[Crítica] Nintendo e Eu
Sinopse: No início dos anos 1990 nas Filipinas, o adolescente Paolo e seus amigos se aventuram em novas descobertas e se divertem durante o verão, à medida que crescem.
O que achei? Dirigido por Raya Martin, Nintendo e Eu é sobre nostalgia e o fim da infância e início da adolescência.
Atualmente a nostalgia dos anos 1980 deu lugar à nostalgia dos anos 1990 e é esse é o cenário do longa. Apesar do título, o filme não é sobre videogames em si, mas eles são usados como parte da história que simboliza a transição da infância para a adolescência que os personagens principais passam.
Nintendo e Eu mostra uma cultura diferente da nossa na qual não conhecemos bem, mas que temos algo em comum: a febre e paixão pelos videogames. Paolo e seu grupo de amigos passam por uma jornada cheia de mudanças e rituais de passagem representado na cena de uma circuncisão feita clandestinamente, o que seria o início da adolescência para eles.
A personagem que mais me chamou a atenção foi de Mimaw, irmã do melhor amigo de Paolo. Ela é uma menina diferente das outras meninas de sua idade e se interessa por coisas que a sociedade dita serem apenas de meninos. Só achei que essa personagem foi colocada ali para servir como plot device para o grupo de amigos em vez de ter uma história própria.
Mas tirando isso, o filme é sobre descobertas, a busca de identidade de um grupo de amigos entrando na adolescência em um país em desenvolvimento com influências ocidentais externas indo de encontro com os costumes culturais filipinos.
Nintendo e Eu estreou nos cinemas brasileiros no dia 27 de abril com distribuição da Pandora Filmes.
Trailer:
Escrito por Michelle Araújo Silva
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