[News]Velhas Virgens lança releitura de 'Deslizes'
VELHAS VIRGENS LANÇA RELEITURA DE “DESLIZES”
Ouça aqui “DESLIZES”: http://ada.lnk.to/Deslizes
Assista aqui o clipe de “DESLIZES”: https://youtu.be/hD-McH2k8Zc
Por uma curiosa coincidência do destino, no exato momento em que vários artistas de gêneros diversos estão lançando regravações, as Velhas Virgens, que já se dedicam a releituras desde tempos pré-cambrianos em seus 36 anos de existência (Eu bebo sim/ Elizeth Cardoso, Jorge Maravilha/Chico Buarque, Samba do Arnesto/ Adoniran Barbosa, Retalhos de Cetim/Benito Di Paula) resolvem apostar novamente num olhar para o passado como deslumbre do futuro. O que quer dizer isso? Fomos a 1987 pinçar “Deslizes”, um sucesso vertido para o português por Sullivan e Massadas que se converteu, na época, num arrasa quarteirão nas rádios e programas de Tv na interpretação visceral de Raimundo Fagner. Que responsa, heim? Difícil descobrir um modo de tornar esta canção precursora da dor de corno, da tal “sofrência”, tão na moda hoje em dia, em algo melhor ou ao menos tão interessante quanto a original. Ok, difícil, mas não impossível.
Inspirados na bem-sucedida metamorfose implementada em “Retalhos de Cetim”, de Benito de Paula (2017), transformada num blues e hit das plataformas de streaming da banda, “Deslizes” foi geneticamente alterada numa simbiose inspirada na balada “Still Loving You”, megassucesso mundial da banda alemã Scorpions de 1984. Nos primeiros segundos da nossa mutação sonora, a balada do Scorpions se materializa e desaparece, mas a atitude classic rock permanece dialogando com dor de cotovelo que ganhou notoriedade na voz de Fagner. De fato é impossível fazer algo tão intenso e profundo como a versão original, muito por conta do cantor. Mas a adição do peso do metal, somado ao sentimento na interpretação do crooner de rock criam um paralelo musical singular que merece respeito. No final das contas, além de uma nova visão sobre o que já foi concebido de outra maneira, “Deslizes by Velhas Virgens” apresenta a uma nova geração um produto ilustre da fonografia oitentista, estabelecendo um link de mão dupla com a história da MPB, resultando em entretenimento de ótima qualidade. A produção é de Gabriel Fernandes, o mesmo que levou a banda a uma indicação no Grammy/2021 pelo álbum O Bar Me Chama.
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