[News] O projeto "Fio do Meio, ato n°2: a travessia desacreditado do esbarrão" levará a instituições sócioeducativas espetáculo da Cia Gente, oficinas e bate-papo com os adolescentes, a partir do dia 12
Lucas Zina |
O projeto "Fio do Meio" tem por objetivo apresentar o espetáculo "FIO DO MEIO (ato nº 2)" para adolescentes que cumprem medidas em instituições sócioeducativas; "questão que transita entre a justiça, a juventide e a invisibilidade social", resume Paulo Emílio Azevedo, idealizador do projeto.
O patrocínio da Funarte possibilitará a realização de dez apresentações, sendo cinco no Estado do Rio de Janeiro (Niterói e Rio) e outras cinco em São Paulo (capital). O projeto começa dia 12 de maio na cidade do Rio e segue até julho. As datas no Rio de Janeiro são: 12 e 25 de maio, 02, 22 e 23 de junho; já em São Paulo: 06, 07 e 14 de julho *sendo duas apresentações nos dias 07 e 14.
Com o intuito de ampliar o caráter formativo do projeto, sempre após as apresentações haverá oficina e bate-papo com os adolescentes, construindo espaços de experimentação e comunicação com o gesto a palavra. Todas as atividades são gratuitas, contendo serviços de áudiodescrição e intérprete de libras. A circulação tem parceria com o DEGASE/Divcel/Cooecel/Governo do Estado do Rio de Janeiro e a Fundação Casa/Secretaria da Justiça e Cidadani/Governo do Estado de São Paulo. A produção é assinada por Flávia Menezes (RJ) e Amy Struggle (SP). O grafismo é de Filipe Itagiba e a gestão de Zuza Zapata.
A obra:
De autoria do dramaturgo e antropólogo Paulo Emílio Azevedo, a obra toma como célula o movimento do 'esbarrão'. Nele, observa e provoca uma via de mão dupla: a capacidade de mover corpos e também desse mover abrir espaços de conversação. Neste sentido, o criador e os dois arteiros em cena (SALASAR JR. e ZULU GREGÓRIO) acreditam na possibilidade de contribuir com diferentes abordagens junto à juventude em privação de liberdade, a fim de disparar outros mecanismos de voz e transformação da realidade. Nas palavras de Paulo que detém vasta experiência sobre o tema, nada menos que duas décadas num total de 30 anos de carreira, " É (re)urgente se aproximar desses espaços e público em questão. Urgente, para que se ampliem a quantidade e qualidade de políticas públicas visualizar o problema a partir de uma dimensão não apenas social e política, mas, essencialmente, estética; considerando ainda os aspectos de uma sociedade de consumo e a urgência que isso demanda na dimensão do desejo dos adolescentes."
O coletivo: Cia Gente
Fundada em 09 de agosto de 2012 pelo antropólogo e professor Paulo Emílio Azevedo, a Cia Gente como o próprio nome indica é uma companhia de gente, de gentes. Sua principal motivação está no reconhecimento de potências da diversidade humana, no exercício sensível do olhar através das manifestações artísticas e nas possibilidades criativas que emergem desses protagonismos - identificando, reconhecendo e fomentando variadas formas do saber e do fazer.
Atuando no campo da dança, da performance, do teatro, da literatura, do audiovisual e outras expressões, vem construindo um repertório amplo; consolidando uma linguagem e metodologia que se desdobram em diferentes ações e espetáculos, sempre acrescidos de um projeto pedagógico.
Funcionando em formato de Rede, sem sede própria, a companhia já conquistou plateias em diversas cidades brasileiras e em outros países (França, Alemanha, Bélgica, Uruguai, Portugal, entre outros), bem como já foi contemplada em diversos prêmios por meio de editais (públicos e privados) - as duas últimas contemplações foram a partir do projeto "Brasil sem ponto final" (Instituto Cultural Vale) e "Fio do Meio, ato n°2" que recebeu o prêmio Funarte Circulação e Difusão da Dança; objeto desta matéria.
Vídeo de divulgação:
https://drive.google.com/file/d/1umtSO3Jj92XJMxC2I_G5PrQa7nNZzw-v/view?usp=drivesdk
● O criador: Paulo Emílio Azevedo
Professor, Pós Doutor em Políticas Sociais e Doutor em Ciências Sociais com especialização em Antropologia do Corpo e Cartografia da Palavra. Criador no campo das artes cênicas, dramaturgo, escritor e consultor na área de Educação e Cultura, cuja pesquisa tem por objetivo refletir sobre outras formas de comunicação aos diversos protagonismos e redes de sociabilidade na sociedade contemporânea. Seu trabalho aparece bem ilustrado pelo processo criativo, conceitual e de gestão; onde tal experiência destaca a capacidade de unir teoria e prática como lugares de conversação, cabendo sublinhar as ações que se desdobram no espaço urbano, na capacitação de estudantes e educadores, na formação de intérpretes/performers/atores e nos trabalhos realizados diretamente com o público juvenil. Profissional preocupado em valorizar o “belo” em suas múltiplas formas. Recebeu diversos prêmios, entre eles “FOCA” através da Secretaria de Cultura do Rio de Janeiro (2011); “Prêmio FUNARJ de Dança” (2021); “Rumos Educação, Cultura e Arte” (2008/10) através do Instituto Itaú Cultural e “Nada sobre nós sem nós” (2011-12) no âmbito da Escola Brasil/Ministério da Cultura para publicação do livro “Notas sobre outros corpos possíveis” (2014)– com o mesmo concorreu a final do Prêmio Rio Literário (2015) na categoria “Ensaio”. Sendo um dos introdutores das práticas do poetry slam no Estado do Rio de Janeiro, vem desenvolvendo uma série de ações no campo da palavra falada e performance poética. Em 2016 foi um dos escritores da FLIP Paraty/RJ, em 2017 integrou o grupo de escritores na Printemps Littéraire Brésilien/Paris Sorbonne Université e em 2018 representou o país na Journée d’Etudes Cultures, arts et littératures périphériques dans les Amériques: une approche transnationale de la production, la circulation et la réception em Lyon (França). Quanto ao processo criativo quatro conceitos atravessam sua metodologia de trabalho, aquilo que o próprio denominou de 4D: desequilíbrio, desobediência, desconstrução e deformação– um aprofundamento sobre os mesmos pode ser melhor observado na plataforma da Cia Gente. É o mentor da Fundação PAz. Tem vinte e um livros publicados.
Serviço:
"Fio do Meio, ato n°2: a travessia desacreditado do esbarrão"
Rio de Janeiro: 12 e 25 de maio, 02, 22 e 23 de junho
São Paulo: 06, 07 e 14 de julho *sendo duas apresentações nos dias 07 e 14
Ficha Técnica:
Criação e direção: Paulo Emílio Azevedo
Intérpretes-criadores: Salasar Jr. e Zulu Gregório
Produção: Flávia Menezes e Amy Struggle
Design: Filipe Itagiba
Coordenação: Zuza Zapata
Assessoria de imprensa: Sandra Villelajo
Atividades gratuitas *interessados em assitir devem manifestar interesse para o email producao@ciagente.com.br
Saiba +
@cia.gente
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