[News]Indigo de Souza lança o audacioso 'All of This Will End'
-The New Yorker
-Pitchfork
-NPR
-Nylon
All of This Will End, sucessor de seu aclamado segundo álbum Any Shape You Take (2021), marca uma era mais calorosa e inconfundivelmente audaciosa para Indigo de Souza. É uma declaração sobre avançar destemidamente do passado para um presente cheio de gratidão, sentindo tudo a cada passo do caminho e escolhendo expressar uma consciência mais amorosa. Ao longo de 11 músicas, o álbum, que sai nesta sexta-feira, 28 de abril, é um trabalho cru e radicalmente otimista que lida com a mortalidade, o rejuvenescimento que a coletividade traz e a importância da conexão consigo mesmo. Essas faixas vêm dos cenários mais ressonantes de sua vida: memórias de infância, viagens pelos Montes Apalaches com amigos e momentos em que teve que se defender. “Até recentemente, minha vida parecia caótica”, diz ela. “Agora, muito do caos ficou para trás. Amo onde moro e estou cercada por pessoas verdadeiramente incríveis. All of This Will End parece mais verdadeiro para mim do que qualquer outra coisa. Finalmente pude confiar plenamente em mim”, finaliza.
“Time Back” é sobre sair de uma batalha, deixar as coisas no passado e seguir em frente, canta Indigo em uma base de sintetizadores, “Sinto que estou me deixando levar para trás / E estou tão cansada de chorar / Quero me reerguer novamente”. A voz logo explode em um arranjo de arrepiar. “Houve um tempo na minha vida em que isso era muito do que eu estava fazendo. Eu quis que essa faixa fosse uma maneira tranquila de falar sobre voltar para si mesmo, para o seu verdadeiro eu”, revela.
A nostálgica e cheia de verdade “Younger and Dumber”, que Indigo escolheu como single principal, fecha o álbum. Uma das primeiras canções que ela escreveu para o disco, a faixa começou como uma forma de ela falar com seu eu mais jovem. “Embora eu estivesse escrevendo sobre a época em que minha música começou a ganhar espaço, também foi a pior época da minha vida e a mais instável”, diz ela. “Escrevi esta música em homenagem a um eu mais jovem que não conhecia nada melhor. Eu estava cambaleando pela vida, tentando fazer algo durar e aceitando estar na Terra. A música é a mais intencional de todas, onde ela canta, “Você veio para me machucar em todos os lugares certos / Me fez alguém”. Embora a faixa comece como um sussurro, lentamente se desdobra em algo catártico e explosivo enquanto ela canta, “E o amor que sinto é tão real que pode levá-lo a qualquer lugar”. Com a clareza que vem com a experiência e a cura, Indigo trata seu eu do passado com imensa gentileza.
Criativamente reenergizada por ter essas músicas escritas tão rapidamente, Indigo de Souza e sua banda foram para o Drop of Sun Studios, em Asheville, com o produtor e engenheiro Alex Farrar, que também trabalhou em Any Shape You Take. “Nós nos conectamos fortemente”, diz ela. “Tivemos um fluxo de energia tão orgânico e nos sentimos realmente inspirados um pelo outro”. Faixas como a certeira “Wasting Your Time” e o single “You Can Be Mean” destacam a banda em sua forma mais desafiadora. “Escrevi You Can Be Mean sobre uma breve experiência tóxica que tive com um modelinho escroto, manipulador e abusivo. Por mais breve que tenha sido, aquilo provocou um impacto na minha vida e uma autorreflexão”, fala Indigo. “Antes dessa experiência, eu tinha um histórico de me colocar em situações tóxicas e ansiar pela aprovação de pessoas que me tratavam mal. Eu estava presa em uma ilusão de que poderia ajudar pessoas abusivas em seus traumas e ensiná-los a me amar da maneira que eu merecia. Fiz essa música quando finalmente percebi que poderia escolher não permitir comportamentos nocivos em minha vida e que há uma profunda, profunda importância em proteger o corpo e o espírito. Parei de me importar em ter aprovação de idiotas, parei de pensar que era minha responsabilidade ajudá-los e comecei a cuidar de mim de uma maneira real. Depois que fiz essa mudança em minha psique, comecei a atrair pessoas verdadeiramente amorosas, seguras, gentis e comunicativas para a minha vida. Ser amada da maneira que mereço começa por me amar da maneira que mereço. Limites são tão importantes. O corpo é um território sagrada e frágil e merece todo o cuidado”, finaliza.
All of This Will End possui canções que percorrem toda a gama de emoções humanas. Há dor e tristeza, claro, mas há uma aura triunfante de resiliência por toda a parte. “Smog” é exuberante, dançante e sobre a euforia que vem de quebrar a monotonia diária. Indigo também é introspectiva, como na arrebatadora “Always”, que fala sobre sua relação com o pai brasileiro. Mas no single “The Water”, ela transforma uma lembrança de infância em uma meditação sobre o crescimento e a fragilidade dos relacionamentos.
De muitas maneiras, All of This Will End se tornou um lema pessoal para a artista. “Todos os dias eu acordo com o pensamento de que isso pode ser o fim”, diz ela. “Você pode olhar para isso como uma coisa triste, ou pode olhar para isso como uma coisa realmente preciosa: hoje estou vivo e em algum momento não estarei mais neste corpo. Mas, por enquanto, posso fazer muito estando vivo”. Há uma tranquilidade na aceitação. Como ela canta na faixa-título, “Estou apenas amando, apenas seguindo em frente e tentando o meu melhor / Às vezes não é o suficiente, mas ainda sou real e perdoo”. Ela descreve a experiência de escrever essa música como “mágica”, como se tudo nela, desde a letra e a melodia, parecesse atemporal e intangível, como se estivesse apenas escrevendo. Como os tons de vermelho e laranja que sua mãe pintou na capa do álbum, All of This Will End marca uma era mais quente e inconfundivelmente audaciosa para Indigo de Souza.
INSTAGRAM | WEBSITE | FACEBOOK
Nenhum comentário