[News]Noélli Sántiago - Autoimagem: quem está por trás do espelho?

 A terapeuta consciencial e influencer Noélli Sántiago explica por que algumas pessoas têm um olhar distorcido sobre si mesmas.



 

Todos nós nos percebemos de uma forma particular e individual, estabelecendo uma imagem sobre o que somos e como os outros nos veem. Mas o que muita gente não sabe é que a construção da autoimagem começa na infância, sofrendo influências da família, dos amigos e dos que nos cercam.

Neste cenário, há pessoas que, ao longo do tempo, adquirem uma visão distorcida sobre si mesmas. Em sua grande maioria se enxergam de maneira equivocada, podendo se depreciar ou, ao contrário, se supervalorizar, adotando qualidades ou defeitos que em nada correspondem à realidade.

 

Para a terapeuta, Noélli Sántiago, é comum o ser humano se comportar de acordo com o que lhe foi ensinado ou imposto. “Somos moldados durante anos a acreditar que somos ‘fortes’ ou ‘fracos’, ‘feios’ ou ‘bonitos’, ‘superinteligentes’ ou ‘limitados’, entre várias outras crenças. Mas, o que importa, de fato, é nos livrarmos dos rótulos, reconhecendo os bloqueios, as más decisões e o que deixamos de fazer na vida por assumir falsos estereótipos”, alerta.

 

Os aspectos de personalidade, segundo analisa a terapeuta, são, muitas vezes, definidos na adolescência, quando passamos a agir a partir de um modelo criado por nossa mente. “Vejo que há pessoas apáticas ou que se colocam em uma situação prejudicial, porque, simplesmente, assumiram ser incapazes de tomar uma atitude a seu favor. Crenças de não merecimento, culpa e vitimização são alguns dos pontos de bloqueio que encontramos no processo de reconstrução de nós mesmos, revela. “É uma espécie de autossabotagem, em que o indivíduo ‘se engessa’ e abre mão de colocar em prática os seus sonhos, os seus projetos e, principalmente, o seu modo de ser, agindo em desacordo com o que verdadeiramente é em essência, para atender às expectativas, por exemplo, dos pais ou daqueles que estão no seu convívio”, explica.

 

Além disso, Noélli diz que a autoimagem tem sido, também, afetada por falsos conceitos de ser humano ideal. “Existe uma cobrança da sociedade quanto ao que devemos ser. Basta olhar as redes sociais para entendermos as exigências. É como se tivéssemos que provar o tempo todo que somos os melhores, vencedores e felizes. Só que no dia a dia não é assim. Os fracassos fazem parte da vida e são importantes nos processos de aprendizados. E fracassar não é o pior, o ruim é não levantar a cabeça e não superar as dificuldades”, destaca. “Vivemos cercados de crenças familiares, sociais e religiosas sem nos darmos conta”..

 

Seguindo ainda esta abordagem, a aparência física, o status, a idade, a profissão, o saldo bancário, os bens materiais ou a falta deles são questões que influenciam o nosso senso crítico e autojulgamento. “Frequentemente, o indivíduo é identificado pelo que tem ou pelo que é capaz de oferecer ou conquistar. Desta forma, se ele não corresponde ao ideal imaginário e às aspirações coletivas, acaba se frustrando e se sentindo menos. Então, vem a baixa autoestima”, adverte a terapeuta. E conclui: “Somente por meio da ‘consciência de si’ paramos de nos culpar, de nos comparar, compreendendo que satisfazer o mundo não nos leva à realização pessoal.”

 

Noélli, que também é especialista em reequilíbrio energético, conta como pessoas com problemas de relacionamento, depressão e ansiedade têm alcançado bons resultados a partir do autoconhecimento. “Aqueles que me procuram e querem ajuda entram em um processo de transformação, quando passam a se escutar”, afirma, mostrando o quanto é importante colocar para fora as emoções. “Durante a terapia, nas conversas que vão sendo elaboradas,  utilizamos técnicas para abrir canais e quebrar as resistências, possibilitando ao paciente externar segredos ou coisas que estavam escondidas no íntimo ou guardadas no seu inconsciente”, comemora.

 

Neste sentido, procurar conhecer a si próprio e se observar é o primeiro passo para nos aproximarmos do nosso ‘eu’ verdadeiro. “Ninguém nasce de um jeito e ficará igual para sempre. Podemos mudar a cada dia, nos descobrindo em outras formas e maneiras novas de viver. Tudo irá depender se estamos apenas olhando para o nosso reflexo no espelho ou se o nosso olhar está voltado para dentro, percebendo o que acontece no interior e no nosso coração”, finaliza.

 

 

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