[Crítica] Rio Doce
Sinopse: Tiago é um jovem trabalhador que descobre a identidade do pai ausente, quando conhece as suas meias-irmãs, fato que o leva a questionar a sua própria identidade às vésperas de completar 28 anos. Morando em Rio Doce, na periferia de Olinda, região metropolitana do Recife, ele luta para encontrar seu lugar no mundo. Nesse processo, ele fortalece laços afetivos, transformando assim sua forma de ser e de ver o mundo.
O que achei? Primeira direção em longa-metragem de Fellipe Fernandes, Rio Doce mostra a rotina de Tiago trabalhando na loja de eletrônicos enquanto lida com dores nas costas e dificuldades em ter uma relação mais próxima com sua filha até que tudo se altera em sua vida ao descobrir que tem uma irmã branca e de classe alta por parte de pai. É quando o protagonista começa a questionar suas origens, mostrando o crescimento do mesmo.
O filme fala sobre a ausência paterna e Tiago tentando quebrar esse ciclo com sua própria filha pequena, o relacionamento tanto com sua ex-esposa quanto com sua filha e a nova família recém-descoberta e como isso causa um conflito tanto interno quanto externo na vida dele.
A atuação do rapper Okado do Canal pode parecer inexpressiva, mas esse é o ponto do enredo. Tiago é um personagem que tem dificuldade em expressar o que sente, que sempre foi passivo, o que podemos inferir que é o resultado de uma vida rotineira e sem novidades. O personagem se vê obrigado a sair dessa passividade para enfrentar a nova situação e coisas sobre sua vida que ele reprimiu.
Fellipe Fernandes se saiu bem em sua estreia na direção de longas-metragens com um filme emocionante, roteiro bem construído e personagens idem.
Rio Doce estreia hoje, dia 20, por meio do projeto Sessão Vitrine com produção de Ponte Produtoras e distribuição da Vitrine Filmes.
Trailer:
Escrito por Michelle Araújo Silva
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