[News]Raquel Karro estreia solo inédito “Penelopéia – Uma palestra-dançada”
SESC
apresenta
Raquel
Karro estreia solo inédito
“Penelopéia
– Uma palestra-dançada”
Espetáculo estreia em 06 de
abril no Sesc
Copacabana (Sala Multiuso)
Há dez anos, um
grupo formado por artistas e filósofos se reuniu para estudar a “Odisseia”, de
Homero, um dos principais poemas épicos da Grécia Antiga. O intuito era montar
uma peça que contasse a trajetória do herói Ulisses. Depois de um ano de
encontros, a ideia inicial não foi adiante. Mas a atriz Raquel Karro se debruçou sobre a
personagem de Penélope – mulher de Ulisses, que
aguarda por vinte anos o seu retorno da Guerra de Tróia – e seguiu investigando
seus desdobramentos ao longo da história.
A partir de extensa pesquisa
desenvolvida junto ao programa de mestrado em Artes da Cena da UFRJ, sob a orientação
de Eleonora Fabião, e de sua dissertação intitulada “Penelopéia: quando uma
atriz encontra a performance e outras histórias”, Raquel criou o seu primeiro
espetáculo solo: “Penelopéia – Uma palestra-dançada”. A montagem estreia
em 06 de abril no Sesc Copacabana (Sala Multiuso), com sessões de quinta
a domingo, às 19h. “Penelopéia – Uma palestra-dançada” tem assistência de direção de Adassa Martins, interlocução artística de
Renato Linhares e produção da Quintal Produções.
Em sua trajetória,
Raquel Karro participou de projetos como atriz no teatro, cinema e TV. Diretora
teatral, coreógrafa e dramaturga, foi trapezista do Cirque du Soleil e
trabalhou com circo durante dez anos. Atriz-pesquisadora, construiu a
dramaturgia de “Penelopéia – Uma palestra-dançada” enquanto
estudava possíveis atravessamentos entre teatro e performance, tendo a
personagem Penélope como fio condutor. “É um trabalho criado a partir do que
chamo de dramaturgia de sala de ensaio: tudo e todos ali com você são parte da
cena”, diz.
Na “Odisseia”
acompanhamos a trajetória repleta de obstáculos do herói grego Ulisses, que
leva vinte anos para retornar à ilha de Ítaca
após a Guerra de Tróia, para enfim reencontrar a mulher Penélope e o filho
Telêmaco. Pressionada a escolher um novo marido entre os 108 pretendentes
hospedados em seu palácio, cria
um estratagema: diz que precisa terminar de tecer uma mortalha para seu sogro
antes de se decidir, mas desfaz a tecelagem todas as noites. “No romance
existem outras mulheres, seres divinos que vagam com liberdade e têm poderes
fantásticos, mulheres imortais. Por que escolhi Penélope? Justamente aquela que
espera?”, diz Raquel.
Ao longo do
processo de criação, a atriz viu se diluírem os primeiros impulsos, nos quais
imperava o desejo de denúncia, e buscou dar voz ao que de Penélope se desenha
no rastro da história. Sua “coleção de Penélopes”
foi crescendo, se revelando e se confirmando na observação de um feminino
exacerbado, idealizado, associado ao nome Penélope. “Quem é Penélope
através dos séculos? O que aconteceu com essa
mulher nobre, temperada, fiel e casta? O que fica no rastro da história?”, questiona Raquel, que evoca no projeto
as “Penélopes” atuais. “Quem são as mulheres com o nome
Penélope hoje em dia, e por que elas se chamam assim? Flertando com o tema da
espera, olho também para as mulheres da minha família, sempre esperando por
algo: que a velhice chegue, que os filhos fiquem bem, que o marido
chegue.”
Pela primeira vez
sozinha em cena, atuando e operando a luz e as projeções do espetáculo, Raquel
destaca que um solo nunca é um solo – há muitas pessoas envolvidas no processo.
A atriz contou com a interlocução na pesquisa cênica de artistas-pesquisadores
e filósofos: Eleonora Fabião, Caio Riscado, Felipe Ribeiro, Luisa
Buarque, Patrick Pessoa, Adassa Martins, Luisa Espíndula, Thierry Tremouroux,
Maria Palmeiro e Olívia Ferreira.
“Talvez esse trabalho faça parte de
um processo que busca ficar em paz com Penélope. Lá no começo buscava arrancar
o que há de Penélope em mim, porque talvez eu tenha compreendido errado a personagem.
E minha compreensão errada me fez responsabilizá-la. Essa é uma das camadas do
espetáculo.”
Além do solo
“Penelopéia – Uma palestra-dançada”, Raquel Karro é uma das protagonistas da minissérie “Todo
dia a mesma coisa – O incêndio da Boate Kiss”,
que está
em exibição na Netflix; e está na novela “Amor perfeito”, nova trama das seis
da Rede Globo.
SINOPSE
A “Odisseia”, de
Homero, é o ponto de partida. Penélope, o tema. “Penelopéia – Uma palestra-dançada”
questiona os porquês de um dos retratos mais antigos da mulher na literatura
ocidental ser associado ao “esperar” e propõe
inverter a questão: "O que se espera de Penélope?" Em paralelo, a performer busca
investigar o que de Penélope há em si, em nós. Esse nó
que amarra, que aperta os nós emaranhados das subjetividades das mulheres de
sua família: O que continuam a esperar? Olhar para isso poderia afrouxar um
pouco a corda? Enquanto inverte a equação: E se esperássemos por Penélope?
Aquela que tanto esperou? O trabalho é fruto da pesquisa desenvolvida pela
atriz Raquel Karro, durante o programa de mestrado em Artes da Cena na UFRJ,
sob orientação de Eleonora Fabião, acerca de
possíveis atravessamentos entre teatro e performance.
SOBRE RAQUEL KARRO
Atriz, diretora e
coreógrafa. É Mestra em Artes da Cena pela UFRJ, formada em dança pela
Faculdade Angel Viana e em circo pela Escola Nacional do Rio de Janeiro. Sua
trajetória é marcada pelos atravessamentos nas artes da cena.
No
primeiro semestre de 2023, Raquel estreia dois trabalhos em audiovisual e um em
teatro. “Todo dia a mesma noite – O incêndio da Boate Kiss”, na Netflix, – com Raquel como uma
das protagonistas; e “Amor perfeito” – novela que ocupará o horário
das 18h na Rede Globo. No teatro, estreia “Penelopéia – Uma palestra-dançada”
– espetáculo que ocupará a Sala Multiuso
do Sesc Copacabana no mês de abril.
Em 2017, Raquel
fez sua estreia no cinema protagonizando o longa “Pendular”, de Julia Murat –
Prêmio da Crítica (Fipresci) no Festival de Berlim e no Festival de Montevideo
(2017). Em 2019, atuou em “La Chancha”, de Franco
Verdoia, uma coprodução Argentina/Brasil.
Professora de
Artes da Cena, conduziu três processos criativos junto a Thierry Trémouroux no Conservatório Real de Mons, na Bélgica. Como dramaturga e
coreógrafa, assinou três espetáculos nos quais
as fronteiras entre teatro, dança e circo resultam borradas ou inexistentes e
nos quais as temáticas lançam um olhar interrogador
sobre a relação cena/intérprete: “O que me toca é meu
também” e “Porumtriz”, ambos com a Cia
Instrumento de Ver (Brasília); e “Consolo”, com Alice Cunha
(Salvador).
Integrou a Armazém
Cia de Teatro entre 2004 e 2008. Entre outros trabalhos no teatro estão: “Two roses for Richard III”, coproduzido pela Royal Shakespeare Company e dirigido
por Fábio Ferreira e Cláudio Baltar, em Stratford e Londres, no Reino Unido;
“Peças de encaixar” dirigido por Cesar Augusto e Susana Ribeiro, da Cia dos
Atores; “Noites brancas” e “Primeira noite: não se apaixone por mim”, ambos
baseados na obra de Fiodor Dostoiévski e dirigidos por Thierry Trémouroux. Foi
assistente de direção de Emílio de Mello em “Deus da carnificina”, de Yasmina
Reza, e de Hector Babenco em “Vênus em vison”, de Davis Ives.
Foi trapezista do
Cirque du Soleil no espetáculo “Varekai”, desde
sua concepção até a turnê norte-americana (Canadá e EUA – 2001/2004).
Ainda com o Cirque du Soleil, foi tema do documentário “Cirque du Soleil Fire Within”, vencedor do Emmy Awards de melhor programa não
ficcional da TV americana. Foi integrante da Intrépida Trupe entre 1997 e 2000.
FICHA
TÉCNICA
Performance, dramaturgia e
concepção: Raquel Karro
Arquitetura da cena: Maria
Palmeiro
Desenho de luz e técnicas
de cena: Ricardo Vivian
Figurinos: Mel Akerman
Assistência de direção: Adassa
Martins
Atriz stand in: Marília
Nunes
Interlocução artística e
apoio a criação: Renato Linhares
Interlocução artística e
orientação no mestrado em Artes da Cena UFRJ: Eleonora Fabião
Projeto gráfico: Radiográfico
Fotografia e registro
audiovisual: Thaís Grechi
Registro fotográfico
(projeções): Sandra Reinflet
Vídeo performance
(barcas): Tatiana Devos Gentille
Assessoria de imprensa: Paula
Catunda
Produção e administração:
Quintal Produções
Coordenação geral de produção:
Verônica Prates
Coordenação artística:
Valencia Losada
Produção executiva:
Thiago Miyamoto
Assistente de produção:
Ellen Miranda
Interlocução na pesquisa
cênica: Caio Riscado, Felipe Ribeiro, Luisa Buarque, Patrick Pessoa, Adassa
Martins, Luisa Espíndula, Thierry Trémouroux, Maria Palmeiro, Olívia Ferreira.
SERVIÇO Espetáculo: “Penelopéia – Uma palestra dançada” Temporada: de 06 a 30 de abril de 2023. Local: Sesc Copacabana – Sala Multiuso. Dias e horário: De quinta a domingo, às 19h. Ingressos: R$ 7,50 (associados do Sesc)
|R$ 15,00 (meia entrada) R$ 30,00 (inteira) Endereço: Rua
Domingos Ferreira, 160 – Copacabana Informações: 21 2547 0156 Horários da bilheteria: De
terça a sexta-feira, das 9h às 20h. Sábado e domingo, das 14h às 20h. Classificação: 14 anos. Duração: 70 min. Capacidade: 60 lugares Nas redes Instagram: @raquelkarro ou @quintalrio Facebook: Raquel Karro ou
Quintal Produções |
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