[Resenha] Substituição ou as regras do tagame

                                                             Sinopse:
Mescla de elementos ficcionais conjugados com peças da vida real, A substituição ou As regras do Tagame, do autor vencedor do Prêmio Nobel Kenzaburo Oe, leva os leitores ao sublime por meio de diálogos, memórias e acontecimentos perturbadores. Em elaborado jogo de espelhos, Oe traz à baila a persona de seu cunhado, o cineasta Juzo Itami (de Tampopo, os brutos também comem spaghetti, no título brasileiro), ora a de seu filho Hikari, ora a da irmã de Juzo Itami. Provêm também da vida real seus entreveros com os yakuzas, os mafiosos japoneses. Nada é completamente fictício, e nada é real por inteiro. A dosagem é fluida. A reflexão sobre o criar, seja na escrita, seja na música, e aqui paira, sereno, o filho ― mais uma vez a vida real se sobrepondo à romanceada. Ou o oposto... Oe lança nesta primeira parte de sua grande trilogia da idade madura um árduo grito sobre a “vulnerabilidade fundamental do homem”, em seus próprios dizeres, e que ele remói a fundo para destrinchar as fronteiras abissais da amizade humana.


                           O quê eu achei?
O livro de fevereiro do Clube do Livro da Japan House foi A substituição ou as regras do tagame, do autor vencedor do Nobel Kenzaburo Oe.

Kogito Choko (alter-ego do autor) é um renomado autor da terceira idade, casado com Chikashi e pai de Akari.

Seu cunhado, Goro Hanawa, comete suicídio logo no começo da trama. Logo antes de se matar, Goro envia 40 fitas cassete para Kogito e ouvi-las logo se torna um ritual.

Mas a narrativa alterna entre passado e presente, não se fixando em nenhum dos dois.

O conteúdo das gravações é bem variado mas costuma girar ao redor de conversas entre os dois homens, desde arte (como poemas de Rimbaud) até sua rotina de criação literária e seu relacionamento com sua esposa.

Enquanto ouve as fitas, Kogito tenta descobrir o motivo que levou o cunhado a tirar a própria vida mas acaba descobrindo algo maior do que imaginava.

É uma leitura um tanto densa, que recomendo aos amantes de ficção literária e literatura japonesa como eu.

A sequëncia está em pré-venda no site da editora Estação Liberdade





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