaim Produções e TV Cultura e tem uma longa lista de trabalhos de voz, a Princesa Disney & ;ldq uo;Elena de Avalor”, é um de seus papéis principais na dublagem, diversos animes, como Dragon Ball, desenhos consagrados como “Monster High”, séries da Disney como “Sou Luna” dublando a icônica Jazmín e do lado mais adulto e dramático, dublou atrizes consagradas como Natalie Portman, Rooney Mara, além de diversas telenovelas internacionais adaptadas ao Brasil.
FICHA TÉCNICA
Elenco: Ian Soffredini e Michelle Zampieri
Figurinos e adereços: Inês Sacay
Produção: Will Siqueira
Preparação Corporal: Vanessa Guillén
Preparação Vocal: Madalena Bernardes
Trilha Sonora: Wagner Bernardes
Assistência de Direção: Eduardo Leão
Cenário: Sidnei Caria
Iluminação e Direção Geral: Isser Korik
Duração: 60 minutos
Classificação etária: a partir de 3 anos
SERVIÇO – Oficina Cultural Oswald de Andrade
Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro, São Paulo - próximo à Estação Tiradentes do Metrô telefone: (11) 3221-5558
Estreia: 01 de abril
Temporada: até 27/5
Apresentações: Sábados, 12h e 15h
Apresentações extras: Sexta-feira Santa, 07/04 e Tiradentes, 21/4, 12h e 15h
Ingressos: Gratuitos distribuídos 1h antes da apresentação
Capacidade: 50 lugares / Horário de funcionamento da bilheteria: segunda a sexta das 10h às 21h30 / sábados das 11h às 18h /
Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Patrocínio: Hospital 9 de julho e Salomão e Zoppi
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